Natal despertou de uma longa letargia em relação aos desmandos do prefeito Álvaro Dias (PSDB). O tucano fazia e acontecia sem grandes cobranças da opinião pública.
Bagunçava os decretos de restrição social e saia de “herói” na defesa dos empregos enquanto empurrava trabalhadores para a morte na fila de espera por um leito de UTI.
Assistia passivamente o setor de transporte público reduzir a oferta de ônibus aglomerando pobres, contribuindo para a transmissibilidade da covid-19 sem ser responsabilizado.
Até a bagunça nas filas de vacinação passavam em branco.
Mas um dado objetivo derrubou qualquer argumento do prefeito que fez fama defendendo que remédio de piolho protegia você do vírus: Natal ainda não começou a vacinar pessoas sem comorbidades enquanto outras capitais e cidades do RN, como Mossoró, avançam neste quesito.
O assunto começou a ganhar corpo nas redes sociais e obrigou Álvaro a prestar esclarecimentos. Primeiro ele culpou o Ministério Público por uma ação judicial. Foi prontamente desmentido tendo em vista que a medida visou justamente garantir o cumprimento do Plano Nacional de Imunização que a gestão de Álvaro vinha descumprindo.
Matreiramente ele tentou empurrar a história para a governadora Fátima Bezerra (PT) acusando-a de entregar poucas vacinas quando todo mundo sabe que cabe a ela distribuir proporcionalmente aos municípios as vacinas que o Ministério da Saúde encaminha ao Estado.
Não colou.
A última saída foi provocar os instintos mais primitivos da população dizendo que a vacinação estava atrasada por causa da obrigação de vacinar presidiários estabelecida pelo PNI. A história não tem pé nem cabeça por um mais um fato objetivo: Mossoró com dois presídios e Nísia Floresta com Alcaçuz não enfrentam problemas de atrasos na vacinação.
A culpa é de Álvaro e ele coloca em quem ele quiser, mas o negócio é que até agora as tentativas de colar narrativas não deram certo.
Ele segue em busca de um culpado.