O líder do governo, vereador Soldado Jadson (SD) se posicionou contrário a uma eventual Comissão Especial de Inquérito (CEI), para investigar o Mossoró Cidade Junina.
Categoria: Entrevista
O presidente da Câmara Municipal Jório Nogueira (PSD) afirma que não será obstáculo a uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o Mossoró Cidade Junina. O parlamentar entende que essa é uma das prerrogativas do legislativo.
Sobre as cobranças da oposição de que a casa deveria se manifestar sobre a “Operação Anarriê”, Jório disse que isso já foi feito através dos vereadores Genivan Vale (sem partido) e Tomáz Neto (PDT).
O Blog do Barreto gravou o pronunciamento do ex-secretário municipal de cultura Gustavo Rosado em que ele se defendeu das acusações de chefiar uma organização que desviava recursos do Mossoró Cidade Junina nos anos de 2013 e 2014.
Abaixo alguns trechos:
Para ver a parte em que o ex-secretário respondeu as perguntas, acesse AQUI
Francisco Carlos explica ida para o PP
O vereador Francisco Carlos a partir de amanhã será do Partido Progressista (PP). Nesta entrevista ele explica a escolha pelo novo partido.
Em entrevista ao Blog do Barreto, o governador Robinson Faria (PSD) fez um resumo da visita dele a Mossoró, praticamente confirmou a adesão do deputado federal Antonio Jácome ao governo dele e comentou sobre a possibilidade de apoiar o Capitão Styvenson Valentim para prefeito de Natal.
Mossoró está sem representante na Assembleia Legislativa, mas isso não significa que a região esteja ausente na casa. O deputado estadual Souza Neto (PHS), ex-prefeito de Areia Branca, é o parlamentar que chega mais próximo de representar a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Nessa entrevista ao Blog do Barreto ele aborda esse e outros assuntos.
Qual a avaliação que o senhor faz da gestão de Robinson Faria?
O governador Robinson Faria (PSD) faz um governo que vive no fio da navalha, no limite, com quase nenhuma margem de manobra e escassa capacidade de investimento. Sua missão mais frenética e devotada tem sido pagar os salários do funcionalismo em dia. É uma obrigação, claro. Mas uma obrigação que por exemplo, num dos estados mais ricos da Federação, o Rio Grande do Sul, tem sido parcelado em quatro vezes. Se não tivesse conseguindo pelo menos isso, pode ter certeza que nós estaríamos vivendo em terra arrasada. É importante dizer, que o governo tem conseguido avanços na Educação, pois houve a convocação de cerca de quase novecentos professores, promoção de letras que arrastavam-se desde 2006 e haverá novo concurso público. Na saúde, tentou logo suprir a questão do desabastecimento das unidades hospitalares e articula política de regionalização do atendimento. Na Segurança, há de positivo a convocação da Polícia Civil e promoções, fruto de compromissos com os policiais militares. Mas será impossível o governador obter mais êxitos adiante, sem o apoio de outros poderes e do conjunto da sociedade. Esse diálogo ele tem conseguido promover.
O senhor conseguiu fazer Areia Branca voltar a Assembleia Legislativa após 50 anos. Que diferença faz para a cidade ter um representante na casa?
Primeiro para o areia-branquense, tenho certeza que é um motivo de satisfação reconquistar a cadeira de Manoel Avelino, que saiu de nossa terra há cerca de 50 anos, para ser deputado estadual. Temos conseguido encaminhar pleitos importantes para o Município de Areia Branca, como por exemplo, a construção de uma adutora de mais de um milhão de reais, que vai permitir que a área urbana seja atendida com dois poços profundos, solucionando o problema hídrico; a melhoria das escolas, a presença do projeto social Sesc Mulher, graças a apoio que obtivemos da Fecomércio; a realização dos projetos assembleia cultural e cidadã, que promoveu cidadania para milhares de pessoas, com atendimentos médicos, odontológicos, documentação pessoal, …, o projeto assembleia itinerante que permitiu que a assembleia legislativa realizasse a sessão ordinária na própria cidade de Areia Branca, etc. Mas é importante frisar, que minhas responsabilidades vão mais além dos limites de Areia Branca. Tenho que representar uma vasta região. Fui votado em 111 municípios. Estou de fato, deputado estadual.
