O cineasta Lucas Mesquita foi o entrevistado desta segunda-feira no Foro de Moscow, ele é um dos produtores do documentário “Eles Poderiam Estar Vivos” que aborda o negligenciamento com as vidas durante a pandemia de covid-19.
Para ele, três potiguares tiveram papel negativo na pandemia e acabaram manchando os esforços dos potiguares para conter a propagação do vírus: o ministro das comunicações Fábio Faria (PP), o prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) e a médica Roberta Lacerda. “Fábio Faria, o prefeito de Natal, eles estavam na linha de frente do negacionismo. O ministro das comunicações de uma comunicação que não falava em máscara e compra de vacina. O prefeito de Natal era o maníaco da ivermectina”, disparou.
Ele lembrou das pessoas que morreram enganadas por acreditarem que a ivermectina funcionava contra covid mesmo contrariando as evidências científicas. “Essas pessoas mataram pessoas. O remedinho de piolho que não serve para covid e quando você faz elas acreditarem que sabe passaram a tomar menos cuidados”, frisou.
Ele lembrou de Roberta e suas entrevistas que viralizaram nas redes sociais dando a certeza de que a ivermectina salvaria vidas. “Teve aquela médica que também matou pessoas. Não era um remedinho”, argumentou.
Lucas reconheceu os esforços da governadora Fátima Bezerra (PT), mas avaliou que esses três personagens mancharam a luta contra a covid no RN. “Por causa dessas três pessoas o Rio Grande do Norte teve um papel triste na pandemia. Não o Governo do Estado porque a governadora agiu bem acima da média assim como os governadores do Nordeste, inclusive teve os melhores números”, analisou.
Ele também lembrou que esse movimento no Estado estava alinhado com a estratégia do presidente Jair Bolsonaro (PL). “O plano do governo Bolsonaro era espalhar o vírus o mais rápido possível porque acreditava na imunidade de rebanho”, relembrou.
Assista a entrevista a partir dos 7 minutos e 40 segundos:
Assista o documentário eles poderiam estar vivos: