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Projeto de canudo ecológico de alunos de escola pública de Mossoró é um dos selecionados para Feira nacional

Estudantes do CEEP ) Professor Francisco de Assis Pedrosa desenvolveram projeto do ‘cocanudo’ (Foto: Cedida)

O projeto de um canudo ecológico produzido à base da casca do coco verde permitiu a três estudantes de Mossoró participarem da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, evento online, que ocorre de 26 a 28 de junho.

Loise Santos, Khyara Luanny e João Lucas Duarte são alunos do 3º ano do Ensino Médio do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa, uma das duas escolas públicas de Mossoró que tiveram projeto selecionado para o evento que reúne quase 300 trabalhos finalistas de originários de todas as regiões do Brasil. O grupo conta com a orientação da professora Kelvilâne Queiroz.

Loise Santos explica que a ideia  do projeto “Canudo biodegradável à base de fibra da fibra de coco: cocanudo” surgiu após a percepção do grupo sobre a problemática recorrente do plástico no meio ambiente. “Em 2019 surgiu a ideia de fazer uma alternativa que fosse de baixo custo e acessível para o canudo”, conta.

A ideia ganhou reforço após a viralização do vídeo que mostra um canudo plástico sendo retirado do nariz de uma tartaruga. As questões eram como desenvolver o canudo e com que material?

A estudante conta que o grupo queria desenvolver uma alternativa que fosse nacional e com produtos disponíveis no Nordeste. Khyara percebeu a grande quantidade de cascas de coco verde descartada nas praias.

De acordo com Loise, 6,7 milhões de toneladas de casca de coco são descartadas por ano no mundo e o Brasil é quarto maior de coco verde, sendo o Nordeste o maior produtor do País. O grupo resolveu utilizar o resíduo orgânico para atenuar a problemática do resíduo plástico.

O ‘cocanudo’ é produzido a partir da casca do coco verde, gelatina sem sabor e vinagre. O produto dura, em média, 1 hora e 10 minutos em água ou refrigerante e se degrada em 17 dias, quando descartado no solo, em quatro dias em água torneiral e apenas quatro horas na água do mar. Um canudo de plástico demora centenas de anos para se decompor. Além disso, o cocanudo tem um custo inferior a R$ 0,26.

‘Cocanudo’ se decompõe em 17 dias, quando descartado no solo, e não causa prejuízos ao meio ambiente (Foto: Cedida)

Agora o grupo estuda os efeitos do produto no solo, pois, segundo Loise, pelas pesquisas a fibra do coco tem potencial para nutrir o solo. Eles também estão pensando em uma versão vegana, produzida com gelatina de origem não-animal para contemplar todos os públicos.

Mas Loise comenta que conseguir a patente é complicado, porque custa caro. Então, os estudantes estão participando de feiras para conseguir recursos.

Antes de participar da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, o grupo ficou em primeiro lugar na Feira de Ciências do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa, participou da Feira de Ciências da 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC) e da Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e já pensa em participar de outros eventos.

Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=462.

Couro vegetal

Outro projeto de escola pública de Mossoró que participa da Feira Brasileira de Jovens Cientistas é o de ‘Reaproveitamento de resíduos de madeira na fabricação de bioplásticos, destinados à confecção do couro vegetal’, do estudante Lucas Gabriel Alves de Morais, da Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa, que já foi divulgado pelo Blog e que está detalhado no link link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=224.

Outro projeto, dessa vez da rede privada de Mossoró, também foi selecionado para o evento.

Acompanhe a FBJC

Os projetos selecionados para a Feira Brasileira de Jovens Cientistas concorrem em uma votação popular, cujo resultado será conhecido pela internet. A premiação será no domingo, 28, às 19h. Para acompanhar as informações sobre a o evento, valorizar as iniciativas dos jovens cientistas e votar em um dos projetos, a população pode acompanhar o evento online no site da Feira https://fbjc.com.br.

