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Partido impede candidatura de Zé Peixeiro a prefeito de Mossoró e tende a fechar com Allyson

O Republicanos retirou a candidatura a prefeito de Mossoró que vinha sendo mantida pelo vereador Zé Peixeiro. A decisão foi tomada na convenção desta sexta-feira, 26, que homologou 22 candidatos a vereador.

A tendência é o partido fechar apoio ao prefeito Allyson Bezerra (UB), que vai disputar a reeleição.

Em conversa com o Blog, Zé Peixeiro disse que não retirou a candidatura e que a decisão foi do partido. “Não concordo com a decisão e até o dia 15 vou tentar viabilizar minha candidatura”, frisou.

Zé confirmou que a decisão de não tentar um novo mandato na Câmara Municipal está mantida. “Vou reunir meu grupo e decidir quem vamos apoiar na chapa proporcional”, disse.

O presidente municipal do Republicanos, Aldo Fernandes, disse ao Blog do Barreto que a decisão é de investir na chapa proporcional e que Zé Peixeiro participou da decisão. “A gente vinha construindo isso a quatro mãos vimos a fragilidade e a dificuldade de caminhar com candidatura própria. Com os pés no chão e de forma madura decidimos dar maior atenção a nossa nominata de 22 candidatos a vereador”, acrescentou.

Aldo disse que Zé não tentará reeleição por decisão pessoal. “Ele não quer ser candidato a vereador e como a convenção foi hoje ele não pode mais porque a ata foi registrada. Ele ficou livre para escolher se queria ser candidato”, complementou.

Ele disse que o apoio a majoritária não está definido e que conversou com os principais canditos. “Dentro dessa madura e do realismo a gente ainda não fechou quem vamos apoiar. Conversamos com Lawrence, Genivan e Allyson. De forma cautelosa vamos tomar uma decisão”, relatou.

O Blog apurou que a tendência é do Republicanos fechar questão com Allyson porque Lawrence tem aliança com o PT (adversário do prefeito de Natal Álvaro Dias, presidente estadual do partido) e a conversa com Genivan não avançou.

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Mossoró Cidade Junina movimenta R$ 358 milhões com crescimento de 66,7% no faturamento dos negócios, aponta estudo da Fecomércio

O Instituto Fecomércio RN (IFC) divulgou pesquisa que apontou que o Mossoró Cidade Junina movimentou R$ 358,5 milhões em 2024.

O estudo apontou faturamento médio diário dos negócios locais, que saltou de R$ 2.781,67 para R$ 4.635,97 (+66,7%) desde a última edição do evento.

Os negócios de Mossoró investiram em média R$ 14.584,34 – um aumento de 41% em comparação a 2023, quando o valor investido foi de R$ 10.330,92. Ampliação de estoque (34,2%), aumento na variedade de produtos (32,2%) e contratação de funcionários (14,4%) foram as principais melhorias realizadas pelos empreendedores mossoroenses.

O perfil das pessoas que participaram do Mossoró Cidade Junina mostra que a maioria pertence ao sexo masculino (55,3%), tem de 16 a 24 anos de idade, possui ensino superior completo, vive com renda família de 2 a 5 salários mínimos e foi à festa com amigos. Além disso, cerca de 49,3% eram visitantes ou turistas – que viajaram principalmente das cidades de Natal (12,6%), Fortaleza (3%) e Assú (2,9%).

As atrações (96,3%), a divulgação (96,2%), a organização (93,8%) e a segurança (90,1%) foram os itens mais elogiados pelos participantes da festa, que avaliaram o São João de Mossoró com uma média geral de 9,37.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró, Michelson Frota, o resultado demonstra o tamanho do que representam as festas juninas. “O São João é um período muito aguardado não apenas por quem vai festejar, mas também pelas milhares de pessoas que dependem do comércio local. O resultado da pesquisa do Instituto Fecomércio RN é mais uma amostra desse impacto grandioso das festas juninas, que usam a cultura para fomentar a economia e beneficiam principalmente os nossos pequenos empreendedores”, declarou.

