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Análise

Entidades empresariais arranham imagem com ação contra inciativa que alerta criminalidade da homofobia

Na contramão da história que com todos os percalços evolui para o respeito as diferenças e diversidade sexual, algumas das principais entidades empresariais do Rio Grande do Norte gastam dinheiro, energia e tempo do judiciário para inviabilizar uma lei que obriga os estabelecimentos comerciais a usarem cartazes alertando que a homofobia é crime.

Antes de seguir a análise deixo a lista das entidades que entraram na justiça contra a lei:

Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN);

Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR);

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (FECOMÉRCIO/RN);

Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (FAERN);

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE/RN);

Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL-NATAL);

Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte (FACERN).

A ação para impedir o cumprimento de uma lei que exige apenas a afixação de um cartaz alertando que homofobia é crime foi alvo de uma ação cuja liminar foi negada em primeira instância, mas concedida na segunda pelo desembargador Cláudio Santos sob a alegação que se trata de uma “lei desnecessária”.

É chocante saber que essas entidades empresariais consideram um problema o mero alerta de que homofobia é crime. É vergonhosa a iniciativa contra uma proposta simples de cumprir e que contribui em nosso processo de evolução como civilização.

Na Paraíba, tão elogiada pelos setores empresariais de Natal, os estabelecimentos comerciais têm cartazes alertando que homofobia é crime.

Essas entidades do Rio Grande do Norte e o desembargador Cláudio Santos ficarão manchados pela eternidade por isso.