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Crônica

A velha rua

Por Marcelo Alves Dias de Souza*

Charing Cross Road é tradicionalmente conhecida como a “rua das livrarias” de Londres, sobretudo em razão dos seus muitos comércios de livros usados ou mesmo raros (e aí talvez esteja a diferença entre os sebos e os antiquários de livros). De tão famosa, entre outras coisas, deu título a um livro, “84 Charing Cross Road”, de 1970, da escritora Helene Hanff (1916-1997), que foi bater no cinema em 1987, com craques como Anne Bancroft, Anthony Hopkins e Judi Dench nos papéis principais. Livro e filme contam sobretudo uma estória de amor aos livros. Recomendo-os.

Quando cheguei a Londres para o meu doutorado, em 2008, ainda encontrei Charing Cross Road fornida de muitas livrarias e sebos. No meu primeiro ano por lá, morava bem pertinho, na Great Queen Street, em Covent Garden. Achava os comércios de livros de Charing Cross o máximo. E terminava quase todos os meus dias/noites zanzando por lá.

Havia lojas gigantes como a Blackwell’s, onde, por encomenda do saudoso Dr. Ernani Rosado, comprava coleções de filmes em DVDs (ainda assistíamos a filmes assim), de craques como Alfred Hitchcock (1899-1980), com títulos ainda do seu “período inglês”, ou David Lean (1908-1991), outro gênio do cinema britânico. Com a recomendação do Dr. Ernani, adquiria coisitas para mim também. Havia também comércios bem especializados, como a adorável Murder One Bookshop, especializada, como o nome mesmo dá a entender, em estórias detetivescas e policiais. Eu adoro esse gênero de literatura, confesso. E havia, claro, os muitos sebos, que xeretava, pulando de porta em porta, descendo e subindo escadas, atrás dos títulos mais escondidos.

Ainda me recordo com saudade do meu achado, nos sebos daquela rua, de uma edição de bolso de “Ten Little Niggers” (também publicado em inglês, para evitar o título politicamente incorreto, como “Ten Little Indians”, “The Nursery Rhyme Murders” e “And Then There Were None”), da minha Agatha Christie (1890-1976). O título “Ten Little Niggers” foi praticamente banido em livrarias e até em sebos. Comprei o danado, antigo mas conservado, em um dos comércios dali (já não lembro qual), por 3 libras esterlinas. Na Internet, achei uma edição igual por 730 libras. Guardo o meu exemplar com muito carinho.

Todavia, foi ainda nos meus anos em Londres, numa dessas infelizes coincidências, que fui observando, talvez em razão do crescimento do mercado dos livros digitais, talvez simplesmente porque as coisas inexoravelmente mudam, a decadência do comércio de livros de Charing Cross Road. Alguns comércios foram fechando as portas, como a Murder One Bookshop e, um pouco depois, até mesmo a grande loja da Blackwell’s.

Tendo estado agora novamente em Londres pelo período da Páscoa, achei as coisas ainda mais tristes. A decadência dos comércios de livros físicos parece que atingiu Charing Cross Road em cheio. Outras livrarias e sebos se foram; as que ficaram, como tenho dito, só pelejam. No dia em que estive por lá, empurrando o carrinho de meu pequeno João (uma trabalheira dos diabos), vi que a fachada do quarteirão onde ficam os sebos sobreviventes estava toda em reforma. Eram tapumes por todas as lojas. Usei para mim mesmo a desculpa de estar ali com João, de ser muito difícil transitar com ele por escadas e estantes e fugi de Charing Cross. Não quis sequer ir à enorme livraria Foyles de Charing Cross, que, fundada em 1903, autoproclama possuir a maior quantidade de diferentes livros em estoque da Europa (coisa de 200 mil títulos, afirma, mas não sei dizer se é vero ou não). Espero que a reforma venha salvar ou, ao menos, dar sobrevida aos queridos sebos.

Na verdade, desanimado com a velha rua das livrarias, preferi ir caminhar em Cecil Court, ruela de pedestres que liga Charing Cross Road à St. Martin’s Lane, na direção de Covent Garden. Lindinha, pitoresca, parecendo ter parado no tempo, ela continua tomada de pequeninas lojas, livrarias e sebos especializados em livros antigos, primeiras edições, mapas, gravuras, ilustrações e em temas tão variados como línguas, automóveis, música, numismática, teologia, magia e por aí vai. Sobre essa ruela mágica falaremos qualquer dia desses. Prometo.

*É Procurador Regional da República, Doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Show THE FEVERS ‘Augusto’ fazem show no Hotel Thermas no dia 24

O Hotel Thermas Mossoró receberá o Show THE FEVERS ‘Augusto’, que trará a mesma fórmula de sucesso que contagiou milhares de fãs pelo Brasil desde os anos 70.

O público receberá um excelente nível musical, além do carinho e da alegria de cantar, dançar e se emocionar, relembrando canções como: Mar de Rosas, Agora eu Sei, Alguém em Meu Caminho, Cândida, Vem me Ajudar, além de tantos outros grandes sucessos gravados pelos FEVERS, que não podem faltar em suas apresentações ao vivo.

