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IPTU: Allyson arrecadou somente em 2024 o equivalente a 93% do que Rosalba em quatro anos

Entre 2017 e 2020, a então prefeita Rosalba Ciarlini (PP) arrecadou R$ 67.852.938,55 com IPTU. Já o sucessor dela, Allyson Bezerra (UB), conseguiu R$ 62.904.585,69 somente em 2024.

Em um único ano, Allyson arrecadou o equivalente a 93% do valor arrecadado pelos quatro anos de gestão antecessora.

No total, Allyson quase triplicou a arrecadação que saltou dos 67 milhões com Rosalba para R$ 180.329.212,27 no primeiro mandato do prefeito reeleito em outubro.

 A atualização dos valores dos imóveis seguindo uma recomendação do Ministério Público é a explicação dada para o disparo nos valores das cobranças.

 

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Com dados atualizados no TCE, crescimento da arrecadação do IPTU com Allyson chega a 178%

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recebeu os números consolidados da arrecadação da Prefeitura de Mossoró em 2024.

Com a atualização, a gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB) alcançou a marca de 178,55% no crescimento da arrecadação do IPTU nos quatro anos do primeiro mandato.

Para se ter ideia, do impacto disso. Na gestão anterior, de Rosalba Ciarlini (PP), a Prefeitura de Mossoró viu crescer 50,3% em termos de arrecadação.

Na média anual, Rosalba arrecadou 16,8% enquanto com Allyson foi 59,5%.

A maior variação de Rosalba foi em 2019 com 17,38%. Já a de Allyson foi de 83,6% em 2022.

Em quatro anos, Allyson arrecadou R$ 180.329.212,27 contra 67.611.780,55 da antecessora.

Em meio a isso, a Prefeitura de Mossoró chegou a ter 989 cargos comissionados, número superior ao da Prefeitura de Natal e equivalente a 56% da quantidade do Governo do Estado.

Mossoró tem proporcionalmente 35% da população de Natal e representa 8% da população do RN.

Confira a tabela:

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Deputado afirma que governo Fátima se sai melhor que antecessores

Primeiro a discursar no horário destinado aos deputados da sessão plenária desta quarta-feira (6), Dr. Bernardo (PSDB) traçou um comparativo entre o atual governo do Rio Grande do Norte, sob a gestão de Fátima Bezerra (PT), e os dois governos anteriores, dos ex-governadores Rosalba Ciarlini e Robinson Faria.

“A governadora Rosalba administrou o Estado por quatro anos e saiu pela porta dos fundos. Depois, Robinson Faria, que foi um grande gestor desta Casa, mas saiu com uma derrota acachapante”, disse.

Sobre o atual governo, Dr. Bernardo afirmou: “Fátima não só administrou relativamente bem, mas conseguiu pagar um passivo imenso de folhas atrasadas, e o fato mais importante é que se reelegeu no primeiro turno, diferente dos anteriores, o que mostra que mesmo com todas as dificuldades, caminhou bem”, afirmou.

Dr. Bernardo defendeu a união dos parlamentares para apoiar projetos que contribuam para o estado: “Precisamos de um caminho para que o RN caminhe bem, não queremos ver a saúde piorar, queremos soluções. Governo e municípios estão pagando um preço alto na questão da saúde, porque os hospitais federais não funcionam”, observou.

Na sequência, o deputado Tomba Farias (PSDB) defendeu que o potiguar tenha uma contrapartida nos serviços públicos. “Para pagar impostos é preciso uma contrapartida nos serviços. Temos o caso de Pipa, por exemplo, que tem um grande fluxo turístico, mas não tem estradas funcionando”, questionou.

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Reportagem especial

Allyson tomou Nogueirão da LDM sem lastro na lei, com processo desaparecido e assinaturas inconsistentes

No dia 11 de março de 2021, com pouco mais de dois meses de gestão, o prefeito Allyson Bezerra (ainda no Solidariedade, hoje no União Brasil) posou para uma foto ao lado do então secretário de esportes Junior Xavier, para anunciar a municipalização do Estádio Leonardo Nogueira, o Nogueirão.

Nas mãos um documento que não comprova nada nem tinha lastro legal que o sustentasse. A partir daí iniciou-se uma disputa silenciosa entre o prefeito a comunidade desportista de Mossoró que muito explica porque o Nogueirão chegou ao ponto de ter as portas fechadas por decisão judicial após vários incidentes constrangedores ao longo dos últimos anos.

A lei de 1961 é clara: seria necessário a extinção da LDM para reverter o Nogueirão

A história não começa com Allyson, mas ele escolheu se tornar protagonista dela na atualidade.

