O ministro das comunicações Fábio Faria (PSD) acabou indo parar nos trending topics do Twitter após dar entrevista à 98 FM de Natal em que defendeu que é “hora de baixar as armas” ao se referir a crise envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quando você tem uma briga de casal, em que o marido está brigando com a esposa, se um só decidir voltar atrás e o outro continuar dobrando a aposta, não resolve. É um momento de todos recolherem as armas. É o momento de todos, em nome do Brasil, do País, de um projeto maior (recolherem as armas). O governo Bolsonaro e os ministros passam, e o Brasil fica. Todo mundo tem de ser grande nesse momento. Não só o presidente. Todos precisam voltar atrás”, disse.
E olhe que Fábio colocou a culpa pela crise no ministro Alexandre de Moraes. “Todos esses movimentos (decisões de Moraes) fizeram com que os apoiadores ficassem cobrando dele uma resposta em relação a isso. Todo mundo tentou intermediar as conversas, mas eu acredito que foram ações e reações dos dois lados”, declarou.
Os perfis bolsonaristas detonaram o ministro:
“Fabio Faria é o apaziguador que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado. Será q tá rolando um china in box ali tb?”, provocou Paula Marisa que tem 342 mil seguidores.
“O Ministro @fabiofaria está sabotando o Presidente @jairbolsonaro ao falar de um possível recuo no pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.Os ataques, ofensivas e perseguições contra o Presidente e seus apoiadores só crescem e Fábio Faria propõe “acordo”. Um “acordo” chinês?”, postou J. Sepúlvida que possui 143 mil seguidores.
“O que seria um “recuo”do Presidente? permitir ações do Poder Judiciario que não respeita mais a própria Constituição e invade outros Poderes?Não responder a críticas e MENTIRAS divulgadas por Ministros? Deixar o povo continuar sendo perseguido por ações ditatoriais? Não entendi”, criticou o perfil “Mita Guimarães que tem 160 mil seguidores.
Após a reação negativa, Fábio disse que foi mal interpretado e que defendeu que ambos recuem e não só o presidente.