Informações sobre o Show:

* Data: 24/05/2024 (sexta-feira).

* Local: Hotel Thermas (Mossoró/RN).

* Horário: 20h.

* Duração: 120 min.

* Classificação: 14 anos.

* Venda de ingressos on-line: https://outgo.com.br/show-the-fevers-augusto

* Venda de ingressos físicos: Livraria L Cultural, no Partage Shopping.

* Outras Informações: (84) 98772-9407.

 

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Cia “Pão Doce” inicia projeto para celebrar 20 anos de fundação

A expressão “20 anos não são 20 dias” nunca fez tanto sentido por aqui. Porém, quando se trata de uma realidade vivida e construída no interior de um Estado que é ainda mais interiorizado pelo resto do país, tudo torna-se muito maior. Cada movimento é digno, cada labuta é única, cada desafio e vitória são percebidos por quem se sente. Fato. Mas quem sente do lado de cá, no Nordeste do Brasil, sobretudo, no nordeste do Nordeste, é como se as oportunidades demorassem um pouco mais para chegar.

Diante dessa realidade, imagine ter a chance de, simplesmente, existir, e, ainda, por mais de 20 anos? Disso, uma coisa é certa: não foi e nem é nada fácil. Mas que tem sido gostoso de se viver, isso tem. Essa é a história da Companhia Pão Doce, um grupo de teatro criado e sediado na cidade de Mossoró, interior do Estado do Rio Grande do Norte, que, neste ano, completa duas décadas de existência, com atividades marcantes no âmbito da cultura e social, com reconhecimento e respeito não só na cidade, mas nos quatro cantos desse país.

E, num ano importante para o coletivo, o presente não poderia vir de melhor forma. A Cia. foi contemplada no Edital do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, da Fundação Nacional de Artes, do Governo Federal, com o projeto “Pão Doce 20 Anos”. O grupo foi o único de teatro, em todo o RN, aprovado no Edital, dividindo a conquista apenas com um grupo de dança da capital.

No projeto, a Pão Doce promete levar arte, nas suas mais variadas formas, cultura, educação, saúde, inclusão e muito mais, para toda a população mossoroense, através de uma programação recheada de atividades gratuitas e para todos os públicos, incluindo crianças, idosas, Pessoas com Deficiência, a comunidade LGBTQIAPN+, entre outros. As ações vão acontecer na sede do grupo de teatro, localizada no bairro Alto de São Manoel, em Mossoró, e começam ainda em março, no próximo dia 26, e seguem até setembro de 2024.

O “Pão Doce 20 Anos” foi pensado a partir de um outro projeto que o grupo realizou em 2023, o “Expansão Cultural”, com o qual a Companhia passou a ter mais contato com os equipamentos públicos da cidade, como escolas municipais e estaduais, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), creches, parques, entre outros. Agora, com a FUNARTE, a ideia é alargar esse horizonte, difundindo cultura e mostrando que todo mundo pode e deve fazer parte desse movimento.

“Por sermos um grupo de teatro, não significa que desenvolvemos apenas atividades no âmbito teatral. Na programação dos 20 anos da Companhia, vamos realizar ações no campo do social, atendimentos odontológicos para quem não tem acesso, palestras para a comunidade da cidade, sobretudo do bairro, oficinas de artes urbanas, oficinas de dança, de escrita e muito mais”, explica a atriz Mônica Danuta, integrante do grupo.

Além disso, soma-se às comemorações, o aniversário de 10 anos de um dos espetáculos mais conhecidos do Companhia, A Casatória C’a Defunta, que já participou de circulações em todo o Brasil, como o Palco Giratório, apresentando-se em 19 Estados; o Circuito SESC, em 9 cidades de São Paulo; Fit Rio Preto, no mesmo Estado; Festival Velha Joana, em Mato Grosso; Flip, no Rio de Janeiro; Festival dos Inhamuns e Ocupação Caixa Cultural, ambos no Ceará; e mais.

O espetáculo, que conta a história de Afrânio, Maria Flor e a fantasmagórica Moça de Branco, tornou-se reconhecido em todo o Brasil, e o grupo escolheu Mossoró – a cidade onde tudo começou – para dar início aos últimos passos desse trabalho que comemora uma década de muito sucesso. A Casatória C’a Defunta será apresentado na abertura do projeto “Pão Doce 20 Anos”, no dia 26 de março, a partir das 19h, no Espaço Teatro de Quintal, sede da Cia., localizado na Rua Bodoca, nº 35, bairro Alto de São Manoel, em Mossoró/RN. O acesso é gratuito e os ingressos já podem ser retirados através do site https://www.sympla.com.br/evento/a-casatoria-c-a-defunta-10-anos/2383910.

Ao ser questionada sobre o que espera dessa retomada do espetáculo premiado aqui na cidade e logo na abertura do projeto da FUNARTE, a atriz Lígia Kiss, integrante do grupo, não esconde o desejo: “eu espero que as pessoas venham com o intuito de celebrar com a gente. A gente tem pensado tanta coisa para o projeto, pensado em cada detalhe. Que esse seja um momento de celebração mesmo e de um pontapé inicial para um ano bem bacana!”.