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Escolas públicas de Mossoró têm projetos finalistas na Feira Brasileira de Jovens Cientistas

Projeto desenvolvido por Lucas Gabriel é um dos finalistas da FBJC (Foto: Cedida)

Estudantes de duas instituições de ensino da rede estadual de Mossoró – Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa e do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa – estão entre os finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, evento online, que ocorre de 26 a 28 de junho e que conta com quase 300 projetos finalistas de todas as regiões do Brasil.

Com projetos na área de Ciências Biológicas e utilizando matéria prima que iria parar no lixo, eles desenvolveram soluções sustentáveis para questões relacionadas meio ambiente.

Lucas Gabriel Alves de Morais é um desses jovens que investe no conhecimento para ações do presente, que podem impactar no futuro. Ele é aluno do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa, conta com a orientação da professora de Química Elivanuza Rocha e participa com o projeto “Reaproveitamento de resíduos de madeira na fabricação de bioplásticos destinados à confecção de couro vegetal”, que visa substituir o uso do couro por uma alternativa sustentável.

Para isso, Lucas apostou no uso de resíduos de madeira. A ideia surgiu a partir de uma observação do jovem. É que próximo à Escola há uma serraria que, mensalmente, descarta 400 sacos de 80 quilos de resíduos de madeira. Ele lembra que no início do ano os professores orientam os alunos que observem algum problema para o qual podem apresentar uma solução. “Surgiu na minha cabeça a ideia de solucionar aquele problema”, conta.

Ao mesmo tempo em que buscava uma alternativa para o problema do seu bairro, o estudante pensava em uma questão mundial e nos impactos que o Brasil tem sobre a situação. O país, como menciona Lucas, é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, o que é responsável pela morte de 100 mil animais marinhos por ano.

Com uma questão para resolver e ideias na cabeça, chegou o momento de iniciar os testes. “Ciência é isso. Ciência é teste é erro, é acerto”, diz ele.

Inicialmente, a ideia era produzir bandejas, mas à medida em que os testes foram sendo realizados chegou a um plástico que chamava a atenção por possuir características semelhantes ao couro e que pode ser alternativa para solucionar outro problema, o de que a produção de couro vegetal é responsável pela morte de animais e algumas das substâncias utilizadas nesse processo são altamente tóxicas. Pesquisando, o jovem descobriu ainda que, se lançadas de forma incorreta no meio ambiente, essas substâncias podem chegar ao lençol freático, contaminando as águas, prejudicando outros animais. 

Produto desenvolvido em projeto tem características semelhantes ao couro (Foto: Cedida)

Ele conta que está estudando formas para daqui a algum tempo seja possível produzir peças como sapatos e cintos a partir do material desenvolvido.

Mas o jovem nem imaginava que o projeto iniciado no ano passado teria a projeção que alcançou. O estudante conta que a proposta ficou em primeiro lugar entre os projetos apresentados na Feira de Ciências da sua escola, depois foi apresentada na 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC) e, na sequência foi exposta na Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Nesse último evento não houve premiação, mas a professora enviou para Lucas o link para inscrever o projeto na Feira Brasileira de Jovens Cientistas, onde foi aprovado e agora participa com outros de diversas partes do País em uma votação popular. Para conhecer mais sobre o projeto, é só clicar no link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=224.

 

Cocanudo

Outra iniciativa que também é finalista é a desenvolvida pelos estudantes Khyara Luanny, João Lucas e Loise Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa.

Com o título “Canudo biodegradável à base de fibra da fibra de coco: cocanudo”, a iniciativa visa a produção de um canudo biodegradável produzido a partir da fibra do coco. O objetivo é solucionar problemas ambientais causados pelo plástico e os socioambientais, decorrentes do descarte irresponsável do mesocarpo do coco. Para conhecer mais sobre esse projeto que também revela a importância da educação para a transformação individual e coletiva, é só acessar o link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=462.

Uma escola da rede privada de Mossoró também está representada no evento.

Feira Brasileira de Jovens Cientistas

Para conhecer mais sobre a feira, os interessados podem acessar o link https://fbjc.com.br/index.php. Os projetos finalistas concorrem a premiações voltadas para a educação. O resultado da premiação será conhecido no próximo domingo, 28.