O senhor tem tentado ocupar o vácuo de representatividade de Mossoró em nível estadual. Quais ações por Mossoró o senhor tem para mostrar até o momento?
Na verdade, eu não ocupo vácuo. Sou justo, grato e consciente do meu papel. Tive mais de 4 mil votos em Mossoró, fui o segundo eleito mais votado na cidade, tenho laços familiares, profissionais, políticos e de formação educacional com Mossoró. Quando vereador, vice e prefeito, sempre votei em deputados de Mossoró, e os tinha como representantes de Areia Branca. Agora, enquanto deputado, quero retribuir essa parceria com Mossoró e toda região da Costa Branca e Oeste, principalmente. Antes mesmo de assumir o mandato, procurei representantes da sociedade civil organizada e os poderes Executivo e Legislativo, oferecendo minha força de trabalho para a defesa dos interesses de Mossoró. Me reuni com o prefeito Francisco José Júnior, Câmara Municipal, Acim, CDL, Sindivarejo e sindicatos da indústria e moagem do sal. Quero lembrar que tenho raízes familiares aqui, no bairro Bom Jardim, me formei em Agronomia na antiga Esam, sou estudante de Direito da Uern, sou servidor público federal concursado e assumi o cargo em Mossoró, desde criança ando, compro e utilizo serviços diretos de Mossoró. Não sou estranho a Mossoró nem ela a mim. É um equivoco me tratar por forasteiro, oportunista ou ausente. Nenhuma dessas pechas me cabe, mas respeito quem as utiliza por desconhecimento de causa. Os que o fazem por má-fé, prefiro ignorar. Entrego a Deus.
O senhor foi aluno da UERN e logo nesse primeiro ano de mandato viu a maior greve da história da instituição. Como o senhor avalia o retorno aos trabalhos forçado por decisão judicial?
Primeiramente, assinalo que sou aluno do curso de Direito, mas com dificuldade de conciliação com a atividade parlamentar. Sobre a Uern, deixo claro que sou contra a judicialização e defendi desde o primeiro momento o diálogo. Procurei os representantes dos segmentos, coloquei-me à disposição para intermediar negociação com Governo. Ponderei ao governador e a seus representantes, sobre a importância da Uern e a necessidade do entendimento. Fui uma das poucas vozes nesse sentido, bradando em Natal e de Natal para o RN. Mais um detalhe: quando ocorreu um dos primeiros impasses, tive a iniciativa de procurar o Ministério Público e trabalhar uma proposta para sanarmos a questão. Chamei outros políticos e tive a atenção principalmente da senadora Fátima Bezerra. A consultoria do estado chegou inclusive a elaborar parecer pelo entendimento ao cumprimento do acordo. Porém todas as tratativas foram inócuas e no final terminou se optando pelo caminho da judicialização. Eu tenho um lado nesse embate: estou do lado da Uern e os fatos provam isso.
Desde os tempos de prefeito o senhor articula o pólo Costa Branca. O que falta para que o turismo do interior se equipare ao da capital?
Defendi em campanha a Política de Interiorização do Desenvolvimento. No mandato, é minha bandeira central de luta. A Associação dos Municípios da Costa Branca foi articulada por mim ainda no final de 2004, após as eleições, quando fui eleito pela primeira vez à Prefeitura. Pensava que ia contar com uns seis a oito municípios, mas passamos de 16. No turismo, acontece o que praticamente é regra nas políticas governamentais: só acontecem medidas isoladas e distintas, nunca algo integrado, planejado e voltado para dar certo. Recentemente promovi audiência pública que teve o tema no centro das discussões e vi um alento. Reunidos, na audiência, os mais variados órgãos públicos e da iniciativa privada, trabalhando justamente isso: interiorização com organização, para fortalecimento da indústria do turismo. É uma longa caminhada. Estamos trabalhando com boas perspectivas.
Qual a avaliação que o senhor faz da gestão de Francisco José Junior?
Antes de eu tomar posse, procurei-o. Ofereci meu mandato à sua gestão e a Mossoró. Em alguns momentos cheguei a intervir, como numa crise dele com taxistas intermunicipais de Tibau, e consegui negociar armistício. Depois, com o passar do tempo, nem telefonema meu o prefeito atendeu mais. Silveira enfrenta dificuldades que exigem partilhamento de ideias e esforço, para que as soluções sejam encontradas. Torço para que acerte.