O prefeito Allyson Bezerra (UB) comemorou os números divulgados pela Fecomércio. “Quando recebemos os dados de instituições tão sérias e com credibilidade, como Fecomércio, Uern, entre outras, comprovando o quanto o ‘Mossoró Cidade Junina’ é importante para a nossa economia e o quanto as pessoas estão aprovando o evento em nossa gestão, ficamos extremamente gratos a toda a nossa equipe pelo empenho na realização da festa e ao povo de Mossoró pela oportunidade que nos tem dado de fazer diferente, de fazer mais, de mudar Mossoró”, declarou.

Com informações do site da Fecomércio.

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Allyson bota homem de confiança no comando do PSD em Mossoró

O secretário municipal de programas e projetos da Prefeitura de Mossoró Almir Mariano de Sousa Junior é o novo presidente do diretório municipal do PSD.

Almir é homem de confiança do prefeito Allyson Bezerra (União) e chegou a integrar a lista de possíveis nomes para compor como vice, mas ele seguiu na gestão e por não ter se desincompatibilizado está inapto para disputar as eleições deste ano.

Almir substitui o presidente do Previ-Mossoró Paulo Linhares, que se colocou para ser vice, mas foi descartado pelo prefeito e voltou ao cargo que ocupava na gestão.

Allyson não definiu o nome.

Há um compromisso dele com a senadora Zenaide Maia para que o escolhido seja do PSD. O nome cotado no partido é o de Marcos Medeiros.

O outro especulado é Thiago Marques, que está no Solidariedade, e que, por enquanto, se coloca como candidato a vereador.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 25 jul 2024 – Datavero: Allyson cresce mais e alcança 76%

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Aprovação de Allyson e Lula sobe. Desaprovação de Fátima cai em Mossoró na pesquisa Datavero

Num comparativo com a pesquisa Datavero divulgada em abril, os números apresentados hoje pelo Diário do RN indicam no âmbito de Mossoró melhora na avaliação dos governantes nas três esferas de poder.

O presidente Lula (PT) que tinha aprovação de 54,97% agora tem 56,25%, uma oscilação positiva dentro da margem de erro. Já a governadora Fátima Bezerra (PT) que tinha desaprovação de 54,64% agora tem 51,13%. A aprovação teve leve melhora saindo de 32,78% para 34,38%.

Já o prefeito Allyson Bezerra (UB) teve a aprovação subindo de 79,14% para 82%.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Está registrada na Justiça Eleitoral sob protocolo RN-02219/2024.

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Allyson cresce quase oito pontos percentuais em cenário após saídas de Rosalba e Isolda

Diário do RN

A nova pesquisa Diário do RN/ Datavero de intenções de votos em Mossoró traz a tendência de um fenômeno nas urnas no próximo dia 6 de outubro. De acordo com a sondagem, o prefeito Allyson Bezerra (UB) tem mais de 72 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (PSDB).

Na pesquisa estimulada, Allyson Bezerra tem 76,13% das intenções de votos; Lawrence Amorim, 3,88%; Genivan Vale (PL), representante da direita bolsonarista, 2,88%; Zé Peixeiro (Republicanos), 2%; Tony Fernandes (Avante), 0,75%; e Irmã Ceição (PRTB), 0,13%. Responderam ‘nenhum’ 9,25%, e não sabem ou não responderam, 5%.

Esta é a primeira pesquisa sem o nome de Rosalba Ciarlini (PP), que desistiu de encabeçar a disputa pela oposição, e da deputada estadual de Isolda Dantas (PT), que retirou seu nome e definiu apoio a Lawrence Amorim.

A sondagem inclui, ainda, como novidade, o presidente da Câmara, Lawrence Amorim e o nome de Irmã Ceição, representante do segmento evangélico e da direita conservadora.

Em relação à primeira pesquisa, realizada em abril, o prefeito Allyson Bezerra cresceu quase oito pontos percentuais, ampliando as intenções de votos de 68,83% para 76,13%. Rosalba Ciarlini (PP) tinha 9,83%; Isolda Dantas (PT) 3,50%; Zé Peixeiro passou de 1,83% para 2%; Genivan Vale cresceu de 1,67% para 2,88%; Tony Fernandes, o líder da oposição na Câmara de Mossoró, caiu, de 1,17% para 0,75%. Há três meses, disseram votar em nenhum 8,33% e não souberam ou não quiseram responder 4,83%.