Essa será apenas uma das atividades previstas na programação do “Pão Doce 20 Anos”. Ao longo de todo 2024, a população de Mossoró poderá desfrutar, gratuitamente, de uma série de atividades artísticas que visam a pluralidade de público, a diversidade de ações, a acessibilidade democrática e a expansão do grupo, como oficinas de Trança Afro, com Simone França; oficina de narrativas e escritas, com Daniel Guedes; oficina voltada para como brincar e estimular crianças com autismo, com Marjoreen Paiva; aula-show sobre musicalização infantil, com Bruno Hermínio; e apresentação do espetáculo História Brincada.

Além disso, uma oficina de dança do estilo waacking, com Ariadna Medeiros; ação artística do Movidos Grupo de Dança, de Natal/RN; oficinas de lambe-lambe, com Danielle Brito; atendimento odontológico, com a Drª. Anna Gabriela, tanto para crianças da comunidade que vem de uma maior vulnerabilidade social quanto para a comunidade LGBTQIAPN+; mostra audiovisual; ação especial voltada para teatro; e muito mais. Tudo isso, somando uma equipe de mais de 20 pessoas diretamente (profissionais que também são artistas), priorizando a inclusão também nesse quesito.

A vontade é de participar de tudo, não é? E pode! É só ficar atenta e atento aos prazos de inscrição que serão divulgados ao longo da programação, um tempo antes de cada atividade. A frase “o aniversário é nosso, mas quem ganha o presente são vocês” nunca foi tão levada a sério!

Nas ações do projeto, ainda haverá dois profissionais dando todo o suporte a Pessoas com Deficiência que estiverem participando das atividades, como um tradutor de libras e um monitor psicomotricista. Assim como a disponibilidade de abafadores para pessoas com sensibilidade auditiva.

A ideia é que o projeto da Cia. Pão Doce alcance um público de mais de 3 mil pessoas durante toda a programação, desde os encontros no Espaço Teatro de Quintal até as idas às escolas municipais, CRAS, Unidade de Educação Infantil (UEI) e o parque da cidade. Sempre, com o intuito de fomentar a continuidade das atividades que o grupo vem desenvolvendo nos últimos anos, além de expandi-las, para abarcar um público cada vez maior. Só que, agora, oferecendo um espaço cultural com todos os recursos de acessibilidade, conforto e qualidade técnica e artística.

Além disso, mostrar à população de Mossoró, sobretudo, da zona leste da cidade, que existe um espaço como esse na comunidade e que as pessoas podem e devem usufrui-lo; saber que ele existe. Raull Davyson, ator da Companhia, espera que quando a sede for aberta para a programação dos 20 anos, a comunidade esteja presente e ocupe a casa. E não só enquanto público, mas também entre toda a mão de obra, oferecendo trabalho e gerando emprego.

Do “Expansão Cultural” ao “Pão Doce 20 Anos”, o grupo almeja transformar essas ações em atividades anuais, inseridas de forma fixa no calendário da Companhia e da cidade, reverberando não apenas em quem o executa, mas, sobretudo, em quem o consome!

PÃO DOCE 20 ANOS

A história da Cia. Pão Doce nasce de forma orgânica, sem pretensão alguma, inicialmente. (Às vezes, são nessas ocasiões que o destino mais rascunha). Nessas duas décadas de pleno funcionamento, muito já se desenhou, mas o início de tudo surge entrelaçado com aspectos que permeiam a própria cidade de Mossoró.

Por volta dos anos 2001, um grupo de artistas foi chamado para fazer uma apresentação no centenário do Colégio Diocesano Santa Luzia, escola tradicional do município. Na ocasião, foi pedido para que eles encenassem um trecho do poema Aurora da Minha Vida, do escritor Naum Alves de Souza – poesia esta que, posteriormente, foi inspiração para o primeiro espetáculo do grupo, “Meus Bons Tempos”, em 2005.

No final da apresentação, a organização do evento distribuiu um pão doce para quem participava da solenidade escolar. E como aquele tal grupo de amigos não tinha um nome próprio, as pessoas que assistiram à peça começaram a ligá-lo ao “grupo que dava pão doce”, como explica a atriz Mônica Danuta. E, assim, quase como uma missão, os artistas da época decidiram tentar. Continuaram tentando. Atores novos entravam na formação; Outros, saíam. E continuaram tentando. Construindo espetáculos, esquetes, encenações. Promovendo trocas, trocando experiências, absorvendo conhecimento… até chegar no hoje.

Atualmente, a Cia. Pão Doce conta com quatro integrantes (Mônica Danuta, Lígia Kiss, Raull Davyson e Paulo Lima), além de diversos colaboradores e colaboradoras, e soma mais de 20 espetáculos ao longo dessas duas décadas. Nesse intervalo de tempo, os integrantes de cada época encontravam-se onde dava, fosse no estacionamento do Teatro Municipal Dix-huit Rosado ou nos terraços das próprias casas.