E Luana Bruno, vai bem?
As pesquisas e o povo, através delas e nas ruas, dizem que não vai bem. Qualquer dúvida, é só fazer alguma pesquisa científica e ouvir o povo em qualquer ponto de aglomeração humana em nosso município.
O que motivou a divisão entre o seu grupo e o do ex-prefeito Bruno Filho?
Primeiramente, é bom que fique claro: não houve divisão: houve exclusão. Antes mesmo da posse de Luana Bruno, sua filha, nós já tínhamos sido descartados. A partir daí ficou difícil a afinação. Nas eleições estaduais, com minha candidatura posta, seu esquema preferiu apostar noutra candidatura que sabia inviável, mas com intuito de me derrotar. Vencemos. Areia Branca venceu. A propósito, não vejo o vereador João de Beguinho como derrotado, apesar de ter disputado vaga à Assembleia Legislativa como eu, tendo nossa Areia Branca como base.
Quem será o candidato de seu grupo a prefeito de Areia Branca?
A prioridade agora não é escolher um candidato, mas discutirmos como vamos resgatar Areia Branca da situação em que se encontra. Temos uns três a quatro bons nomes. Faremos uma campanha propositiva, mostrando que é possível governar para todos, sem rancor desse ou daquele adversário.
Quais são as emendas que o senhor pretende apresentar ao Orçamento Geral do Estado de 2016
Estamos ouvindo as lideranças políticas, comunitárias e segmentos produtivos de cada município, principalmente dos municípios da nossa região da Costa Branca e Oeste. Para 2015, resolvemos inovar como nunca ocorrera com qualquer deputado federal ou estadual nascido em Mossoró: definimos todas as emendas, que totalizam R$ 1,8 milhão, para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). Por quê? Porque assim atenderemos com maior e melhor estrutura da saúde a mais de 60 municípios e a um contingente superior a 800 mil pessoas. Poderíamos ter fatiado as emendas, mandando R$ 50 mil para um lugar, 100 mil para outro, feito a antiga política do toma-lá-dá-cá etc. Mas preferimos esse investimento e agora trabalhamos para que o Governo conclua readequação de projeto e possa aplicar os recursos no Tarcísio Maia, que mesmo com todas as dificuldades é muitas vezes a última esperança de vida para areia-branquense, gente de Grossos, Caraúbas, Açu, Baraúna e até de pessoas de municípios cearenses como Icapuí e Aracati.
O Blog do Barreto cumprindo o dever de fazer um jornalismo que mostra os dois lados da notícia e prezando pela pluralidade abre espaço hoje para que os candidatos a presidente da Sub-Seccional de Mossoró da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Foram cinco perguntas idênticas para Canindé Maia (Chapa 10) e Denis Tavares (Chapa 20) e uma última exclusiva para cada candidato.
Primeiro gravamos com Dênis Tavares e depois com Canindé.
Em entrevista à Rádio Rural, o juiz Herval Sampaio Junior desabafou afirmando ter sido execrado. Ouça a conversa abaixo:
O presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Sousa (PMDB), repete a regra de seus antecessores. Foi eleito e logo no primeiro ano de mandato antecipou e garantiu a reeleição para ficar mais quatro anos no cargo. Como seus antecessores, ele é especulado para voos maiores. Há quem diga que ele sonha com uma vaga no Senado. Como os antecessores, ele deve mudar de partido para se fortalecer. Mas, diferente dos antecessores, ele viu o Ministério Público bater a porta do parlamento estadual. Nesta entrevista, Ezequiel fala sobre todos esses assuntos. No Blog do Barreto a entrevista também publicada em O Mossoroense também pode ser ouvida na íntegra.
O Mossoroense: Deputado Ezequiel, qual conjuntura o senhor encontrou quando assumiu a presidência da Assembleia?
Ezequiel Ferreira: Na realidade, essa foi uma eleição que não se via na Assembleia porque as outras eleições possuíam um candidato de consenso. Dessa vez tivemos o candidato Ricardo Motta e o deputado Ezequiel Ferreira. Diante do quadro apresentado na segunda-feira se entrou num consenso porque nós já tínhamos 16 votos e o grupo do deputado Ricardo Motta num gesto acima de tudo de união da Casa, mostrando que a Assembleia não tem qualquer disputa interna, juntou-se ao nosso grupo e tivemos uma eleição com unanimidade. Esse foi o quadro que encontramos desde o início.
