Categorias
Artigo

Um recado de 2004 para a oposição em 2020

 

O ano é 2004. Naquela eleição a oposição sem sobrenome Rosado se reuniu num projeto organizado e aparentemente consistente chamado Fórum Avança Mossoró.

Tinha de tudo.

A heterogeneidade do grupo alternativo às duas alas Rosadas acabou sendo o fator determinante para a dispersão do projeto.

Vicente Rego e o seu PDT terminaram indo para a chapa de Larissa Rosado (PMDB) com o então presidente da Câmara Municipal sendo candidato a vice-prefeito.

O PSB do deputado estadual Francisco José, o PV do reitor da UERN Walter Fonseca, o PC do B e o PL (atual PR) de Renato Fernandes se mantiveram no projeto.

Já o PT terminou isolado lançando o poeta Crispiniano Neto de última hora após tentar se impor como cabeça de chapa.

No fim a polarização Rosado x Rosado prevaleceu muito embora Francisco José, o pai, tenha tido votação expressiva na época para um não Rosado.

Hoje não existe um Rosado como alternativa de poder à prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Será um desprovido do pomposo sobrenome a fazer frente a ela. Resta saber se será alguém capaz de unir contrários em torno de si ou nomes atuando em faixa própria.

O recado de 2004 está dado antes mesmo de 2020 chegar. A oposição heterogênea pode sucumbir a guerra de egos e diferenças ideológicas nos bastidores. Quanto mais fragmentada, melhor para a prefeita.

As conversas estão acontecendo para que as arestas sejam aparadas.

Abaixo o resultado das eleições de 2004

 

Fafa Rosado (PFL): 57.904 (49,06%)

Larissa Rosado (PMDB): 34.758 (29,45%)

Francisco Jose (PSB): 21.258 (18,01%)

Crispiniano Neto (PT): 4.099 (3,47%)

 

Categorias
Matéria

Vereador afirma que oposição é desunida e desorganizada

Alex do Frango critica lideranças da oposição (Foto: Blog do Barreto)

Entrevistado hoje no Meio-Dia Mossoró o vereador Alex do Frango (PMB) admitiu que a oposição na capital do Oeste está desunida e desorganizada. “Está faltando articulação”, avaliou.

Ele afirma que os grupos que possuem capital eleitoral não dialogam com a bancada da Câmara Municipal. “Não há um diálogo. Tião se afastou, Isolda só agora realizou aquele evento com a governadora e Allyson Bezerra sequer fez uma ligação para os vereadores da oposição”, frisou.

Para o vereador, é preciso deixar os interesses pessoais de lado para tratar das questões que de fato interessam a Mossoró. “O certo seria isso”, comentou.

De acordo com Alex do Frango, tudo isso facilita a reeleição da prefeita Rosalba Ciarlini (PP). “Carlos Augusto (Rosado) é do ramo e sabe a dor de cada um da oposição”, analisou.

Categorias
Artigo

As alternativas para os quatro pilares da oposição em Mossoró e a união impossível

A oposição hoje em Mossoró estaria dividida em quatro pilares que podem se misturar ou se distanciar até 2020. Dependerá da conjuntura da reta final das articulações que ocorrerão daqui a um ano e meio.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) vive neste momento o auge do desgaste, mas não é Francisco José Junior (explicarei isso em outro texto).

Se a oposição não se organiza, Rosalba vence mesmo que chegue ao pleito ainda com impopularidade.

Não é uma tarefa fácil juntar essa turma.

Em termos de representatividade a oposição mossoroense está dividida em quatro grupos:

Bolsonarismo;

Tião/Jorge;

Esquerda;

Solidariedade.

O bolsonarismo não se mistura com a esquerda. A esquerda não se mistura com o bolsonarismo.

Fato!

Só isso já torna a união das oposições uma tarefa impossível.

O grupo dos empresários Tião Couto e Jorge do Rosário se resume praticamente a eles dois, mas ainda tem recall de 2016 mesmo que bem combalido pelo desastre de 2018. Não é certo que eles tenham musculatura para o próximo ano. Mas eles estão no jogo e Tião anda demostrando nas redes sociais que deseja uma proximidade com o bolsonarismo.

Há alguma afinidade.

O bolsonarismo “ficou” politicamente com Rosalba no segundo turno das eleições de 2018, mas o namoro não engatou. O presidente do PSL municipal, Daniel Sampaio, deixou claro em entrevista ao jornalista Saulo Vale na Rádio Rural que é oposição à direita. O bolsonarismo (será tema para um artigo específico) é uma realidade em Mossoró que não pode ser ignorada.

Ao centro o Solidariedade pode se entender com qualquer dos lados. Tudo passa pela relação do deputado estadual Allyson Bezerra com o governo Fátima Bezerra (PT) e a conjuntura política do próximo ano que certamente não será a mesma de março de 2019. As conversas estão abertas.

A esquerda nunca esteve tão forte em Mossoró. Em 2016 teve com Gutemberg Dias (PC do B) o melhor desempenho de um esquerdista numa corrida ao Palácio da Resistência, Fátima mal fez campanha na cidade e foi a mais votada nos dois turnos em 2018. Além disso, o PT elegeu Isolda Dantas deputada estadual e teve Fernando Mineiro e Natália Bonavides com votações expressivas na capital do Oeste.

Mas, hoje há um distanciamento com o PC do B, o que por si só já tira a condição de homogeneidade desta corrente de pensamento.

Juntar a oposição será praticamente impossível. As conversas estão em aberto, mas diria que três cenários são mais possíveis para estes grupos:

  • Quatro candidaturas fracas;
  • União de três grupos deixando um isolado;
  • Duas candidaturas competitivas.

As conversas estão apenas começando e quem é cocho parte cedo.

Categorias
Comentário do dia

Grupos de oposição começam a se movimentar para 2020

Categorias
Comentário do dia

Oposição desarticulada