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Rogério Marinho mente sobre censura prévia no Brasil e é corrigido por jornalista da Globo

O senador eleito Rogério Marinho (PL), que disputa a presidência do Senado, em entrevista a Globo News protagonizou uma situação constrangedora ao afirmar que existe “censura prévia” contra parlamentares no Brasil ao se referir a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

A fala foi repreendida pela jornalista Andrea Sadi que lembrou que as medidas tomadas foram para conter políticos e influenciadores que divulgam desinformação e conteúdos golpistas na Internet.

Confira o vídeo:

Rogério distorce o conceito de censura prévia, prática que ocorria na ditadura militar quando o conteúdo de jornais eram avaliados por censores antes de serem veiculados. Não é o caso nas redes sociais.

Justificativa

Alguns bolsonaristas nas redes sociais resgataram uma fala da ministra Carmem Lúcia que se referia a suspensão do documentário ‘Quem mandou matar Jair Bolsonaro?’  até o dia 31 de outubro para evitar que a exploração do caso no contexto das eleições. A ideia é justificar a fala de Marinho. “Não se pode permitir a volta de censura sobre qualquer argumento no Brasil. Este é um caso específico e que estamos na eminência de ter o segundo turno das eleições”, justificou Carmem à época.

O documentário do Canal Brasil Paralelo, conhecido por distorcer fatos históricos, estava pronto para ser usado como peça publicitária da campanha de Jair Bolsonaro (PL), que disputava a reeleição.

O ministro relator do caso no TSE, Benedito Gonçalves, explicou que a exibição do documentário no segundo turno poderia ser caracterizada como doação ilegal de campanha. “A semana de adiamento não caracteriza censura, apenas evita que o tema reiteradamente explorado pelo candidato em sua campanha receba exponencial alcance sob a roupagem de documentário que foi objeto de estratégia publicitária custeada com substanciais recursos de pessoa jurídica”, concluiu a época.