Na sondagem espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado, Allyson Bezerra foi lembrado por 70,13% das pessoas consultadas; Rosalba Ciarlini veio em segundo, com 1,75%; Lawrence Amorim foi citado por 1,25%; Genivan Vale, por 1,00%; Isolda Dantas, 0,38%; Tony Fernandes, 0,25%; Claudia Regina, Larissa Rosado e Zé Peixeiro foram citados por 0,13%. Não souberam ou não responderam 21,88% e responderam ‘nenhum’ 3%.

Comparando com a pesquisa Datavero realizada em abril, Allyson mais uma vez cresceu, de 62,83% para 70,13%. Rosalba Ciarlini havia sido lembrada por 4,33%; após a desistência foi citada ainda por 1,75%. Já Genivan Vale subiu na espontânea de 0,50% para 1%. Em abril, Isolda Dantas foi lembrada por 0,50%; agora, após se retirar, foi citada por 0,38%. Zé Peixeiro apresentou queda, de 0,33% para 0,13%; Larissa Rosado tinha em abril 0,17% e agora 0,13%. As pessoas que não sabiam ou não queria responder naquele mês, eram 25,83%, número que caiu atualmente para 21,88%. Ali, 5,50% votavam em nenhum; número que apresentou queda para 3%.

Rejeição

A pesquisa Diário do RN/Datavero também consultou a rejeição do eleitor mossoroense aos pré-candidatos. Zé Peixeiro ficou em primeiro, com 21,75%; Genivan Vale foi o segundo mais rejeitado, com 10,25%; o presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim, não deverá ter o voto de 7,88%; Allyson Bezerra é rejeitado por 4,88% dos entrevistados; Irmã Ceição, por 4,63%; Victor Hugo (UP), novo candidato da esquerda, 1,88%; e Tony Fernandes tem rejeição de 1,88%.

Disseram votar em nenhum, ou seja, rejeitam todos, 15,13% e não souberam ou não quiseram responder, 26,75%.

Comparando com a pesquisa de abril, a rejeição de Zé Peixeiro cresceu de 15,83% para 21,75%. Genivan Vale tinha 5,17% de rejeição e agora tem 10,25%. Allyson Bezerra permanece com praticamente a mesma baixa rejeição; em abril apresentou 4,83% e atualmente 4,88%. Tony Fernandes viu a rejeição cair, de 3,50% para 1,88%. Em abril, Isolda Dantas era a mais rejeitada, por 22,50% e Rosalba vinha em segundo, com 22%. Naquele mês, disseram votar em nenhum 12,50%, votariam em todos 6,67% e não souberam ou não quiseram responder 7%.

A pesquisa Diário do RN/ Datavero ouviu 800 pessoas nos dias 20 e 21 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Está registrada na Justiça Eleitoral sob protocolo RN-02219/2024.

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Allyson descarta chances de aliado de primeira hora ser vice

Estava escrito nas estrelas da política mossoroense que o prefeito Allyson Bezerra (União) não queria alguém com o perfil do presidente municipal do PSD Paulo Linhares para ser vice.

Paulo tem personalidade e ao assumir a Prefeitura de Mossoró, caso Allyson seja reeleito e saia em 2026 para disputar o Governo do Estado, daria um ritmo próprio a gestão.

Allyson quer um preposto como vice para, numa eventual renúncia, seguir dando as cartas da gestão.

Por isso, ele descartou Paulo, que tinha deixado o cargo de presidente da Previ-Mossoró para ficar apto a ser vice e deu declarações públicas manifestando o desejo de compor chapa com o prefeito.

Allyson renomeou Paulo para o cargo que ocupava, afastando a possibilidade de rompimento que o aliado de primeira hora havia ventilado nos bastidores caso não fosse o vice.

O prefeito ainda não anunciou o vice, mas até o dia 2 de agosto, dia da convenção do União Brasil, isso deve acontecer.

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Aprovação de Allyson cai 17 pontos percentuais entre 2022 e 2024

Um dado chama atenção na pesquisa Seta divulgada pelo Blog do BG na última quinta-feira: a aprovação do prefeito Allyson Bezerra (União) ainda é muito alta, mas caiu 17 pontos percentuais em relação a última sondagem feita pelo instituto em setembro de 2022.