OM: Como está a saúde financeira da Assembleia Legislativa?
EF: Ao assumirmos fizemos um planejamento estratégico. Juntamos um grupo de colaboradores, de pessoas que vestem a camisa da Assembleia Legislativa que foram escolhidas a dedo todas com o critério da responsabilidade, da determinação em fazer da Casa uma Assembleia melhor. Elaboramos em 100 dias um planejamento estratégico. Nós primeiro apresentamos à mesa, depois aos 24 parlamentares e em seguida a toda a casa legislativa e também aos poderes constituídos do estado do Rio Grande do Norte elencando algumas mudanças que precisamos fazer melhorando, por exemplo, a TV Assembleia para ser um canal onde a gente tivesse condições de mostrar e de ampliar esse sinal que chegava a 45% do Estado. Já fomos a Brasília e tivemos audiências com o ministro e esperamos em breve aumentar esse sinal para 75% de todo o Estado para que a população se aproxime cada vez mais do seu parlamentar e acompanhe os trabalhos da Assembleia. Fizemos importantes campanhas na área de comunicação, como a campanha da adoção, e estamos informatizando toda a Assembleia desde a sua folha de pagamento, que ainda não era informatizada, como o setor legislativo para trazer agilidade e transparência cada vez mais. Numa gestão moderna você precisa cortar e ao mesmo tempo encontrar outras formas de arrecadar mais. Fizemos um corte de R$ 1,3 milhão mês em cargos e gratificações da Assembleia. Fizemos um corte de 120 linhas de telefone. Acabamos com dois anexos que eram prédios alugados a Assembleia Legislativa e juntamos isso a um único prédio alugado. Ou seja: nós tínhamos três anexos e eu consegui reduzir para um anexo numa economia substancial. Criamos um fundo legislativo que entra a parte nova de arrecadar nos mesmos moldes que a Câmara Federal e o Senado Federal têm. As instituições financeiras que trabalham com a Assembleia Legislativa na hora que há alguma operação de um funcionário da Assembleia no particular, a instituição entrega a esse fundo legislativo um percentual e foi com esse percentual que foi possível, visando o incremento naquilo que acho mais importante que é o funcionário da Casa, pagar os 5% para quem fez pós-graduação e capacitou-se e voltamos a pagar os planos de cargos carreiras e salários a partir desse fundo legislativo. Ao mesmo tempo em que enxugamos a Assembleia Legislativa criamos outras fontes de recursos. Posso citar como exemplo as duas instituições financeiras que atuam aqui na Casa como o Banco do Brasil e o Banco Santander que não pagavam aluguel apesar de estarem num espaço da Assembleia e com energia paga pela Assembleia nós criamos o aluguel. Chamamos os bancos e mostramos que seria justo que pagassem o aluguel. Criamos formas de enxugar e ao mesmo tempo arrecadar mais diante da crise que vivemos.Essa é uma crise bastante acentuada com cortes jamais vistos no Governo Federal. São mais de 80 bilhões de reais de cortes no orçamento que tem um reflexo de imediato nos governos, nas prefeituras e nos poderes. A Assembleia não é uma ilha. Tem que fazer o seu dever de casa. Portanto, a Assembleia Legislativa vive um novo momento, incrementando a capacitação do servidor como nós há pouco tempo assinamos um convênio fazendo cursos de pós-graduação. Mais do que isso: fomos a primeira Assembleia do Brasil… na semana retrasada assinamos… tivemos a alegria de assinar com a Universidade Federal o primeiro curso de mestrado sendo a pioneira no Brasil a ofertar um curso de mestrado para os nossos servidores ou seja: a Assembleia investe na capacição, no aprendizado e na melhoria do seu servidor para poder, sem dúvida nenhuma, um serviço de excelência para a população do Rio Grande do Norte.
OM: O governador Robinson Faria tem enfrentado algumas dificuldades, te surpreende que ele esteja enfrentando essas dificuldades?
