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Magistrados do RN querem elogios por menosprezo à opinião pública

A Associação de Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN) emitiu uma nota informando que seus membros não mais concederão entrevistas aos jornalistas da Intertv Cabugi por causa de críticas aos aumentos salariais dos juízes bem como o pagamento de benefícios imorais aos membros do judiciário (isso inclui técnicos) num momento em que o Estado afunda numa crise que parece não ter fim.

Ora! Os magistrados querem loas por esse espetáculo de insensatez e indiferença? Querem elogios pelo egoísmo demonstrado em realizar pagamentos desnecessários só para não devolverem as sobras orçamentárias ao Tesouro Estadual?

Como elogiar uma casta togada que se sente superior aos demais cidadãos? Como ficar ao lado de quem tem tantos privilégios e entrega tão pouco à sociedade?

Só quem estando fora da realidade se distancia dos anseios do povo e ainda acha que não merece críticas por tantas atitudes antipáticas.

O dito até agora é o mínimo diante do tamanho do menosprezo imposto diariamente pelo nosso judiciário.

Não há razão para tamanho vitimismo da AMARN.

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Penduricalhos da magistratura: juízes até calados estão errados

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A semana no Rio Grande do Norte foi marcada pela vergonhosa proposta de converter em pecúnia as licenças-prêmio não gozadas pelos magistrados (ver AQUI). A medida beneficiaria aposentados e parentes de falecidos.

O judiciário vive uma crise moral sem precedentes no Brasil. Aos poucos seus penduricalhos, como acintoso auxílio moradia, vão sendo expostos e o desgaste parece estar apenas começando.

A reação do presidente da Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN), Herval Sampaio Junior, em defesa da proposta assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça Expedito Ferreira, gerou revolta em toda a sociedade potiguar. Escassos setores da imprensa potiguar (esse blog incluso) se manifestaram de forma crítica com destaque para a jornalista Emily Virgílio, da Intertv Cabugi.

O assunto poderia ter se encerrado no recuo (ver AQUI) feito por Expedito Ferreira logo após as críticas da presidente do Supremo Tribunal Carmem Lúcia e do Conselho Nacional de Justiça.

Mas aí o juiz Herval Sampaio achou por bem fazer uma nota (ver AQUI) que, terminou sendo motivo de piadas nas redes sociais, afirmando ter sido vítima de uma “armadilha”. Soou patético e um indicativo de que o outrora admirado magistrado vai perdendo adeptos em Mossoró onde se destacou nas eleições de 2012 atuando na esfera eleitoral.

É inadmissível tanta insensibilidade por parte de juízes que deveria preservar o zelo pela coisa pública, mas acham justo receberem gordos salários e soma-los aos penduricalhos da vida num Estado onde pobres morrem com segurança e saúde precárias e a educação é uma lástima. Sem contar os servidores do executivo que sofrem há dois anos com salários atrasados.

Essa indiferença e falta de empatia com os outros só revelam a distância entre os magistrados e o povo.

Expedito Ferreira preferiu o silêncio, mas está tão errado quanto Herval Sampaio.

No Rio Grande do Norte até calado um juiz (que defende os penduricalhos) está errado.