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Greve dos médicos escancara gasto desordenado da saúde na gestão de Allyson

A greve dos médicos da rede municipal de saúde de Mossoró durou apenas 48 horas. A categoria foi esmagada pela estratégia do prefeito Allyson Bezerra (UB) de terceirizar a Secretaria Municipal de Saúde para a SAMA.

Isso mesmo!

Hoje quem controla a escala dos médicos não é a administração, mas uma empresa que aumentou em 288% os ganhos junto à prefeitura na gestão de Allyson.

O Blog teve acesso a um áudio em que uma funcionária da SAMA procura um médico oftalmologista para oferecer que ele faça consultas a R$ 100 enquanto os médicos estivessem de greve.

Numa manhã, são 20 consultas em média. Nesta mesma manhã, o oftalmologista ganharia R$ 2 mil, equivalente ao salário dos médicos concursados.

Isso mostra o tamanho da precarização da saúde na gestão de Allyson. Para você, caro leitor, ter ideia da gravidade do que escrevo a solução do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN) vai ser deixar a greve de lado e acionar o Ministério Público do Trabalho e do Patrimônio Público para denunciar a escandalosa terceirização da saúde.

O gasto desordenado com a terceirização faz a gestão de Allyson gastar R$ 19 mil por médico. O profissional da saúde fica com R$ 14 mil e a empresa com R$ 4 mil.

A Prefeitura poderia ter médicos concursados com esse salário de R$ 14 mil e economizar R$ 4 mil por profissional ou usar esse dinheiro para, proporcionalmente, contratar mais um médico a cada quatro e ainda sobrava dinheiro

Mas a gestão de Allyson prefere pagar quase dez vezes mais por um terceirizado em relação a um concursado.

Se a moda pega, outras categorias podem ser ainda mais precarizadas com as terceirizações.