O jornalista e professor William Robson teve um artigo reproduzido na Folha de S. Paulo na noite desta quinta-feira, 19.
William escreveu um texto para o blog dele e para a coluna que assina no portal 247 com o título “Quando a imagem jornalística recorre ao fake” em que critica a a técnica de edição chamada de “múltipla exposição”, usada pela fotojornalista Gabriela Biló que retratou a imagem do presidente Lula por trás de um vidro estilhaçado sendo que a imagem é a junção de duas fotos tiradas em momentos diferentes.
William reconhece a validade da técnica para determinados tipos de reportagens, mas pondera que para uma notícia objetiva acaba gerando desinformação. “Não deixa de ser uma ferramenta importante para a prática diária da atividade jornalística, sobretudo, quando há propósitos artísticos, como na montagem de reportagens para cadernos culturais ou esportivos; ou para ilustrar matérias especiais cuja natureza pode impor liberdade estética”, analisou. “No entanto, a Folha distorce o uso do recurso e, embora explique na legenda sobre a utilização deste método, sua finalidade atinge fortemente o papel do fotojornalismo. A sobreposição transgride a realidade da vida cotidiana para gerar ambientes discursivos dissonantes desta realidade”, complementou.
William defende no texto que o uso da técnica siga parâmetros éticos que deixem claro para o leitor que se trata de uma montagem.
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