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O fracasso (até aqui) das candidaturas empresariais

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No Rio Grande do Norte os últimos meses foram marcados por muita especulação com pitadas de balão de ensaio. Os empresários andaram se empolgando para entrar na política, mas os projetos naufragam antes mesmo das convenções.

O “Rei do Melão”, Luiz Roberto Barcellos, ensaiou ser candidato ao Senado. Contratou pesquisa, ocupou muito espaço na mídia e conversou com todos os políticos. No final descobriu que a empresa dele precisa de seu dono presente.

Empresário vitorioso e bem votado nas eleições de 2016 para prefeito de Mossoró, Tião Couto tem visto na prática a política como ela é. Estamos a uma semana do fim da janela partidária e ele não conseguiu um partido nem definiu um projeto para 2018.

Outro que se saracoteia para virar político é Marcelo Alecrim. Até aqui o máximo que conseguiu foram muitas fotos com o pré-candidato a presidente da república Flávio Rocha.

A exceção, pelo menos na ótica de quem enxerga a política a partir de Mossoró, é Jorge do Rosário. Desde o final do ano passado ele está focado na candidatura a deputado estadual e tem se movimentado bem nesse sentido.

O fracasso (até aqui) das candidaturas empresariais é uma prova do quanto a política é complexa. Se fossemos nos basear na lógica simplista de que o dinheiro resolve tudo na política eles já teriam dominando o Rio Grande do Norte e aposentado as lideranças tradicionais.

Não basta ter só dinheiro. Tem que ter voto e para ter isso é preciso construir uma história.

Os fracassos (até aqui, repito) tem que servir de lição para os endinheirados entenderem que para vencer disputas majoritárias não é só chegar e descarregar um caminhão de dinheiro nem ficar tirando fotos em jantares chiques. Tem que sentir cheiro de povo!

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Falta de foco compromete projeto político de Tião

Enquanto Tião não se define, Jorge do Rosário foca na Assembleia Legislativa
Enquanto Tião não se define, Jorge do Rosário foca na Assembleia Legislativa

Na primeira experiência em disputas eleitorais o empresário Tião Couto (PSDB) mostrou potencial para absorver o eleitorado que não concorda com o estilo rosalbista de fazer política.

Foram 51.990 votos que deixaram Tião credenciado para liderar a oposição em Mossoró e alçar novos voos na política. Mas até aqui ele não conseguiu desenvolver uma influência mais destacada junto aos que deveriam ser seus aliados.

Para 2018, o natural seria Tião e o seu vice em 2016, Jorge do Rosário (PR), fazerem uma dobradinha para deputado estadual e federal. O nome posto para disputar a Prefeitura de Mossoró 2020 deveria ser colocado para Assembleia Legislativa para ficar mais perto das bases.

Enquanto Jorge do Rosário definiu o rumo político logo cedo, Tião está perdido nos labirintos da política potiguar. Já foi colocado como candidato ao Governo do Estado, Senador e vice-governador. Disputar uma vaga na Câmara dos Deputados é a última alternativa, porém a mais viável.

O problema é que só Tião não tem percebido isso e essa falta de planejamento pode deixar o grupo dele ver o cavalo selado passar sem ser montado.

Outro problema de Tião é a dificuldade para achar um partido. Ele tem até 7 de abril para se definir. Até agora o futuro dele é incerto. Todas as tentativas foram infrutíferas.

Enquanto o ainda tucano se complica, a própria falta de foco deixa seus apoiadores ansiosos sem saber como se organizar para as eleições de outubro.

Alguém precisa dizer a Tião que na política os passos precisam ser bem calculados e os espaços não podem deixar de ser ocupados.

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Tião e o desafio de usar a fantasia de novidade perdido no meio dos trapos mofados da política potiguar

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Em 2016, Tião Couto surgiu como a novidade eleitoral em Mossoró. Pintou como novo na política vestindo uma surrada fantasia de tucano. Pior: se juntou a políticos tradicionais como Rogério Marinho (PSDB) e João Maia (PR).

Derrotado nas urnas com uma boa votação, Tião sabe que precisa seguir na política, mas ainda não entendeu que não precisa ser ele o candidato em 2018. Basta que nomes de seu grupo ocupem espaços políticos.

Se alguém tem foco no grupo de Tião é o empresário Jorge do Rosário (PR). Começou na política com o pé direito cravando o espaço como homem de palavra ao resistir as tentadoras investidas do rosalbismo para ser vice da atual prefeita Rosalba Ciarlini. Cumpriu o compromisso de caminhar com Tião.

Jorge está focado numa vaga para deputado estadual. Tem chances se souber trabalhar bem uma campanha fora dos limites de Mossoró, principalmente.

Mas Tião segue sendo o nome de maior expressividade do Mossoró Melhor, hoje RN Melhor em versão estadual. Certa vez comentei que ao escolher o PSDB ele correria um risco, mas o novato na política entendia que o tempo de TV era o mais importante.

O mofo estragou a fantasia tucana usada por Tião e ele agora busca uma nova roupagem. Fará o que todo político (tradicional ou não) precisa fazer quando é encurralado por lideranças: sair do partido.

A escolha de um novo partido para Tião não permite erros. Ele precisa encontrar uma agremiação em que exerça controle em nível local e estadual para não ficar refém dos políticos que se fantasiam de caciques e raposas.

Tião precisará ser cirúrgico na escolha do novo partido para não repetir o erro. Outro problema que ele precisa resolver é o de encontrar um foco político: vai para o bloco majoritário ou proporcional? Vai pôr o adereço de novidade ou se resignar à política tradicional? E a fantasia partidária a ser escolhida vai ficar ao seu gosto ou ao dos estilistas da política?

O ano de 2018 será decisivo para Tião se consolidar como alternativa aos Rosados em Mossoró e cada fantasia precisa ser usada com esmero.