No último sábado o empresário Tião Couto (PR) anunciou que está fora das eleições 2018. A mídia natalense de forma equivocada informou que ele vai apoiar a candidatura da João Maia a deputado federal. Não, Tião vai apoiar apenas o nome de Jorge do Rosário (PR) para deputado estadual.
Mas esse é um assunto menor e imediatista.
Por quê?
Política se faz ocupando espaço. Com o sandrismo tornando-se apêndice do rosalbismo em Mossoró abriu-se um gigantesco vácuo para ser ocupado. O grupo mais forte a ocupar esse espaço deveria ser o de Tião e Jorge. O problema é que o RN (ou Mossoró) Melhor não é um grupo, mas uma dupla.
Nada além de Tião e Jorge.
Tudo bem Tião não ter interesse em ser candidato a deputado federal por não se sentir vocacionado ao legislativo. Mas não se pode jogar esse espaço político de deputado federal aos leões.
Há um grande vácuo, repito, a ser ocupado no eleitorado em Mossoró. Os 65 mil eleitores que rejeitaram Rosalba nas eleições de 2016 querem ser representados. Junte-se a isso os que votaram nela e se arrependeram e se tornaram críticos da gestão.
Outro nome menos cotado pode surgir como novidade este ano causando um prejuízo para Tião e Jorge (ver AQUI).
Tião demonstra em suas palavras que trocou uma eleição incerta (e com poucas chances) cuja função seria preservar o capital eleitoral de 52 mil votos de 2016 pela coerência. Ele nem precisava ser candidato, mas o grupo, ou melhor a dupla, precisa ocupar o espaço eleitoral.
Para se consolidar como líder político Tião vai precisar formar um grupo e escolher pelo menos um candidato com base em Mossoró para ser seu nome na disputa.
Ficar neutro nas eleições majoritárias também será um risco que ele não deveria nem deve cometer.
O Mossoró (ou RN) Melhor precisa deixar de ser dupla para ser grupo.