EF: De maneira nenhuma porque nós que fazemos política sabemos que essas dificuldades não advêm do governo de Robinson. Advêm do governo passado. Basta lhe dizer que a Assembleia Legislativa precisou autorizar no final do governo Rosalba para que ela pudesse pagar o 13° o salário utilizando o fundo previdenciário. Caso o governo estivesse bem e saneado não precisaria pedir à Assembleia Legislativa essa autorização. Sabemos das dificuldades que foram herdadas e não é só na folha de pagamento. É no sistema prisional, no sistema de saúde, no sistema de segurança pública, foi herdado, portanto, um serviço ineficiente com poucos recursos em meio a uma crise que se agravou do ano passado para cá e que acho que o governador pela sua determinação, pela sua capacidade de enfrentar a crise, tem se saído bem diante das adversidades encontradas. Se fizermos um comparativo com o Rio Grande do Sul, que é um estado muitas vezes mais rico que o nosso Rio Grande do Norte, podemos analisar e ver que a situação, por exemplo,dos servidores é completamente diferente. Lá há atraso. Se paga só no final do mês, salvo engano, para quem ganha até R$ 2 mil.
OM: Presidente, por esse ponto de vista o senhor entende que o governador vai bem. Pode-se até dizer que a essa altura do ano o desgaste dele é bem menor que o de Rosalba em 2011. Que diferenças de posturas o senhor identifica entre Robinson e Rosalba?
EF: Os dois pegaram o Estado em dificuldade. Acredito que Robinson pegou o Estado em mais dificuldades que Rosalba, mas o governador Robinson Faria tem tido a humildade de conversar com os poderes, de chamar a sociedade civil organizada para sentar à mesa mostrando as dificuldades encontradas e buscando acima de tudo caminhos e luz no fim do túnel para tirar o Estado da situação em que se encontra. Nós temos, por exemplo, agora o Hub daTAMque é um assunto bastante discutido e de suma importância para a economia do Rio Grande do Norte. Nós precisamos, e a classe política tem demonstrado isso, dar as mãos e somar esforços porque precisamos entender que o Rio Grande do Norte deve seguir os exemplos de outros estados. Quando a campanha política acaba o povo elege os escolhidos. Precisamos colocar numa gaveta as diferenças partidárias e partirmos para uma bandeira só que é a bandeira do estado do Rio Grande do Norte. Esse tem que ser o conceito de todos que fazem política no RN. Passada a campanha política, o Estado tem que ser um só. Um só para enfrentar todos os desafios, um só para buscar acima de tudo caminhos para enfrentar esses desafios e acho que acima de tudo nessa administração o governador por essa capacidade de diálogo, por essa facilidade de conversar com os poderes, com os pares e os representantes da sociedade organizada como Fiern, Fecomércio e com todos tem feito um governo diferenciado.
OM: O senhor acha que a classe política do Rio Grande do Norte está unida?
EF: Acho que quanto mais unida melhor.
OM: Mas, falta união?
EF: Acho que quanto mais unida melhor. Acho que já há união, mas que pode haver cada vez mais união. É natural que uma casa legislativa, por exemplo, como a nossa você tenha deputados de várias ideologias, representando várias regiões do Estado e a casa legislativa dá uma demonstração de que essa união existe quando há a necessidade de se unir os pensamentos em defesa da população. Um exemplo claro é quando essa Casa autorizou a utilização do fundo previdenciário. Nós ficamos no seguinte dilema: ou autorizávamos o governo Rosalba a usar ou ela atrasaria dezembro e o 13° salário. Seriam mais de 100 mil famílias sem direito ao salário e décimo terceiro no final de ano que é uma época de confraternização, do natal, da mudança de ano, da expectativa de dias melhores… Portanto, a Assembleia quando está de frente de problemas que ela pode com seu voto contribuir com o governo para a vida do povo melhorar ela se une em defesa desse povo e a classe política pode seguir esse exemplo tanto na bancada federal… quanto a abrir o diálogo colocando o interesse do povo em primeiro lugar.
OM: Como está a sua situação no PMDB que é oposição ao governador que é seu aliado?
