Categorias
Sem categoria

Allyson enterra discurso que o levou ao cargo de prefeito e agora é oficialmente aliado de oligarca

Nas eleições de 2020 o então deputado estadual Allyson Bezerra usou como mote o discurso de combater as oligarquias, que tanto contribuíram para o atraso do Rio Grande do Norte.

O discurso encaixou com a baixa popularidade da então prefeita Rosalba Ciarlini e nessa pisadinha, o jovem parlamentar derrotou a até então imbatível “Rosa de Mossoró”.

Três anos depois, prefeito com alto índice de popularidade, apesar da crise com os servidores municipais, Allyson queima mais um cartucho na certeza de que a reeleição está assegurada: agora é liderado de um oligarca.

Ontem o prefeito trocou o Solidariedade pelo União Brasil do ex-senador José Agripino Maia, cuja carreira política veio do berço da oligarquia Maia, forjada durante a ditadura militar.

A família Maia está enfraquecida como as demais oligarquias (Rosado e Alves), mas Agripino agora posa de líder sem mandato fortalecido pelo turbinado fundo partidário do União Brasil.

Allyson poderia ter ido para o PSD da senadora Zenaide Maia (que não tem nada a ver com a oligarquia agripinista, apesar do sobrenome), uma aliada de primeira hora do PT que poderia lhe abrir portas em Brasília, mas achou que teria mais desenvoltura em Brasília andando ao lado do histórico antipetista Agripino em pleno governo Lula III.

Assim como a fama de defensor dos servidores foi para as calendas gregas, a postura de opositor às oligarquias assiste o cortejo fúnebre de Maria Preá, personagem da mitologia potiguar cuja morte é sinônimo de assunto encerrado.

A política é como a vida. É feita de escolhas e Allyson não é o primeiro nem o último a lutar contra as oligarquias no gogó e se aliar a elas na primeira oportunidade.