Em 30 de setembro daquele ano, o Blog do Barreto trouxe uma pesquisa em que o prefeito tinha 86% de aprovação. Foi o maior desempenho de Allyson em uma pesquisa da avaliação de governo.

Os números deste mesmo instituto divulgados na quinta apontam 69% de aprovação.

A desaprovação em 30 de setembro de 2022 era de 10%, agora é de 7%, uma oscilação dentro da margem de erro. Mas chama atenção que a transição do eleitor que não sabe avaliar gestão que saltou de 3,5% para 24% em menos de dois anos.

Não é algo para causar desespero, mas mostra que a popularidade do prefeito atingiu o pico e está caindo nas vésperas do início do processo eleitoral.

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A estratégia que alavancou Paulinho e os principais nomes da oposição em Mossoró não conseguem aplicar

O agregador de pesquisas da CNN Brasil é curto e grosso ao evidenciar o quanto a estratégia e a pré-campanha a prefeito de Natal de Paulinho Freire (União) estão sendo bem conduzidas.

Em dezembro, quando não tinha uma base eleitoral clara, Paulinho tinha de 5% nas intenções de voto. Ele focou no eleitorado bolsonarista, contou com a desistência do colega de Câmara General Girão (PL), e ganhou um impulso, para em abril, encostar em Natália Bonvides (PT) e ultrapassar ela após ganhar o apoio do prefeito Álvaro Dias (Republicanos).

Paulinho ostenta 18% de intenção de votos no agregador da CNN e está consolidado no segundo lugar. Ele foi claro na estratégia de mandar recados ao eleitor bolsonarista e ganhou um “up” com a aliança com Álvaro.

Os resultados de Paulinho deveriam servir de exemplo para a oposição em Mossoró. Os dois principais candidatos têm um público ávido por uma mensagem que pode ser capaz de impulsionar os pré-candidatos e tirar votos do favoritaço Allyson Bezerra (União), prefeito candidato a reeleição.

Genivan tem no eleitor bolsonarista um público em potencial. Ser do PL e ter um passado antivax (ainda que tenha se vacinado) como defensor de remédios de verme para tratamento da covid não são suficientes.

Genivan tem falado em diálogo em seus vídeos. Tudo que bolsonarista mais repudia é diálogo. O ex-vereador tem tentado ser um bolsonarista herbívoro diante de um eleitor em potencial que gosta de sangue na política (fake news, preconceitos e baixarias).

Agregador da CNN mostra crescimento de Paulinho

Assim, esse eleitor que avalia positivamente a gestão do prefeito vai escolher que as coisas fiquem como estão.

O caso do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (PSDB) é mais complexo. Ele é um centrista que deixou as convicções democráticas de lado ao declarar voto em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno presidencial em 2022. Agora precisa do eleitor de esquerda para ser impulsionado.

Lawrence não tem perfil bolsonarista. Não disse ou escreveu barbaridades e justificou o voto com um discurso municipalista.

Mas a falta de acenos ao campo progressista faz com que ele se mantenha distante de um eleitor exigente que não tem dificuldades em seguir votando em Allyson, como fez em 2020 com o objetivo de “deseleger” a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Por enquanto, Allyson passeia rumo a reeleição com 62 pontos de vantagem sobre Genivan. O candidato do PL e Lawrence sequer chegaram a dois dígitos de intenção de voto na primeira pesquisa (Instituto Seta) após as desistências da ex-governadora Rosalba Ciarlini e da deputada estadual Isolda Dantas (PT).

Sem a mensagem ao público-alvo os bolsonaristas e os progressistas não vão impulsionar um crescimento da oposição. Sem mensagem adequada, o eleitor vai deixar tudo como está para ver como é que fica.

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MP apura irregularidades em empréstimo contratado por Allyson Bezerra

Por César Santos

Jornal de Fato

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai investigar o empréstimo de R$ 200 milhões contraído pela gestão do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Por meio da 19ª Promotoria do Patrimônio Público da Comarca de Mossoró, o Procedimento Preparatório n. 03.23.2039.0000103/2023-90 foi convertido em inquérito civil para apurar a transição financeira.

