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Servidores da assistência social fazem campanha por valorização da carreira e condições de trabalho

Servidores e servidoras da Assistência Social de Mossoró organizaram uma campanha virtual, por meio da página “Valoriza SUAS Mossoró” no instagram, buscando a garantia de melhores condições salariais, de trabalho e concurso público.  Clique AQUI para conhecer a página.

O movimento é organizado assistentes sociais, psicólogos e outros técnicos de nível superior  que compõem as equipes dos serviços de assistência social no município de Mossoró. O SUAS é o Sistema Único de Assistência Social e é o modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de assistência social.

Por meio de uma das publicações da página os servidores questionam a o longo período sem concursos públicos e a falta de uma política de valorização salarial em Mossoró, no sentido de ampliar, atrair novos profissionais e garantir a melhoria do serviço prestado.

“O último concurso foi realizado em 2013, com convocações iniciais em 2014. Com salários defasados e ausência de um plano de carreira, a rotatividade de profissionais dificulta o vínculo de referência com à população e torna os investimentos em capacitação insuficientes, uma vez que novas capacitações são sempre necessárias” afirma a publicação.

O psicólogo Alcedir Gabriel, que é um dos integrantes do movimento, destaca que a campanha nas redes sociais é uma tentativa de se comunicar com a sociedade acerca da situação de desvalorização e desconsideração das pautas desses profissionais, o que prejudica o desenvolvimento dessa importante política pública.

“Estamos buscando realizar um grande chamamento público para a luta por uma Assistência Social enquanto política pública, que prima pela valorização dos seus servidores e oferece serviço público de qualidade, com vistas a transformação social na vida de tantos sujeitos” destacou.

Alcedir também relembra que as negociações junto à Prefeitura buscando a melhoria das condições de trabalho dos servidores não tem sido prósperas.

“A gestão criou uma comissão para plano de cargos, mas os inúmeros entraves e falta de celeridade por parte da gestão, retardam a conclusão do plano, bem como não se percebe ganhos efetivos para os servidores. Agora estamos planejando outras ações para que os profissionais sejam ouvidos e tenham suas pautas consideradas e efetivadas pela gestão”, concluiu.

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Abrigo Provisório alberga 24 pessoas em Mossoró

Ao todo, 24 pessoas em situação de rua ocupavam ontem, 17, o Abrigo Social Provisório, aberto no dia 7 de abril. São homens e mulheres que, sem lugar para morar, estão enfrentando a pandemia do novo coronavírus nas dependências da Escola Municipal Leôncio José de Santana, local escolhido pela Prefeitura de Mossoró para sediar o Abrigo.

O número de albergados pode variar de um dia para o outro, pois alguns acabam saindo e outros entram, como informa a assistente social e coordenadora do local, Valéria Samanta. A faixa etária dos abrigados presentes no momento vai dos 27 aos 54 anos de idade e a grande maioria do público é composta por homens, são 20. As mulheres somam quatro, situação que reflete a realidade das ruas.

A coordenadora explica que isso é observado ao longo dos anos de acompanhamento do Serviço Especializado de Abordagem Social, um serviço desenvolvimento pelo CREAS, que atua nas ruas da cidade, no período da noite. Durante as abordagens, a assistente conta que o número de homens é sempre maior que o de mulheres.

De acordo com Valéria Samanta, o Abrigo possui capacidade para receber até 60 pessoas. Ela afirma que, para entrar no local, as pessoas foram sensibilizadas desde o dia 23 de março, quando a Secretaria de Desenvolvimento Social iniciou o trabalho com a complementação alimentar.

“Após esse momento, eles se apresentaram no Abrigo de forma voluntária. É feito um cadastro, recebem o kit do abrigo e são alojados. Os médicos avaliam se é necessário isolar ou não. Caso seja isolado, temos um espaço para isso. Eles têm café, almoço, lanche, janta e lanche da noite. Temos TV e jogos para o entretenimento. Realizamos reuniões todos os dias, para reforçar as regras de convivência e fazer uma escuta de como eles estão dentro do espaço”, afirma a coordenadora.

