A senadora Fátima Bezerra (PT) subiu à Tribuna do Senado para defender a presidente afastada Dilma Rousseff e a tese do golpe jurídico/parlamentar.
Para a petista, Dilma está sendo injustiçada. “Por fim, espero sinceramente que a marcha dos derrotados nas urnas não prospere, porque não há neste Plenário biografia mais limpa e de luta do que a da senhora. Nós não compactuaremos com este golpe, com esta infâmia. Na minha modesta biografia de professora, nascida no sertão nordestino, eu me nego a colocar a minha assinatura nesta farsa. Tenho a convicção de sua inocência, e seguiremos em luta ao seu lado, em defesa da democracia”, analisou.
Na outra frente o senador José Agripino, presidente nacional do DEM, seguiu defendendo ferrenhamente a queda da primeira mulher eleita presidente da república no Brasil.
O parlamentar questionou os motivos para Dilma não atender aos alertas do Tribunal de Contas da União (TCU) e Tesouro Nacional. “Vossa Excelência usou das pedaladas fiscais como alternativa por causa da escassez de recursos, mesmo diante dos avisos do que estaria por vir”, criticou.
Para ele a falta de réplica prejudicou o debate. “Se o formato deste questionamento envolvesse a réplica, a presidente Dilma ia sair muito complicada desta audiência. Porque, quando se pergunta uma coisa, ela responde outra e não responde as questões fundamentais. Se você, na réplica, questiona o ponto direto e Dilma não tem resposta para dar, ela, ao invés de convencer, iria desconvencer”, avaliou.
Já Garibaldi Filho (PMDB), que votará pelo impeachment, preferiu não se expor. Preferiu não se envolver no debate.