A médica Roberta Lecerda, celebrizada por defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19 nas rádios de Natal, não tem produção acadêmica desde 2013 quando ainda estava na residência médica, conforme checamos em seu currículo Lattes.
A profissional de saúde tem garantido a eficácia de medicamentos usados para piolho e vermes, mas o currículo dela não trás qualquer pesquisa sobre o tema.
Ela se graduou em medicina em 2009 e em 2014 fez residência médica se especializando em infectologia. Em 2017 ele concluiu outra especialização n assunto pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), entidade que não recomenda a aplicação de “tratamento precoce” contra a covid-19.
Seu último trabalho acadêmico público foem 2013 juntamente com 11 colegas. O artigo chama-se Importance for Case Finding among Extra-domiciliary Contacts. PLoS Neglected Tropical Diseases (Online).
Ontem a médica entrou em polêmica com os jornalistas ridicularizando-os e afirmando que a categoria não se especializa.
Agora vamos comparar o achismo de Roberta Lecerda que vai contra as conclusões da SIB, Anvisa, FDA, OMS e agências europeias com o trabalho de médica do Hospital do Coração de São Paulo Letícia Kawano que tem produção acadêmica internacional e com participação de estudos sobre a eficiência da ivemerctina e hidroxicloroquina (os currículos acadêmicos das duas pode ser comparado nas fontes consultadas no final da matéria).
Os trabalhos realizados por ela concluíram que os medicamentos não servem para tratar covid-19. “Infelizmente não é verdade. Estudos (e aqui) de boa qualidade metodológica mostram que a hidroxicloroquina não funciona para Covid-19. A hydroxicloroquina também não funcionou na fase hiperprecoce (como profilaxia), ou seja quando a quantidade de vírus é bem baixa, o que indica que é muito pouco provável que funcione quando a replicação viral aumenta, na fase precoce”, escreveu Leítica em artigo (confira o link abaixo em fontes consultadas).
Adicionalmente há riscos, o uso da hidroxicloroquina está associada a maior risco de arritmias (prolongamento do intervalo QTc) e lesão hepática.
A ivermectina não se mostra promissora pois apenas consegue ação sobre o SARS-CoV2 em doses muito altas, ao ponto de ser tóxico para as células”.
A médica explicou que não tem sentido biológico ivermectina ter como tratar covid-19. Confira o vídeo de 31 de março:
Fontes consultadas:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4237550E6
https://scholar.google.com.br/citations?user=-ozXyVsAAAAJ&hl=pt-BR
https://www.leticiakawano.com/post/mitos-e-verdades-na-covid-19-vamos-l%C3%A1