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Voos semanais entre Mossoró e Natal animam setor de turismo

Turismo começa a se animar com novo trecho divulgado pela Azul (Foto: Divulgação)

Foi notícia durante a semana que a partir de 23 de agosto a cidade de Mossoró ganha uma nova conexão operada pela Azul Linhas aéreas, desta vez com a capital do estado, Natal. Com três frequências semanais – às segundas, quartas e sextas-feiras – os clientes voarão a bordo de aeronaves modelo ATR 72-600, com 70 assentos. As passagens custarão a partir de R$129, 63, podendo variar a depender do dia e época do ano. (Veja mais sobre isso AQUI)

A notícia repercutiu nas redes sociais e animou os mossoroenses, uma vez os valores estipulados como base para as viagens não são tão altos e as reclamações sobrea BR-304, principal via de ligação entre Mossoró e Natal, são recorrentes. Outro fator muito lembrando é o preço da gasolina, que torna as viagens de carro mais caras.

Um segmento que particularmente recebeu com muita euforia a notícia foi o do turismo que, durante a pandemia de covid-19, enfrentou momentos muito difíceis e enxerga na iniciativa da Azul um canal para ampliação da venda de pacotes para mossoroenses e também para quem deseja conhecer a capital do Oeste potiguar.

O agente de turismo e diretor da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) Carlos Gregório, relembra que no auge da pandemia o setor de turismo chegou a sofrer uma redução de 95% em seu faturamento e que a notícia da conexão Mossoró – Natal  alinhada ao aumento gradativo do número de pessoas imunizadas contra a covid-19 é vista com muita felicidade pelo segmento.

“Vemos essas notícias com muito alívio. Os preços de passagens apresentadas pela Azul estão dentro da realidade de mercado e vão ajudar a fortalecer o turismo na região. Tanto para pessoas que vão à Natal e outros destinos a partir de lá quanto para as pessoas que vem a Mossoró, conhecer nossa cidade ou seguir para municípios vizinhos”, avaliou Carlos que ainda lembrou que com passagens aéreas a partir de R$ 129,00 pode ser vantajoso inclusive deixar o carro na garagem e ir a Natal de avião.

A empresária do ramo de turismo Giovanna Rangel comenta que o cenário para o segmento ainda não é o ideal, mas que já é melhor do que o vivido em 2020 e no início de 2021 durante o auge da pandemia. Ela afirma que o novo trecho de viagem anunciado pela Azul é visto com bons olhos, uma vez que os valores acessíveis fazem frente inclusive aos taxistas, que levam centenas de mossoroenses todos os dias a Natal

“Com o avanço do calendário de vacinação, aos poucos, a população tem voltado a pesquisar novamente viagens, bem como planeja-las. Porém, não podemos afirmar ainda que as coisas voltaram à normalidade. Os voos de Mossoró/Natal e vice versa ainda não aqueceram as vendas,  mas existe uma grande promessa, visto que os voos iniciam suas vendas com valor de R$ 120,00 o trecho sem bagagem despachada, esse valor é o mesmo cobrado por alguns taxistas hoje para fazer a mesma rota” avaliou a empresária.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Mossoró, Franklin Filgueira,  comemorou a nova “ponte aérea” entre Natal e Mossoró. Ele destacou que a novidade vai ajudar a recuperar o setor de turismo nas duas cidades e fortalecer a economia no oeste potiguar.

“Essa é uma notícia espetacular. Essa ponte aérea, além de garantir o maior fluxo de empreendedores, homens e mulheres interessados em investir em Mossoró, também vai beneficiar o segmento do turismo, que depende muito do conforto, da segurança e da rapidez que viagens como essa trazem”, concluiu o secretário.

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Consórcio Inframérica devolve gestão do Aeroporto de São Gonçalo

Aeroporto está sem administração (Foto: José Aldenir/Agora RN)

Agora RN

O grupo argentino Inframérica vai devolver ao Governo Federal o Aeroporto de Natal, que foi leiloado à iniciativa privada em 2011, como primeira concessão do setor no país. A decisão será comunicada formalmente nesta quinta-feira (5), por meio de ofício, à Agência Nacional de Aviação (Anac).

A operadora entrará com pedido de indenização, nos termos da Lei 13.448 de 2017, que trata da devolução amigável de concessões e de sua posterior relicitação. Ela calcula ter investido cerca de R$ 700 milhões, sem levar em conta atualização monetária, em obras de infraestrutura.

O Aeroporto Internacional Aluízio Alves fica no município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, e tem menos de 10 anos. Sua pista foi construída inteiramente com recursos públicos. Coube à Inframérica erguer o terminal de passageiros (com 42 mil metros quadrados de área operacional e seis pontes de embarque), fazer o pátio de aeronaves e acessos à pista.