Em certa ocasião, a Pão Doce, juntamente com outro grupo de teatro da cidade, já havia ocupado um galpão para usá-lo como espaço cultural. Essa parceria durou 3 anos e foi palco para grandes momentos da arte mossoroense. No entanto, foi só no ano de 2017, que a Companhia, finalmente, fixou-se na sua sede própria (que segue até hoje), o Espaço Teatro de Quintal.

Com o projeto “Pão Doce 20 Anos” contemplado na Fundação Nacional de Artes, do Governo Federal, os artistas terão a chance de ampliar a casa e dar a devida atenção que o espaço necessita, até porque, para Mônica, a sede “é o nosso quinto elemento; é o quinto artista a ser pago”. Sobre isso, a atriz Lígia Kiss complementa dizendo que ter um espaço físico é ver o grupo visível, tocável e palpável.

Os presentes deste aniversário começam no dia 26 de março de 2024, na abertura da temporada das comemorações, com o espetáculo A Casatória C’a Defunta, a partir das 19h, no Espaço Teatro de Quintal. E todos e todas vocês estão convidados a participar!

SERVIÇO

O que é: Abertura do projeto “Pão Doce 20 Anos”, com o espetáculo A Casatória C’a Defunta, da Cia. Pão Doce;

Quando: 26 de março de 2024 (terça-feira);

Onde: Teatro de Quintal, sede da Pão Doce (Rua Bodoca, nº 35, bairro Alto de São Manoel, em Mossoró/RN);

Horário: a partir das 19h;

Observação: evento gratuito com retirada de ingresso pelo site https://www.sympla.com.br/evento/a-casatoria-c-a-defunta-10-anos/2383910.

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Governo celebra 120 anos do Teatro Alberto Maranhão neste domingo

O Teatro Alberto Maranhão faz aniversário e o público ganha um concerto de presente.  Neste dia tão importante (24), a partir das 17h, o Governo do Rio Grande do Norte, por meio do gabinete da Secretária Extraordinária da Cultura e da Fundação José Augusto (FJA), iniciará a jornada de celebração desta data histórica. O palco do TAM receberá a terceira edição do projeto Fima – Festival Interativo de Música e Arquitetura, que chega a Natal pela primeira vez e inicia a celebração dos 120 anos de um dos mais importantes equipamentos culturais do estado. A entrada para a plateia será liberada às 16h.

“O Teatro Alberto Maranhão tem uma importância gigantesca para a cultura potiguar, em especial para a dança, as artes cênicas e a música, e ficamos muito honrados em iniciarmos a nossa programação festiva com a vinda desse festival tão peculiar, que trata de história, arquitetura e música”, disse Gilson Matias, diretor geral da Fundação José Augusto, autarquia estadual que gerencia o TAM.

Em sua terceira edição, o Fima celebra os teatros históricos brasileiros e traz para o TAM uma programação especial: no dia 23, o projeto realiza uma gravação (sem público), e no dia 24 de março, às 17h, promove um concerto gratuito para comemoração aos 120 anos do Teatro Alberto Maranhão. No programa, além de compositores universais, como Antônio Carlos Gomes, Jules Massenet e Heitor Villla-lobos, também serão apresentados os clássicos potiguares Tonheca Dantas (Royal Cinema), Oriano de Almeida (Embalo de Saudade), Eduardo Medeiros e Othoniel Menezes (Praieira – Serenata de Pescador).

Para execução das peças, a soprano Virgínia Cavalcanti e o pianista Mateus Naamã se juntam ao professor da UFRN, Fabio Presgrave, trazendo um diálogo inédito entre a música, a arquitetura e a história deste emblemático teatro. Haverá também um momento sobre a importância e a história da casa, com a participação do dramaturgo Racine Santos e da professora de História do Teatro, da UFRN, Monize Moura, responsável pela preservação do acervo documental do Teatro Alberto Maranhão.

A entrada é gratuita e os ingressos devem ser reservados virtualmente. O link será liberado às 10h, no dia do evento, ficando disponível até 16h ou até esgotar a capacidade do teatro. Link do Sympla: https://www.sympla.com.br/aniversario-120-anos-do-tam—fima-festival-interativo-de-musica-e-arquitetura__2389553

MAIS SOBRE O TAM – Iniciada em 1898, a mando do segundo Governador eleito pelo voto direto, Joaquim Ferreira Chaves, sua construção ecoava a modernização do Rio Grande do Norte, que chegava com a república recém-instaurada. Seu nome original, Teatro Carlos Gomes, homenageou este grande compositor brasileiro até 1957, quando sua denominação foi mudada a mando do Prefeito de Natal, Djalma Maranhão.

A renomeação para Teatro Alberto Maranhão, teve como objetivo homenagear o Governador que concluiu a construção, inaugurando a casa em 24 de março de 1904 e que também promoveu sua grande remodelação pouco tempo depois.