Mas voltado àquele 11 de março, ficou registrado na história o discurso com a promessa de dias melhores para a ruína que um dia foi uma praça esportiva. “Um momento histórico. Nós assumimos a Prefeitura e de cara abraçamos essa responsabilidade de devolver ao povo de Mossoró, de fato e de direito, o estádio Nogueirão. Era uma demanda histórica, de décadas, que a população queria que o Município pudesse cuidar do estádio”, disse Allyson em declaração oficial.

Certidão usada na foto não sustenta reversão do Nogueirão

Mas o tempo mostrou que a gestão entregaria dias piores para o futebol de Mossoró e, três anos depois, o estádio está interditado por decisão judicial que o prefeito escondeu na última entrevista à Intertv com o argumento mentiroso de que a interdição foi por causa da queda do teto das cadeiras.

A verdade é que a decisão judicial foi antes do incidente do último sábado de carnaval.

Mas a história da municipalização do Nogueirão não acaba nem começa com a desastrosa gestão de Allyson sobre o estádio. Há uma série de irregularidades que o Blog do Barreto passará a detalhar na sequência desta reportagem especial.

Para isso é necessário voltar ao ano de 1961 quando outro jovem prefeito administrava Mossoró após ser eleito deputado estadual, numa trajetória parecida com a de Allyson.

Ao assinar em 7 de dezembro daquele ano a Lei 33/1961, Antônio Rodrigues de Carvalho determinou a doação do terreno na então desabitada área do atual Nova Betânia para construir o estádio. A Liga Desportiva Mossoroense (LDM) ganhou um prazo de cinco anos para construir a praça esportiva a contar de 2 de janeiro de 1962. Caso a promessa não fosse cumprida, o terreno seria devolvido ao Munícipio.

O Estádio foi inaugurado oficialmente em 4 de junho de 1967 num amistoso entre a Seleção Mossoroense e o Ceará Sporting Club. O time alencarino venceu por 2×0.

Apesar do atraso de 6 meses, nunca houve contestação e a LDM ficou por quase 54 anos a frente do Nogueirão, salvo um curto período que você vai conhecer ao longo desta reportagem.

Na medida em que o estádio começou a definhar, se iniciou o debate sobre a municipalização. Afinal de contas, a praça esportiva pertencia a LDM, mas eram os recursos públicos que faziam a manutenção.

O primeiro prefeito a tentar assumir o controle do Nogueirão foi Francisco José Junior, em 2014, no auge da sua efêmera popularidade. No segundo semestre daquele ano ele enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei aprovado pelo legislativo que se tornaria lei em 30 de dezembro daquele ano.

A Lei Municipal 3.265 de 30 de dezembro de 2014 estabelecia que para a reversão do patrimônio para o município seria necessária escritura pública lavrada em cartório. Mas é preciso entender que essa lei dependia da anterior para se efetivada e o dispositivo fundamental nunca se concretizou.

Ironicamente, coube a Rosalba Ciarlini (PP) logo no início do seu quarto mandato de prefeita entender que a lei não tinha sustentação porque o estádio foi construído e devolveu a praça para a LDM.

O ironicamente fica por conta pelo fato dela, em 2011, ter melado o processo de permuta em que o terreno do que restou do Nogueirão seria trocado por uma nova praça esportiva. Rosalba lançou uma maquete e prometeu uma reforma que nunca aconteceu.

O caso até hoje é piada entre os desportistas de Mossoró.

Já a devolução à LDM se deu pelo entendimento de que a Lei de 2014 não revoga a de 1961 que exigia a construção do Estádio, que ficou pronto pelas mãos da LDM, ou a extinção da entidade para a reversão do imóvel.

Uma é continuidade da outra como deixa claro o parágrafo único entre o primeiro e o segundo artigo da segunda lei. Como o estádio foi construído pela LDM o acerto se deu pelo caminho da extinção da LDM, o que nunca aconteceu. O atraso de seis meses na entrega do estádio nunca esteve em questão.

Lei de 2014 não revoga a de 1961 e fica dependente da extinção da LDM

Por isso, Rosalba devolveu o estádio a LDM.

Nas negociações em 19 de agosto de 2014, o então presidente Francisco José Junior acertou com José Carlos Rodrigues, na função de representante da LDM, que a entidade seria extinta. A ata da reunião deixa bem claro que a lei dependeria da extinção LDM conforme previa a legislação de 1961. A lei de 2014 menciona a de 1961 sem entrar neste detalhe, fundamental para garantir o lastro legal para a reversão do imóvel.

