As filas nas ruas do Centro de Mossoró se tornaram símbolo da quebra do isolamento social na cidade. A situação se dá por fatores diversos como a exclusão digital, desinformação e falta de organização do poder público para evitar as aglomerações nas calçadas dos bancos.
Os decretos assinados pela prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) e pela governadora Fátima Bezerra (PT) incluem as medidas recomendas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre elas que a distância entre as pessoas deve ser de 1,5 metro. Olhe que já existem estudos mostrando que nem esse espaçamento é suficiente (ver AQUI).
As calçadas dos bancos expõe exatamente o contrário. Pessoas sem máscaras e aglomeradas sem o distanciamento recomendado. Mas ontem muita gente flagrou outra aglomeração na porta da Delegacia da Receita Federal (ver foto que ilustra a postagem).
É preciso lembrar que estamos falando da cidade que concentra praticamente metade dos óbitos por covid-19 no Rio Grande do Norte e que se excede à regra com mais testes positivo que negativos nos exames. A explicação para isso está relacionada a proximidade cultural e geográfica com o Ceará cujo número de casos registrados é considerado alto.
Já passou da hora de o poder público dar mais atenção a isso. Hoje a Agência da Caixa Econômica anunciou por meio de nota que vai fechar as portas porque um de seus funcionários testou positivo para covid-19.
Parece brincadeira, mas vai ser preciso criar a figura do fiscal de fila. É dever do poder publicar fiscalizar o cumprimento do decreto.