RESTAURO E REFORMA – Recentemente, o TAM passou por uma grande reforma, cujas obras se encontravam paralisadas, quando a governadora Fátima Bezerra assumiu o primeiro mandato, em janeiro de 2019. Em dezembro de 2021, após alguns desentraves jurídicos, o Governo do RN entregou o teatro à população e à classe artística. Na execução, o Poder Executivo estadual investiu R$ 12,9 milhões no total, sendo R$ 10,4 milhões em obras e equipamentos e R$ 2,5 milhões da implementação da caixa cênica, que sequer constava no Projeto de intervenção da gestão anterior, que concluiu apenas 5% da obra.

Os recursos foram viabilizados pelo empréstimo junto ao Banco Mundial, por meio do Projeto Governo Cidadão, Secretaria de Estado de Turismo e Fundação José Augusto (FJA) e a intervenção foi fiscalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

PROGRAMA DO CONCERTO E PROGRAMAÇÃO

ANTÔNIO CARLOS GOMES (1836–1896)

– Quem sabe?!…

JULES MASSENET (1842–1912)

–  Elegie

–  Arranjo por Maik Kronhardt

TONHECA DANTAS (1871–1940)

–  Royal Cinema

PABLO LUNA (1879–1942)

– De España Vengo (El Niño Judío)

ORIANO DE ALMEIDA (1914–2004)

–  Embalo de Saudade

–  Meu Baraio

MÁRIO TAVARES (1928–2003)

–  Ballada

EDUARDO MEDEIROS (1887-1961) / OTHONIEL MENEZES (1895–1969)

–  Praieira – Serenata do Pescador

HEITOR VILLA-LOBOS (1887–1959)

–  Bachianas Brasileiras No. 5 – Ária (Cantilena)

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Caicó recebe segunda etapa do Circuito Food & Jazz 2024

O município de Caicó receberá de 21 a 30 de março a segunda etapa do Circuito Food & Jazz, evento que está de volta em 2024 para encantar amantes da boa música e da alta gastronomia no Rio Grande do Norte.

Inspirado no legado de Luís da Câmara Cascudo, renomado folclorista e autor de “História da Alimentação no Brasil”, o evento homenageará as raízes indígenas, africanas, e europeias presentes na culinária brasileira. O Circuito Food & Jazz 2024 proporcionará uma experiência sensorial única, destacando o jazz brasileiro, a cadência nordestina e a alta gastronomia do país.

O evento contará com apresentações de pratos e drinques exclusivos, oficinas, street bands, shows e muito mais.

As inscrições para os estabelecimentos gastronômicos de Caicó e região participarem da segunda etapa estão abertas por tempo e vagas limitadas. Interessados podem se cadastrar através do link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf8I6UAjRm6I6PJpVs900V3eIsXnHUwi2fbxZiS8NQbR5CiWw/viewform ou entrar em contato com os coordenadores locais Hortência Araújo 84 9434-0550 ou Josifran Gomes 84 9618-8900.

A realização do evento é de Juçara Figueiredo Produções, com o patrocínio da Coca Cola, através da Lei Câmara Cascudo, do Governo do Estado do RN, e o apoio do Senac RN, UnP, Abrasel, Revista Deguste e Intertv RN. Em Caicó, o Food & Jazz tem apoio local da Prefeitura Municipal de Caicó e da Rádio Rural

Acompanhe todas as novidades do Circuito Food & Jazz 2024 no Instagram: @foodjazzbrasil. Para mais informações, acesse https://linktr.ee/foodjazzbrasil

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MST realiza festival “Por Terra, Arte e Pão” em Natal

O Festival do MST: por Terra, Arte e Pão chega na cidade de Natal (RN) nos dias 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro de 2023 com extensa programação musical. O festival faz parte da primeira Feira Potiguar da Agricultura Familiar e Economia Solidária que é uma realização do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, executada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF-RN).

Para Matheus Mendes, do Coletivo de Cultura do MST, a realização do Festival na cidade de Natal tem uma importante simbologia para o conjunto do Movimento Sem Terra: “Com este festival pretendemos discutir a necessidade da Reforma Agrária Popular, a produção de alimentos saudáveis e o fortalecimento da cultura popular nordestina”, explicou Matheus.

“O MST se opõe ao avanço do uso de agrotóxicos, com uma produção diversificada e saudável em seus 40 anos de experiência na luta contra o agronegócio. Nossa programação dialoga com isso a partir das feiras com produtos da agricultura familiar camponesa, exposições, comidas regionais, espaços formativos e shows com grandes artistas locais e de renome nacional”.

O Festival faz parte, junto com diversas outras atividades realizadas desde o começo deste ano de 2023, tanto nos estados em que o Movimento está organizado quanto nacionalmente, das comemorações do aniversário dos 40 anos de existência e resistência do MST, a se completar em janeiro de 2024.

A programação musical conta com as apresentações de Juliana Linhares, Cátia de França, Nação Zumbi, Academia da Berlinda, Karina Burh e Odair José. Toda a programação será gratuita e aberta ao público.

Segundo Taisa Costa, militante do MST e uma das organizadoras do evento, o Festival do MST: por terra, arte e pão tem potencial de se transformar em grandes atos políticos em prol do movimento desde os estados, espaços de articulação política em defesa do MST, e de pautar a Reforma Agrária Popular.