Acerto da reversão não foi com representante da LDM

O problema é que naquela data o presidente da entidade era Francisco de Assis Freire cujo mandato terminou em 19 de novembro daquele ano sendo sucedido por Francisco Braz em 20 de novembro.

Os problemas não param aí. No dia 20 de agosto, um dia após a reunião que selou um acordo por meio de uma pessoa que não era a representante legal da LDM, foi realizada uma reunião extraordinária da LDM para tratar da carta de admissão de reversão do terreno.

LDM não atendeu requisito para permitir reversão do imóvel

Aí surgiu uma série de esquisitices.

Primeiro é que Francisco Braz, assina como presidente da entidade antes mesmo de ter tomado posse, o que só aconteceu em 20 de novembro. Rocelito Miranda assinou como representante do Baraúnas sem estar habilitado para isso. Em 20 de agosto de 2014, o Mossoró Esporte Clube não poderia estar filiado a LDM por estar inscrito no CNAE tendo como atividade principal “Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais”, o que não tem a ver com a prática esportiva. Além disso, há indícios de que assinatura do presidente do clube, João Dehon, teria sido falsificada.

Assinatura de João Dehon
Assinatura atribuída a João Dehon

Outra assinatura duvidosa é a de Antônio Correa Junior, que não era o representante legal da Associação Desportiva do Bairro IPE. Quem tinha essa função era Mário César Mendes dos Anjos.

Já o Cantareira Esporte Clube tinha dado baixa na Receita Federal em 31 de dezembro de 2008 e, por tanto, Francisco Leandro Medeiros Segundo, não poderia ter assinado a carta em nome do clube. O CNPJ usado é o da Seleção Baraunense.

Até mesmo uma entidade inexistente, a Associação Cultural Baraúna Esporte Clube assinou o documento.

Em amarelo as assinaturas suspeitas

A extinção de uma entidade só ocorre de duas formas: decisão judicial ou decisão voluntária dos associados como prevê o Capítulo XIX do artigo 5º da Constituição Federal. Só com a extinção da LDM seria possível reversão do imóvel.

A própria gestão de Francisco José Junior se comprometeu a só enviar o projeto à Câmara Municipal com a dissolução da LDM, o que nunca aconteceu. Ainda assim a lei foi aprovada, sancionada e o decreto assinado. Rosalba percebeu a ilegalidade e devolveu o estádio, Allyson preferiu passar por cima dos acordos.

Obrigações assumidas pela PMM. Projeto foi enviado sem que a LDM fosse extinta

Mas como, após o interregno de quatro anos, o Nogueirão voltou para o controle da Prefeitura de Mossoró? É aí que Allyson assume o protagonismo da história.

O prefeito utilizou do Decreto Municipal 4.434/2014 que realizou a reversão do imóvel com base na lei 3.265/2014 além da ata da assinatura do termo de compromisso (como a reportagem mostra assinada por uma pessoa que não era representante da LDM) e a carta de admissão da reversão cheia de assinaturas suspeitas. Tudo isso sem o principal: a extinção da LDM que nunca se concretizou.

A alegação na certidão que Allyson aparece segurando na foto é que a LDM descumpriu condicionantes da carta de admissão. As condicionantes descumpridas não são detalhadas, além da carta ter assinaturas no mínimo duvidosas.

Cartório admite inexistência de escritura que comprove a reversão do terreno

O documento da foto foi lavrado no 6º Ofício de Notas. Ele foi usado para consumar a reversão do Nogueirão para o Município através do processo administrativo 0122/21.

O Blog apurou que a LDM solicitou ao 6º Ofício de Notas informações sobre o processo e o cartório avisou que não possui a escritura pública da reversão do Estádio para o município nem o próprio processo.

A LDM chegou a pedir informações à Prefeitura de Mossoró que não respondeu a respeito do processo administrativo.

Em síntese: oficialmente ninguém sabe onde está o processo.

Allyson desfez a correção de rumo de Rosalba sem lastro na legal porque a LDM não foi extinta como previa a lei da doação do terreno (que não foi revogada com a de 2014), há um processo cujo paradeiro é desconhecido e uma carta cheia de suspeitas sobre as assinaturas.

CNPJ da LDM segue ativo
Certidão confirma existência da LDM
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Empréstimo feito por Allyson vai custar quase o dobro em juros que o da gestão anterior

O prefeito Allyson Bezerra (UB) assinou no ano passado um empréstimo de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica através do programa de Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa).

O Blog do Barreto teve acesso a um estudo comparativo que apontou mais uma discrepância envolvendo esta operação de crédito. Há uma semana esta página vem mostrando as divergências de dados enviados ao Tesouro Nacional e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aponta indícios de que as irregularidades visavam garantir esta operação de crédito que está sendo investigada pelo Ministério Público desde julho.