EF: Sem nenhum problema. Quando eu fui eleito deputado estadual eu fui eleito para representar o povo do Estado Rio Grande do Norte. Assim tenho feito. Vou defender toda e qualquer matéria de interesse do Governo do Estado que seja em defesa do povo. Na hora que vai beneficiar a geração de emprego, por exemplo, agora há pouco acabei de receber o secretário de turismo Ruy Gaspar a quem quero de público um elogio pelo trabalho que vem fazendo no turismo. Enquanto índices econômicos batem recorde de queda no Brasil, o Rio Grande do Norte cresceu 10% nesses seis primeiros meses no turismo. Para você ter noção são mais de 120 mil pessoas que vivem do turismo no Rio Grande do Norte. Ele esteve comigo e os outros 23 deputados para fazer um apelo para que os deputados pudessem colocar uma parcela das suas emendas impositivas para serem destinadas ao turismo para que elas possam ser transformadas em publicidade para o Rio Grande do Norte no Brasil e fora do Brasil. Houve um acréscimo de 200 milhões de reais ou seja: fomentando essa indústria sem chaminé que é o turismo.
OM: Como o senhor analisa essa greve de tempo recorde da UERN?
EF: Analiso com uma certa preocupação. A Assembleia Legislativa tem sido uma intercomunicadora entre o governo e os sindicatos. Porém a gente precisa entender o outro lado. Quando se administra com dinheiro é muito fácil dizer sim. Quando se administra em dificuldades com escassez de dinheiro fica mais difícil dizer sim. Então acredito e torço para que por mais que esteja extensa essa greve possa se achar um bom termo entre o governo e a UERN.
OM: O senhor está aguardando o PL ser criado para deixar o PMDB?
EF: Em política nunca se deve dizer “nunca” ou “não”. Estou no PMDB, fui eleito pelo PMDB, mas é óbvio que a minha linha é uma linha, e eu disse no início da entrevista, de acabou a campanha política acabou a disputa partidária, a disputa eleitoral e agora a minha preocupação é ajudar o Rio Grande do Norte e ajudar o governador para que o Estado dê certo. Afinal de contas o povo quer saber o que os gestores estão fazendo para melhorar a sua vida seja na saúde, seja na segurança, seja na educação, seja no sistema carcerário para que não haja tantas fugas. O cidadão quer saber o que o gestor público está fazendo no seu trabalho, aquele para o qual ele deu o seu voto para que sua vida melhore. O meu foco agora não é a mudança partidária, não é a mudança de legenda. O meu foco é poder contribuir nessa casa ao lado dos outros 23 deputados para que o Rio Grande do Norte possa melhorar.
OM: Comenta-se que o senhor planeja disputar o Senado em 2018. Existe essa possibilidade?
EF: Essa é uma história interessante. Até hoje eu não descobri quem inventou essa história. Eu até hoje não disse a ninguém de plano nenhum sobre o Senado da República como não o tenho. Sou presidente da Assembleia há sete meses. Estamos fazendo uma gestão moderna e inovadora. O meu desejo é acabar os meus quatro anos de mandato como presidente da Assembleia deixando essa casa melhor do que encontrei. Mais próxima do povo, mais transparente, mais ágil, fazendo o que fizemos agora nos seis primeiros meses quando batemos todos os recordes em números de projetos de lei, de requerimentos, de audiências públicas e não tem uma matéria ou um assunto que aflija o povo do Rio Grande do Norte que não tenha sido debatida nessa casa. Agora mesmo, dia 28, a Assembleia tem o prazer de receber aqui para discutir sobre a transposição do Rio São Francisco, e a celeridade desse processo, diante da maior crise hídrica que nós já assistimos na história do Rio Grande do Norte o ministro que vem para cá, da infraestrutura, com os senadores com os deputados federais, com a bancada estadual, prefeitos e vereadores. A Assembleia vem, graças ao trabalho dos 24 deputados, desempenhando esse papel com altivez, como competência, com capacidade e acho que nesse assunto da água nós precisamos unir o Nordeste. Pois o Rio Grande do Norte, só, não pode fazer com seu grito possa ser escutado na altura necessária pelo Governo Federal. Precisamos unir o Nordeste inteiro para falar, em nome de 50 milhões de brasileiros, da maior crise hídrica da história desse país.
OM: Para encerrar tivemos a “Operação Dama de Espadas” já durante a sua gestão. Qual o seu posicionamento?
EF: Foi uma ação do Ministério Público que veio com uma ordem judicial de busca e apreensão. A Assembleia Legislativa atendeu todo e qualquer pedido que foi solicitado pela justiça da forma mais tranquila e transparente possível.