“Nós enfrentamos a quinta CPI ao longo dos nossos 40 anos, temos mais uma vez em nossa história o desafio de dialogar com o conjunto da sociedade, de disputar a narrativa hegemonizada pela grande mídia e pelo agronegócio em nosso país”, afirma Taísa.

Pensando na importância da construção coletiva do festival, dos espaços pedagógicos, organizativos, políticos e culturais o MST abriu inscrições através de formulário eletrônico para voluntários contribuírem com a organização do festival nas equipes de comunicação, infraestrutura e concepção artística.

O Festival já passou por Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Maceió (AL), mas segue com uma ampla agenda até o próximo ano. Estão previstos Festivais ainda em João Pessoa (PB), Brasília (DF), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR) e Belém (PA).

PROGRAMAÇÃO OFICIAL

QUINTA- FEIRA (30/11)

– Asé Delas

– Fuxico de Feira convida Cínthia

– Zé Hilton

– Jarbas Acordeon

– Projeto Mulheres da Terra (Tiquinha Rodrigues, Isaar e Luana Flores)

– Cátia de França

– Juliana Linhares

SEXTA-FEIRA (01/12)

– Trio Trancelim

– Val Santos e Zé Pinto – MST

– Messias Paraguai

– Cida Lobo

– Academia da Berlinda

– Nação Zumbi

– Dj Samir

 

SÁBADO ( 02/12)

– Sulla

– Forró do Severo

– SouRebel

– Aiyra convida Fúria Negra

– Odair José

– Santana, o cantador

– Karina Buhr

Local: Centro Administrativo do Estado (Lagoa Nova)

A partir das 15h00

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Mossoró terá 2ª edição do Festival Alternativo de Cinema de Mossoró

Que rufem os tambores! A 2ª edição do Festival Alternativo de Cinema de Mossoró (FACIM) já vai começar. O evento em si, com exibições de filmes selecionados de todo o Brasil, inicia-se no dia 27 e finaliza no dia 29 de outubro de 2023, mas desde segunda-feira (23), já haverá programação. Tudo gratuito e aberto à população!

O FACIM é, atualmente, o único festival de cinema da cidade, e movimenta o cenário do audiovisual não só de todo o Rio Grande do Norte, mas também de todo o país. Mesmo com pouca idade, o Festival já se tornou uma peça-chave no calendário da cultura municipal, estadual e nacional, sendo aguardado por diversos artistas e cineastas de todas as regiões brasileiras, para que estes possam inscrever seus filmes e disseminá-los pelo mundo.

Idealizado pelo cineasta, ator e produtor cultural Plínio Sá, o Festival Alternativo de Cinema de Mossoró surge da vontade de movimentar o cenário da sétima arte na capital do oeste potiguar. Na primeira edição, que aconteceu em 2021, isso foi enfatizado e, de fato, estremeceu as estruturas. Neste ano, o objetivo é difundir ainda mais essa ideia, tanto para fora, levando o nome do festival, da cidade e das e dos artistas para longe, quanto internamente no município e no Estado, mostrando a capacidade que os e as fazedoras de arte de Mossoró têm quando o assunto é audiovisual.

“Eu espero que o FACIM seja um festival que traga muitos benefícios para a população mossoroense, principalmente se tratando do audiovisual, que é um movimento que vem cada vez mais expandindo. Além disso, fortalecer o cinema como mais um caminho possível de se fazer arte na cidade”, relata Plínio Sá, idealizador do Festival.

Como já é tradição, o FACIM realiza diversas oficinas no campo do cinema para os admiradores e admiradoras dessa área. Neste ano, não seria diferente. Na verdade, diante do sucesso que foi na sua primeira edição, agora, em 2023, o Festival resolveu ampliar a quantidade de oficinas, repetindo algumas e trazendo outras.

As atividades começam na segunda-feira (23), com a oficina de Audiovisual com Celular, ministrada pelo jornalista, documentarista e produtor audiovisual Fefo. Em seguida, haverá a oficina de Roteiro Audiovisual, com Danilo Queiroz, na terça (24); Direção de Fotografia, com Wigna Ribeiro, na quarta (25); e equipamentos no Mundo do Cinema, com Madson Ney, na quinta (26). Posteriormente, no domingo (29), teremos uma roda de conversa com o produtor e diretor Pedro Fiuza, de Natal/RN, que trará debates no campo da distribuição para cinema.

As oficinas são gratuitas, a partir dos 16 anos e qualquer pessoa pode participar, seja alguém da área ou não. Mas, atenção, as vagas são limitadas! As inscrições podem ser feitas a partir desta sexta-feira (20), através do formulário no link da bio do instagram @facimossoro.

Explicadas as oficinas, do dia 27 a 29 de outubro, Mossoró poderá desfrutar do melhor do cinema nacional. O FACIM terá sessões de filmes inscritos de todo o país nas categorias do festival – Cine Caiçara, Cine Cid, Cine Rivoli, Cine Pax, Cine Centenário e Cine Imperial -, além de estreias mossoroenses e outras obras convidadas. Assim como uma roda de conversa para nos deixar ainda mais instigados a fazer audiovisual.

