Categorias
Matéria

Professor rebate OnG mexicana que bota Mossoró e Natal entre as cidades mais violentas do mundo

A Organização não Governamental (OnG) Segurança, Justiça e Paz divulgou o ranking das cidades mais violentas do mundo e Mossoró apareceu em 11º, sendo a primeira do Brasil, e Natal em 28º, sendo a sexta brasileira.

O documento divulgado por vários perfis nas redes sociais (inclusive os do Blog do Barreto no Instagram e Twitter) causou forte debate e algumas pessoas levantaram dúvidas como o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Daniel Menezes, editor do Blog “O Potiguar”.

Em texto em “O Potiguar”, ele classificou o ranking como “furado”. “A iniciativa seria boa não fossem os erros crassos de agrupamento regional e de metodologia”, escreveu. “Natal, que já entrou no ranking entre as 50 primeiras em anos anteriores, tem 1.2 milhão de habitantes porque, na verdade, para eles Natal é toda a região metropolitana. João Pessoa, outra que já foi ranqueada, passa pelo mesmo problema. As estimativas populacionais sobre o tamanho de Mossoró, que apareceu mal esse ano, estão erradas”, complementou.

Daniel explica que o trabalho mistura metodologias diferentes para contagens de crimes violentos. “Eles também comparam metodologias e classificações distintas sobre o que é um crime violento. Tomar homicídio como crime base da violência não seria um problema se todas as contagens de homicídio fossem idênticas. O problema é que há diferenças e a ong compara água com vinho”, avalia. “Cabe citar um exemplo de fácil compreensão. Uma pessoa leva um tiro num atentado e fica internada por um mês. Durante a internação desenvolve uma doença e morre. No RN ela entrará para as estatísticas como assassinada. Em São Paulo não”, exemplifica.

O professor lembra que diversas entidades já contestaram os números desse ranking.

Redução da violência

Diante da repercussão, o Governo do Estado reforçou a informação de que entre 2019 e 2022 a violência em Mossoró teve uma queda de 15% e em Natal de 48%.

Categorias
Matéria

Pesquisadores da UFRN farão análise de desempenho da democracia no RN

Os professores Daniel Menezes e Carlos Freitas do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estão tocando o projeto do Observatório da Democracia (ObDemRN) que já conta com pesquisadores associados do IFRN e da UFPB.

O grupo de docentes criu um centro de estudos e análises tendo como foco os processos eleitorais, a cultura política democrática enraizada entre os cidadãos e o funcionamento das instituições republicanas no Rio Grande do Norte.

O objetivo é produzir um monitoramento constante da democracia de forma substantiva e em seus procedimentos realizadores. A elaboração de estudos, notas técnicas e ações de acompanhamento permitirá municiar a esfera pública potiguar com o conhecimento necessário para o fortalecimento das práticas e valores democráticos.

Além do conhecimento que será gerado, o ObDemRN também buscará as organizações que se relacionam de maneira direta ou indireta com o tema, para estabelecer parcerias e medidas de compartilhamento de saberes em prol do melhor funcionamento da democracia no RN.

Categorias
Matéria

Cientistas sociais lançam livro sobre a “baixaria” nas eleições brasileiras

Os cientistas sociais Anderson Santos, professor do departamento de políticas públicas da UFRN, e Daniel Menezes, Diretor do Instituto Seta, lançarão, na quarta-feira (05 / 12) às 19:00 horas no Margem Hub de Fotografia, o livro: “Eleições no Brasil: manual compacto de campanha negativa” pela editora Appris.

SINOPSE

Popularmente conhecida como “baixaria”, a campanha negativa é uma realidade e tem um papel importante na dinâmica eleitoral. Campanhas centradas exclusivamente em propostas e discussões sobre os problemas locais, regionais ou nacionais são absolutamente insuficientes e não atendem plenamente o interesse coletivo, ao contrário do que se pode imaginar à primeira vista. Isso porque a realidade política dispensa as simplificações. Muito do que se diz sobre as eleições, na opinião pública, está ancorado em pré-noções e maniqueísmos.

Sem o ataque contra o oponente, quem irá informar o eleitor sobre fatos desabonadores dos contendores? Obviamente, não significa que a propaganda negativa seja um expediente de uso ilimitado. Há que se considerar os usos éticos dessa ferramenta. Nessa perspectiva, como fazer uso desse expediente? Costuma- se dizer popularmente que a diferença entre o veneno e o remédio está na dosagem. Então, com qual intensidade deve-se recorrer à campanha negativa? Qual o melhor meio? Qual o melhor momento? Quais são os alvos prioritários? Esta obra pretende responder a essas e outras indagações.

Serviço

Lançamento do livro: Eleições no Brasil: manual compacto de campanha negativa

Data: Quarta Feira às 19h

Local: Margem Hub de Fotografia (Natal)