A gestão de Allyson pegou R$ 200 milhões e vai além de devolver o valor pagar R$ 185.384.276,51 em juros e encargos.

A conta será paga até 2033.

Isso significa que o prefeito deixará para as próximas gerações um passivo de 85,38% do empréstimo pego para realizar obras que se arrastam há meses.

À título de comparação, a antecessora dele, Rosalba Ciarlini (PP) pegou um empréstimo do mesmo Finisa no valor de R$ 146,5 milhões para pagar até 2030 com pagamento de 68.130.163,56 em juros e encargos.

O percentual em relação ao valor contratado é de 44,1%, praticamente a metade do que Allyson vai deixar para os sucessores.

Os números foram obtidos por meio dos dados públicos do Sistema de Análise da Dívida Pública, Operações de Crédito e Garantias da União, Estados e Municípios (SADIPEM), pertencente a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), onde está localizado o Pedido de Verificação de Limite (PVL) de nº 02.000570/2023-84 e nº 02.009644/2019- 61.

Como garantia foram dados recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Serviços (ISS) e Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS/Cota-parte Municipal).

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Rosalba evita risco de vexame se abstendo de candidatura a vereadora. Apoio a Genivan é síntese da decadência política

Durante toda semana que passou foram fortes as especulações de que a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) desceria do olimpo político, do qual não faz mais parte, para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Mossoró.

Apesar de gente próxima a ela ter confirmado a candidatura, o desfecho foi de que ela está fora das eleições deste ano.

Rosalba fez bem. A nominata do PP é fraca, o voto de vereador é muito quebrado e mesmo com menos chapas e candidatos seria praticamente impossível conquistar algo em torno de cinco mil votos para não depender tanto dos demais candidatos para se eleger.

Outro gesto do final de semana, o apoio a candidatura de Genivan Vale (PL), é uma síntese da decadência política de Rosalba.

Ela não foi capaz de se viabilizar, não conseguiu formar uma nominata de vereador decente, não teve como apresentar uma candidatura a prefeito de seu grupo e teve que apoiar um ex-adversário político.

Já se disse um dia que Rosalba era mais popular que Santa Luzia, padroeira de Mossoró, hoje ela não é nem sombra da líder que foi no passado.

 

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Apoio de Rosalba a candidato a prefeito de Mossoró passa por venda de rádio

Por William Robson

Rosalba Ciarlini (PP) prefere não dizer nada, mas há sinais. A ex-prefeita ainda não se decidiu publicamente que candidato apoiar para as próximas eleições em Mossoró. A expectativa para esta sexta-feira, 2, ficou para domingo, 4. Pediu mais tempo para avaliar entre Genivan Vale (PL) e o presidente da Câmara Municipal, Lawrence Amorim (PSDB).

Há razões para os sinos da ex-prefeita dobrarem tanto.  Há negociações avançadas com o grupo liderado pelo senador Rogério Marinho (PL), tão fortes que muitos apostariam todas as fichas neste acordo. Isso porque alguns sinais rosalbistas já foram dados previamente, como a participação do Avante, do empresário Jorge do Rosário, no agrupamento do PL e até mesmo a indicação da dentista Nayara Gadelha para compor a chapa de Genivan. Ambos os nomes são rosalbistas, o primeiro chegou a integrar a chapa de Rosalba nas últimas eleições, o segundo foi vice-prefeita*.

O empecilho estaria na negociação de uma emissora de rádio ligada ao rosalbismo, a RPC. A rádio enfrenta dificuldades para existir e uma proposta de compra e venda pode dar um respiro para a ex-prefeita, que se livraria de um passivo, ao mesmo tempo que Marinho fortaleceria seu projeto, ao transpor a rádio do dial AM para FM com possibilidade de integrar franquia nacional.

Rosalba aguarda dar a resposta definitiva. Sabe que barganhar pode valorizar a proposta que interessa muito aos bolsonaristas.

Por outro lado, Rosalba tem Lawrence Amorim, ungido pela governadora Fátima Bezerra (PT), cuja condução da campanha está sob a batuta da deputada estadual Isolda Dantas (PT). Rosalba, a rigor, mantém proximidade velada com a governadora, desde que resolveu apoiar sua reeleição aos 45 minutos do segundo tempo. Negociações diretas com o Governo podem garantir um apoio ao presidente da Câmara — que divide a segunda posição com Genivan na última pesquisa Exatus, com 3,7%.  Ou seja, a ex-prefeita poderia acomodar aliados, mas continuaria a carregar seu maior fardo, a manutenção de uma rádio insolvente.