Confira, abaixo, a programação completa:

PROGRAMAÇÃO FACIM

SEGUNDA-FEIRA (23/10)

–      Oficina de Audiovisual com Celular, com Fefo, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

 

TERÇA-FEIRA (24/10)

–      Oficina de Roteiro Audiovisual, com Danilo Queiroz, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

QUARTA-FEIRA (25/10)

–      Oficina de Direção de Fotografia, com Wigna Ribeiro, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

QUINTA-FEIRA (26/10)

–      Oficina de Equipamentos no Mundo do Cinema, com Madson Ney, no SEBRAE (sala A), das 18h às 22h;

SEXTA-FEIRA (27/10)

–      Momento Cultural + Abertura do Festival, no Salão Joseph Boulier, no segundo andar do Memorial da Resistência de Mossoró, às 18h;

–      Estreia do filme “Três Igrejas”, com direção de Wigna Ribeiro, no Salão Joseph Boulier (MRM), às 19h;

–      Mostra de filmes convidados, no Salão Joseph Boulier (2º andar do MRM), das 19:30h às 22h;

SÁBADO (27/10)

–      Momento Cultural, no Salão Joseph Boulier (2º andar do Memorial da Resistência), às 18:30h;

–      Mostra dos filmes selecionados de todo o Brasil + bate-papo sobre os efeitos da colonização no audiovisual potiguar, no Salão Joseph Boulier (2º andar do Memorial), das 19h às 22h;

–      After FACIM, no Rustcafé (R. Francisco Isódio, 123, Centro), a partir das 22:30;

DOMINGO (29/10)

–      Bate-papo sobre Distribuição Para o Cinema, com Pedro Fiuza, na sala de cinema do SESC, das 9h às 12h;

–      Momento Cultural, na praça externa do Memorial da Resistência de Mossoró (em frente ao primeiro painel), às 17h;

–      Mostra dos filmes selecionados de todo o Brasil, na praça do Memorial da Resistência, às 17:30h;

–      Premiação, na praça do Memorial da Resistência, das 20h às 21h.

O Festival Alternativo de Cinema de Mossoró está sendo realizado com recursos provenientes da Lei Maurício de Oliveira através da Prefeitura Municipal de Mossoró, e conta com o apoio do restaurante Pimenta de Cheiro, espetinho e pizzaria do Nininho, Rustcafé, SESC RN por meio do projeto LABmais, Hotel Villa Oeste, Frota Brechó e a vereadora Carmem Júlia.

Mais informações, você encontra no site do festival: https://doity.com.br/facim.

RETROSPECTIVA 1º FACIM

O Festival Alternativo de Cinema de Mossoró (FACIM) começou ainda na pandemia. O que era para acontecer no início de 2020 acabou se tornando realidade só em novembro de 2021. Como muito nesse período, o evento também precisou ser adiado por causa da pandemia da COVID-19. No entanto, nem isso foi capaz de desanimar a todos e todas que aguardavam o FACIM. E assim, ele foi realmente um sucesso!

Com oficinas lotadas, um público interessado, respaldo nacional, o Festival Alternativo de Cinema de Mossoró, sem dúvida, fortaleceu ainda mais o audiovisual potiguar em todo o território nacional. Além de resgatar boa parte da história do cinema mossoroense, trazendo nomes de antigas salas (hoje, desativadas) para intitular as categorias do festival, como Cine Imperial (para documentários), Cine Pax (não-competitiva livre), Cine Rivoli (para videoclipes), Cine Cid (para filmes de ficção), Cine Centenário (unicamente para filmes mossoroenses) e Cine Caiçara (competitiva livre).

Ao todo, o 1º FACIM recebeu mais de 600 filmes de todo o Brasil. E os vencedores e vencedoras foram “Colapsar”, com direção coletiva, de Maceió/AL, na categoria Cine Caiçara; “Mauro”, direção de João Gabriel Caffarelli, Brasília/DF, na Categoria Cine Cid; “Corpo Só”, de Céline Billard, Juiz de Fora/MG, na Categoria Cine Rivoli; “Seremos Ouvidas”, com direção de Larissa Nepomuceno, de Curitiba/PR, na Categoria Cine Imperial; e “Maleme”, com direção de Lígia Kiss, daqui de Mossoró/RN, na Categoria Cine Centenário.

É o passado e o futuro do audiovisual mossoroense juntos acontecendo no presente!

 

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Lei Paulo Gustavo: Prefeitura de Mossoró publica editais para projetos culturais e audiovisuais

A Prefeitura de Mossoró publicou nesta segunda-feira (25), no DOM (Diário Oficial de Mossoró), dois editais para seleção de projetos que serão subsidiados pela Lei Complementar n.º 195, de 8 de julho de 2022 — Lei Paulo Gustavo. Os editais serão instrumentos de fomento à cultura na cidade.

A implementação dos editais desenvolve-se por meio de Chamamento Público. O edital para projetos culturais contempla 21 modalidades, entre elas produção de peças artesanais, artes visuais, produção circense, dança, literatura de cordel e outras.

