Categorias
Matéria

“Ex-interventor” do IFRN se livra da acusação de plágio em tese de doutorado, mas terá que fazer correções para manter título

A reitora da UFERSA Ludimilla Oliveira assinou despacho rejeitando a denúncia de plágio contra o “ex-interventor” do IFRN Josué Moreira.

Moreira, nomeado reitor pró-tempore do IFRN, numa manobra política do bolsonarismo para impedir a posse do reitor eleito José Arnóbio de Oliveira, que demorou seis meses para assumir o cargo, foi denunciado de ter plagiado a tese de doutorado “Resíduos de Antiparasitários e Agrotóxicos em Leite Bovino no Rio Grande do Norte” no programa de pós-graduação em Ciência Animal da UFERSA.

Em uma primeira análise a Comissão apontou “plágio por irregularidade” e estimou um prazo de 90 dias para que uma nova tese fosse depositada no programa.

Josué Moreira, que ficou conhecido como “interventor” do IFRN entre abril e dezembro de 2020, recorreu e o caso foi encaminhado à Controladoria Geral da União (CGU) que concluiu em nota técnica que não houve plágio, mas descumprimento de normas técnicas da ABNT.

“No entanto, no caso em exame, percebe-se que o professor Josué de Oliveira Moreira não apresentou em sua Tese de Doutorado trechos de outros autores como sendo de sua autoria. Isto porque, em todos os trechos apontados como plágio por irregularidade pela Comissão, o referido professor indicou entre parênteses o autor do trecho por ele inserido na Tese apresentada, não deixando dúvidas a respeito de não ser ele o autor da citação apresentada. Conforme Relatório produzido pela Comissão da UFERSA, verifica-se que o professor Josué de Oliveira Moreira realizou equivocadamente as normas da ABNT referentes aos créditos aos respectivos autores, que foram prestados de forma incorreta”, diz a nota da CGU.

No final do despacho a reitora determina que a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG) da Ufersa receba a tese com as correções devidas, cumprindo trâmites acadêmicos.

Confira o Despacho da Reitora da UFERSA