A portaria 5978793 – 19ªPmJPP, publicada no Diário Oficial do Estado, com data de 15 de julho de 2024, é assinada pelo promotor de justiça Fábio de Weimar Thé.

A gestão Allyson contratou o empréstimo milionário em 2023 em um cenário cheio de dúvidas, principalmente no que concerne à saúde fiscal do município no futuro próximo. A oposição tentou evitar a transação financeira, mas foi vencida pela maioria da bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró.

O Jornal de Fato noticiou em primeira mão, na edição de 4 de abril de 2023, o impacto nas contas públicas baseado nos números onerados do empréstimo de R$ 200 milhões. Trata-se da primeira operação de crédito dentro do limite de quase R$ 500 milhões autorizados pelo Legislativo.

A Caixa aceitou liberar os R$ 200 milhões em duas parcelas: R$ 80.500.000,00 em 2023, e R$ 119.500.000,00 em 2024.  O prazo para liquidar a dívida contraída é de 120 meses (10 anos), sendo 24 meses (dois anos) de carência e 96 meses (oito anos) para amortização. Ou seja, o município vai começar a pagar a conta a partir de 2026.

Com taxa de juros anual de 135,27%, o município terá que pagar R$ 185 milhões só de juros. Quando soma juros, encargos e comissões, a dívida com a Caixa será de mais de R$ 385 milhões, quase o dobro do valor do empréstimo.

Além disso, o município teve que arcar com a tarifa de estruturação FEE de 2% no valor do financiamento, o que representa uma conta a mais de R$ 4 milhões, devendo ser pago 1% (R$ 2 milhões) até dois dias após a contratação e 1% (R$ 2 milhões) previamente à realização do primeiro desembolso.

Para se ter ideia do impacto nas contas públicas, esse valor representa quase 30% do orçamento geral do município de 2023, que foi de R$ 1,1 bilhão, e de 2024, que é de R$ 1 bilhão e 141 milhões.

Allyson Bezerra usou o empréstimo milionário para bancar o projeto “Mossoró Realiza”, que é base da propaganda da gestão municipal. O projeto consiste em obras nos bairros da cidade, como pavimentação de ruas, recuperação de praças, de unidades de saúde, unidades escolares, entre outras.

Gráfico mostra mais R$ 1 bilhão em pagamento de empréstimos contraídos por Allyson até 2033

A operação de crédito de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica Federal, contratada pela gestão Allyson Bezerra, somou-se a outro volume de compromissos financeiros que o município de Mossoró já tinha para honrar. O levantamento feito pelo Jornal de Fato revelou que a Prefeitura acumula operações que somam mais de R$ 620 milhões e que devem ser amortizadas ao longo de uma década.

Entre 2023 a 2033, a Prefeitura deve pagar em operações já existentes a soma de mais de R$ 460 milhões (R$ 467.058.270,16). Além disso, tem em “restos a pagar” mais de R$ 154 milhões para serem liquidados a partir de 2034. A soma dessas duas contas é de R$ 621.392.729,10.

Com o novo empréstimo junto à Caixa, nos termos que a instituição financeira exigiu, o município coloca mais R$ 385.384.276,51 nas contas a pagar, elevando o valor total para mais de 1 bilhão de reais.

Para se ter ideia do que isso representa, só em 2023, o município teve operações a pagar que somaram R$ 63.957.280,02. O novo empréstimo obrigou à prefeitura a pagar a primeira parte da carência no valor de R$ 7.222.602,53. Com isso, a soma total a pagar em 2023 subiu para mais de R$ 71 milhões (R$ 71.189.882,55).

O pior ocorrerá em 2025, quando o município terá que pagar mais de R$ 100 milhões em amortizações, sendo R$ 56.956.901,29 de obrigações já existentes e R$ 52.822.822,50 da nova operação de crédito.

A conta a pagar no ano de 2026 também ficará acima dos R$ 100 milhões, somando R$ 53.324.744,40 de operações já existentes com R$ 54.982.251,86 do segundo ano de amortização do empréstimo que Allyson contratou junto à Caixa.