Embora neste pêndulo, Rosalba não tem como entregar a maior mercadoria a ser negociada. Seu capital eleitoral é desidratado, muitos rosalbistas estão dispersos, outros desertaram. Não mais existe o rosalbismo imponente que perdurou por anos em Mossoró. Os tempos mudaram em seu desfavor e agora, ao que parece, a ex-prefeita vai buscar resolver suas próprias adversidades.

*Nota do Blog: a indicação de Nayara para vice de Genivan nada tem a ver com a possibilidade de apoio de Rosalba. A ex-vice-prefeita foi convidada para a função por ser mulher, o que amplia o acesso ao fundo eleitoral, e por abrir portas junto ao círculo próximo de Jair Bolsonaro por ser sobrinha do ex-ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira. Já a aliança com o Avante é resultado da relação de amizade fraternal entre Jorge do Rosário e Tião Couto, este último apoiador de Genivan.

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Pela primeira vez em 32 anos não teremos uma mulher protagonista na disputa pela Prefeitura de Mossoró

Uma coisa é certa: a eleição para prefeito de Mossoró terá um embate entre homens em 2024. Esta é a primeira vez neste século que isto ocorre.

A última vez que a eleição para prefeito de Mossoró foi disputada por dois homens como principais candidatos foi em 1992, quando Dix-huit Rosado derrotou o favorito Luiz Pinto.

Até 1988, só homens disputaram e governaram Mossoró, mas naquele ano Rosalba Ciarlini quebrou o tabu para oito anos depois dar início a um período de quase 30 anos de protagonismo feminino em Mossoró.

De 1996 em diante, quando uma mulher não foi eleita ficou em segundo lugar. Desse ano até 2012, todas as disputas pelo Palácio da Resistência ficaram entre duas mulheres como principais polos eleitorais.

A sequência começou com Rosalba contra Sandra Rosado em 1996, depois Rosalba x Fafá Rosado em 2000 e duas vezes entre Fafá e Larissa (2004 e 2008). O último embate direto foi entre mulheres reuniu Larissa e Cláudia Regina, em 2012.

Só na eleição suplementar de 2014, o quadro mudou com o retorno da presença masculina com Francisco José Junior derrotando Larissa. Em 2016, mais um homem na disputa com Tião Couto perdendo para Rosalba Ciarlini que viria a ser derrotada por Allyson Bezerra quatro anos depois.

Com as desistências de Isolda Dantas e Rosalba Ciarlini, não restou nenhuma mulher em condições de protagonismo na disputa eleitoral deste ano.

A tendência é que Genivan Vale (PL) e Lawrence Amorim (PSDB) tentem o posto de candidato a polarizar com o favoritaço Allyson Bezerra.

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A ‘rosalbificação’ de Allyson

O prefeito Allyson Bezerra (União) está cada vez mais parecido com a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP), a quem derrotou nas eleições de 2020.

O chefe do executivo municipal tem adotado um perfil perseguidor, de confronto com os sindicatos (inclusive com esforços para enfraquecê-los) e tentando intimidar os poucos setores da mídia local que ousam apontar falhas na gestão.

Como Rosalba, Allyson deixou grande parte das obras para serem entregues no ano da eleição. Outra estratégia bem comum nas gestões de Rosalba são as assinaturas de ordem de serviço em massa poucos meses antes da eleição.

Assim como Rosalba, Allyson enxerga a mídia como um agrupamento de pessoas mal-intencionadas que quer destruí-lo e passou a boicotar os profissionais que não são do seu agrado se recusando a dar entrevistas e fuçando a vida pessoal dos jornalistas por meio de capachos.

No começo da gestão, o prefeito até tinha uma postura mais institucional, mas aos poucos foi se assemelhando à “Rosa de Mossoró” e passou a hostilizar adversários atiçando uma horda de puxa-sacos nas redes sociais.

Mossoró mandou os Rosados para a aposentadoria e está rejeitando o nome de Rosalba sem se dar conta que apenas trocou seis por meia dúzia com uma pitada de desenvoltura nas redes sociais.

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PP reúne pré-candidatos a vereador

O Diretório do PP de Mossoró reuniu na tarde de sexta-feira parte da nominata de pré-candidatos a vereador nas eleições de outubro.

A reunião, que aconteceu no Sítio Cantópolis, serviu para o grupo traçar estratégias de fortalecimento do partido em Mossoró.

“Foi um momento em que compartilhamos ideias e discutimos os desafios que nos leve a construir uma plataforma unificada”, disse a ex-prefeita Rosalba Ciarlini que também participou do encontro.