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Cidades do RN deixam lista das 50 mais violentas do mundo

O Rio Grande do Norte ficou fora do ranking das 50 cidades mais violentas do mundo. Os dados são de um levantamento da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal e faz referência ao ano de 2023.

De acordo com o levantamento, das 10 cidades brasileiras com mais mortes violentas, sete fazem parte da região Nordeste e três estão no Norte. Em comparação aos dados apresentados pela ONG em 2022, o Brasil melhorou os índices. No ranking anterior, a cidade mais violenta do país ocupava a 11º posição na lista e em 2023 ocupa a 19ª colocação.

Mossoró, considerada a cidade mais violenta do Brasil no levantamento da ONG mexicana em 2022, ficou fora do ranking com os dados de 2023. Este movimento também aconteceu com os índices da cidade Natal, que não é mencionada na atual publicação.

Confira a lista completa das 50 cidades mais violentas do mundo pela mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal em 2023.

link: https://exame.com/brasil/brasil-tem-10-das-50-cidades-mais-violentas-do-mundo-veja-ranking/

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Professor rebate OnG mexicana que bota Mossoró e Natal entre as cidades mais violentas do mundo

A Organização não Governamental (OnG) Segurança, Justiça e Paz divulgou o ranking das cidades mais violentas do mundo e Mossoró apareceu em 11º, sendo a primeira do Brasil, e Natal em 28º, sendo a sexta brasileira.

O documento divulgado por vários perfis nas redes sociais (inclusive os do Blog do Barreto no Instagram e Twitter) causou forte debate e algumas pessoas levantaram dúvidas como o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Daniel Menezes, editor do Blog “O Potiguar”.

Em texto em “O Potiguar”, ele classificou o ranking como “furado”. “A iniciativa seria boa não fossem os erros crassos de agrupamento regional e de metodologia”, escreveu. “Natal, que já entrou no ranking entre as 50 primeiras em anos anteriores, tem 1.2 milhão de habitantes porque, na verdade, para eles Natal é toda a região metropolitana. João Pessoa, outra que já foi ranqueada, passa pelo mesmo problema. As estimativas populacionais sobre o tamanho de Mossoró, que apareceu mal esse ano, estão erradas”, complementou.

Daniel explica que o trabalho mistura metodologias diferentes para contagens de crimes violentos. “Eles também comparam metodologias e classificações distintas sobre o que é um crime violento. Tomar homicídio como crime base da violência não seria um problema se todas as contagens de homicídio fossem idênticas. O problema é que há diferenças e a ong compara água com vinho”, avalia. “Cabe citar um exemplo de fácil compreensão. Uma pessoa leva um tiro num atentado e fica internada por um mês. Durante a internação desenvolve uma doença e morre. No RN ela entrará para as estatísticas como assassinada. Em São Paulo não”, exemplifica.

O professor lembra que diversas entidades já contestaram os números desse ranking.

Redução da violência

Diante da repercussão, o Governo do Estado reforçou a informação de que entre 2019 e 2022 a violência em Mossoró teve uma queda de 15% e em Natal de 48%.