Três fatores motivaram o grupo a tomar essa decisão: 1) os estudos de viabilidade do aeroporto à época do leilão previam um movimento de 4,3 milhões de passageiros em 2019, mas na realidade a demanda verificada foi de 2,3 milhões; 2) por questões regulatórias, as tarifas de embarque ficaram defasadas e hoje são 35% inferiores às dos aeroportos da segunda e da terceira rodadas de concessões, que foram licitados em 2012 e em 2013; e 3) a torre de controle em Natal é a única operada por uma concessionária, mas tem tarifas de navegação aérea que equivalem a um quarto do valor praticado pelas torres da Infraero ou do Decea, vinculado à Aeronáutica.

De acordo com o presidente da Inframérica, Jorge Arruda, autoridades federais e do Rio Grande do Norte já foram avisadas informalmente. Pelos termos da Lei 13.448, o pedido de devolução é encaminhado inicialmente à Anac. Depois, passa pelo Ministério da Infraestrutura e a pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

“Nos últimos dois anos, foi criado um arcabouço regulatório que permite a devolução amigável. Vamos seguir estritamente a regulamentação vigente”, disse Arruda. Ele preferiu não estimar prazos para todo o procedimento, mas lembrou que a operação do aeroporto continuará com a Inframérica até uma futura passagem de bastão para outra concessionária. “Nesse meio tempo, temos um compromisso de manter os empregados, a qualidade operacional e os esforços de atratividade de novas rotas para Natal, além de compromisso com os lojistas e prestadores de serviços.”

Com a crise econômica dos últimos anos prejudicando as operações e a impossibilidade de reequilíbrio econômico do contrato, segundo Arruda, a devolução amigável tornou-se a melhor alternativa. Ele esclareceu que a concessionária está “100% adimplente” com suas obrigações regulatórias e financeiras. A outorga em Natal é de R$ 15 milhões por ano e a parcela de 2020 já foi quitada em janeiro.

O executivo desvincula esse processo das operações em Brasília e descarta completamente a possibilidade de entregar também sua principal concessão no país. “Continuamos investindo no aeroporto de Brasília e, como holding aeroportuária, estamos atentos às oportunidades no Brasil.”

Tanto é assim que suas equipes já estão mobilizadas para estudar os três lotes de aeroportos a serem leiloados neste ano. Ele menciona que o Bloco Sul, com Curitiba à frente, pode ter sinergia com as operações do grupo na Argentina e no Uruguai. O Bloco Norte tem Manaus como carro-chefe, um aeroporto com bastante movimentação de cargas, experiência que a Inframérica adquiriu em Natal.

O grupo está capitalizado. Em 2017, a Corporación América – empresa-mãe da Inframérica – levantou US$ 500 milhões em sua oferta inicial de ações na Bolsa de Nova York. Ela opera 52 aeroportos em sete países, somando 84 milhões de passageiros por ano.

Em Natal, a Inframérica é dona de 100% do aeroporto. No caso de Brasília, ela detém 51% – a Infraero manteve participação de 49% na sociedade. Ambas as unidades foram privatizadas no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Procurada, a Anac disse que “a adesão à relicitação é um ato voluntário da concessionária e consiste na devolução amigável do ativo, com a consequente realização de novo leilão e assinatura de contrato de concessão com outra empresa”. A agência avalia que esse instrumento “traz segurança jurídica para os contratos, além de permitir a continuidade da prestação de serviços aos usuários”.

O procedimento é detalhado pelo decreto presidencial 9.957, de 2019, e pela resolução 533 da Anac, que define a metodologia de cálculo dos valores para indenização dos investimentos de bens reversíveis não amortizados.

Para o Ministério da Infraestrutura, a sinalização de que a Inframérica pretende usar o mecanismo da devolução amigável é vista como um movimento natural de mercado e até oportuno do ponto de vista estratégico. “Oportuno porque o contrato atual é anterior a uma série de inovações de modelagem que estamos aplicando com muito sucesso no setor”, informou a assessoria da pasta.

“Trata-se também de passo significativo na consolidação do mecanismo e passa aos investidores uma boa imagem de respeito aos contratos, com correção de eventuais erros do processo, sem nenhuma intervenção antimercado”, completou. “Por último, o aeroporto de Natal é considerado um ativo extremamente interessante, por sua proximidade com a América do Norte e com a Europa, uma região turística de enorme potencial e com investimentos estrangeiros consolidados.”

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Avião da Azul não consegue pousar em Mossoró e retorna para Recife. Entenda o caso

O voo o AZU5183 da Azul Linhas Aéreas que trazia passageiros de Recife para Mossoró não conseguiu pousar no aeroporto Dix-sept Rosado por causa de uma situação de teto baixo.

Na linguagem da aviação aérea teto baixo significa que as nuvens estavam muito baixas em Mossoró impossibilitando o pouso.

O piloto não conseguia enxergar a pista e após duas tentativas optou por retornar a Recife.

Esse tipo de dificuldade é comum em outros aeroportos, mas não em Mossoró.

Não há previsão de que o voo da Azul venha hoje para Mossoró.