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A um mês da eleição, Fátima tem vitória no primeiro turno no horizonte e disputa acirrada pelo Senado

Em um mês o eleitor do Rio Grande do Norte estará indo as urnas decidir quem governará o Estado e escolher seus representantes nos parlamentos. Pouco influente no cenário nacional, também vai votar para presidente, claro.

Se as eleições fossem hoje, com base na média das nove pesquisas divulgadas no mês de agosto, Fátima venceria no primeiro turno com maioria de oito pontos percentuais sobre a soma dos adversários.

Entre maio e agosto a governadora cresceu seis pontos percentuais e se consolidou acima de 40% nas intenções de votos.

A avaliação de governo que vinha claudicante desde 2020, começa a sinalizar melhoras. Das cinco últimas pesquisas divulgadas a aprovação ultrapassou a barreira dos 50%. No geral, das pesquisas de agosto (ao todo seis avaliaram o governo no aprova x desaprova) ela tem 47% de aprovação.

A melhora da avaliação amplia o teto da governadora e sinaliza um cenário de continuidade.

O senador Styvenson Valentim (PODE) com seus métodos heterodoxos de fazer política vai se desgarrando de Fábio Dantas (SD) na disputa pelo segundo lugar que lhe dá direito de sonhar com um segundo turno, que ainda não está desenhado.

Fábio inicia setembro em clima de desespero. Mudou a tática de atrair o eleitor que desaprova o presidente Bolsonaro contando que teria o voto bolsonarista por falta de opção. Ele não esperava pelo fator Styvenson. O senador está crescendo restou a ao candidato do Solidariedade correr atrás dos fãs do mandatário nacional, desaprovado por 60% dos potiguares. O objetivo é evitar um vexame e quem sabe ir ao segundo turno.

Dantas tem um grupo enorme de prefeitos e cabos eleitorais, além da simpatia da mídia natalense.

E só!

Desde maio ele não sai dos 11% na média das pesquisas.

A eleição para o Governo do Rio Grande do Norte transcorre em clima de monotonia.

A disputa majoritária acirrada é pela vaga hoje ocupada pelo senador Jean Paul Prates (PT). O ex-prefeito do Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) lidera sem sair do lugar há quatro meses. O ex-ministro Rogério Marinho (PL) tem um eleitor consolidado, mas cresce lentamente. Os dois estão tecnicamente empatados na média das pesquisas.

O deputado federal Rafael Motta (PSB) segue ainda distante da polarização, mas sonha atropelar na reta final. Dois sinais indicam que ele pode se dar bem: 1) são 43% de eleitores sem candidatos ao Senado; 2) entre os que declaram voto, metade admite mudar ou não sabe dizer se continua votado no nome escolhido. Isso ficou claro em três pesquisas (AgoraSei, Item e Seta) que abordaram a questão.

É uma eleição em aberto.

Para presidente está consolidada a vitória do ex-presidente Lula no Rio Grande do Norte. São 24 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). São números que dificilmente mudam porque 82% dos eleitores, segundo as pesquisas, não admitem mudar o voto.

Em relação às disputas proporcionais ainda é difícil fazer uma análise mais apurada. Da superfície dá para afirmar que a disputa para deputado federal mais votado deve ficar entre Natália Bonavides (PT) e Garibaldi Alves Filho (MDB). Para a Assembleia Legislativa o topo da lista tem alto grau de revezamento no topo com destaques para George Soares (PV), Isolda Dantas (PT), Tomba Faria (PSDB), Bernardo Amorim (PSDB), dentre outros.