Já o edital da área audiovisual atende nove categorias, sendo elas curtas-metragens, documentários; videoclipes; média-metragem ou webséries; audiovisual com celular; podcast em série; minidocs; cinema itinerante zona rural; e cursos de formação, qualificação e difusão cultural.

Os editais são destinados a pessoas físicas ou jurídicas, associações culturais, cooperativas culturais e Organizações da Sociedade Civil (OSC) domiciliadas em Mossoró, cadastradas como agente cultural, indicando e comprovando experiência na área cultural.

O período de inscrições para os editais começa às 18h desta quarta-feira (27), seguindo até as 23h59 de 20 de outubro deste ano. As inscrições serão on-line, exclusivamente pelo site smic.mossoro.rn.gov.br. A íntegra dos editais, que dispõem do detalhamento sobre as seleções, estará acessível pelo prefeiturademossoro.com.br e também pelo endereço smic.mossoro.rn.gov.br.

“Os editais chegam para o fortalecimento da cultura em Mossoró. Trata-se de importantes oportunidades para projetos culturais e projetos para o audiovisual. Esperamos reunir muitas propostas interessantes, para podermos impulsionar o segmento no nosso município”, disse Igor Ferradaes, secretário municipal da Cultura.

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Espetáculo “Auto da Liberdade 2023” estreia nesta quarta-feira

As apresentações do espetáculo “Auto da Liberdade 2023” terão início nesta quarta-feira (27). O evento acontecerá nos dias 27, 28 e 29 deste mês, às 20h, na Estação das Artes Elizeu Ventania.

O “Auto da Liberdade” resgata os quatro atos libertários de Mossoró: Motim das Mulheres, a Libertação dos Escravos, a Resistência ao Bando de Lampião e o Primeiro Voto Feminino.

Motim das Mulheres – Em 4 de setembro de 1875, cerca de 300 mulheres saíram pelas ruas de Mossoró em protesto contra a obrigatoriedade do Alistamento Militar. À época, protestavam sobre a convocação de seus esposos e filhos para o Exército ou Marinha. As mulheres ocuparam unidades públicas e delegacias, munidas de utensílios domésticos para chamar atenção das autoridades.

Libertação dos Escravos – Mossoró foi pioneira na abolição dos escravos. O município fez jus à liberdade aos escravos da cidade em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da Lei Áurea. À data, todos os homens que moravam na cidade estavam livres.

Resistência ao bando de Lampião – Em 1927, a cidade de Mossoró sofreu um grande ataque promovido pelo bando de Lampião. Os cangaceiros queriam extorquir relevante quantia em espécie do banco e comércio local. Com bravura e resistência, os mossoroenses montaram trincheiras comandada pelo prefeito Rodolfo Fernandes. Mossoró conseguiu vencer a batalha e expulsar o bando de Lampião.

Voto Feminino – Celina Guimarães Vianna foi a primeira eleitora do Brasil. O Tribinal Superior Eleitoral pontua que, com advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, o Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que estabeleceu que não haveria distinção de sexo para o exercício do sufrágio. Assim, em 25 de novembro de 1927, na cidade de Mossoró, foi incluído o nome de Celina Guimarães Vianna na lista dos eleitores do Rio Grande do Norte. O fato repercutiu mundialmente, por se tratar não somente da primeira eleitora do Brasil, como da América Latina.

O “Auto da Liberdade 2023” oportunizará ao público um momento de revisitação da história. Ao todo, considerando elenco e produção, este ano, são mais de 140 pessoas envolvidas na construção do espetáculo, entre figurinistas, aderecistas, cenógrafos, ferreiros, marceneiros, produtores, produção musical, coreografia, assistência de direção, maquiagem. A direção é de Leonardo Wagner.

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Editais da Lei Paulo Gustavo serão publicados nesta segunda-feira e contemplarão 30 modalidades

A Prefeitura de Mossoró publicará nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial de Mossoró (DOM), dois editais da Lei Paulo Gustavo. A iniciativa permitirá o fomento da produção cultural, o que deverá fortalecer o segmento na cidade.

Considerando os dois editais, serão 216 vagas em 30 modalidades. Trata-se de um edital para projetos culturais e outro destinado à área audiovisual. Artes visuais, dança, produção circense, oficinais de gastronomia regional, produção de livros, artes cênicas, documentários, curtas-metragens e projetos de produção de cinema itinerante estão entre as diversas áreas contempladas.

“Grande notícia para os que fazem cultura na cidade de Mossoró. São mais de 2,4 milhões em projetos de cultura para a população mossoroense que faz cultura, que tem a oportunidade de evidenciar, de levar o nome de Mossoró pela cultura e arte”, disse o prefeito Allyson Bezerra.

Titular da Secretaria Municipal da Cultura, Igor Ferradaes explicou que a inscrição poderá ser efetivada por meio de uma plataforma on-line. “A partir de amanhã, os interessados poderão acessar uma plataforma on-line para inscrição dos projetos, de forma acessível, com relação à Lei Paulo Gustavo”, detalhou.