Segundo ela, diariamente também é feito um trabalho de sensibilização para que os albergados permaneçam no local e uma vez que concordam em ficar, eles não podem sair para atividades externas. “Exatamente, buscamos falar com os abrigos provisórios de Natal e buscamos orientações da OMS e Ministério da Saúde. E ao saírem, de forma voluntária, eles não podem retornar para não comprometerem os demais. No entanto, o consultório na rua continua dando assistência e a Secretaria de Desenvolvimento, através do CREAS, realiza o cadastro para que eles tenham, café da manhã, almoço e jantar pelo restaurante popular”, afirma Valéria.

A coordenadora informa que, para manter as atividades no Abrigo são duas coordenações diretas, seis equipes diurnas e seis profissionais distribuídas entre almoxarifado local, limpeza do espaço, cozinha e portaria. A equipe noturna conta com seis profissionais que fazem as rondas nas ruas e dão suporte ao abrigo, além de guardas que atuam durante o dia e à noite. Há ainda a equipe da residência, do consultório de rua e profissionais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

“Os médicos estão indo praticamente todos os dias. Quando necessário, chamamos a SAMU para apoio. A equipe diurna dá o suporte em toda dinâmica da convivência. Tentamos, dentro do possível, viabilizar documentos, entrar em contato com familiares, auxiliar no cadastro de benefícios. Existe um trabalho integrado, entre Desenvolvimento Social, Saúde, Educação e Segurança Pública”, comenta.

Com relação às suspeitas de coronavírus, a coordenadora diz que algumas pessoas estiveram isoladas por estarem gripadas e terem febre, mas ontem, 17, o único paciente que estava em isolamento foi liberado ontem, 17.

 

Reunião realizada na quadra do Colégio Leôncio José de Santana, onde funciona Abrigo Provisório – Foto: Cedida/ Valéria Samanta
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Governo do RN destina R$ 3,6 milhões para assistência social de 167 municípios

Secretaria de Assistência Social divulga formas de atendimento ao ...

O Governo do Estado vai destinar R$ 3,6 milhões para reforçar a rede de assistência social dos 167 municípios potiguares durante o período de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de garantir o sustento mínimo e a proteção da população mais vulnerável.

Por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), a gestão estadual vai efetivar o cofinanciamento de benefícios eventuais, dentro do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para que as cidades possam atender as necessidades sociais dos potiguares, com vistas a garantir condições básicas de sobrevivência aos mais pobres, em especial a alimentação.

“Nosso governo está preocupado em proteger a população. Em salvar vidas. Sabemos que o coronavírus mata e a fome também. Essa pandemia atinge toda a humanidade, mas afeta em especial as populações mais vulneráveis. As pessoas não devem colocar suas vidas em risco para terem o direito à alimentação garantido”, destaca a governadora Fátima Bezerra.

Com base no estado de calamidade pública, o Governo poderá repassar a verba aos municípios de forma imediata. Os R$ 3,6 milhões deverão ser utilizados principalmente para aquisição e distribuição de cestas básicas. Assim, a gestão estadual poderá assegurar um reforço nas ações das prefeituras para a proteção às populações em situação de maior vulnerabilidade, como pessoas em situação de rua, refugiados e moradores de periferias urbanas.

A verba será dividida em maior parte para os municípios com mais de 50 mil habitantes e que possuam população de rua, refugiados e sem teto para o atendimento, acolhimento e cuidados básicos de alimentação e também material de higiene necessário para a proteção do contágio pelo novo coronavírus.

Ainda devem ser tomadas medidas como a distribuição de materiais descartáveis (talheres, pratos, garrafas etc.) e kits de higiene pessoal (sabonete líquido, máscara, álcool gel, escova de dente, creme dental, absorvente etc.) entre a população beneficiada, a fim de evitar o compartilhamento de materiais e conter a disseminação do vírus, e eventualmente o pagamento de aluguel social. O repasse da verba aos municípios será feita em três parcelas.

Informações da Assessoria de Comunicação do RN.