O vice-governador Fábio Dantas avisou: o Rio Grande do Norte terá um déficit de R$ 2 bilhões de reais em 2019. Há oito anos a governadora Rosalba Ciarlini chegava ao poder choramingando ter recebido uma herança de R$ 800 milhões de rombo.
Sem apelar ao retrovisor como a mesma intensidade de sua antecessora, mas ainda assim lamentando o rombo de R$ 1 bilhão Robinson Faria (PSD) também recebeu um Estado cheio de contas a pagar e contando moedas para quitar as folhas de pagamento.
Seria injusto negar que Robinson não tentou.
Ele cortou comissionado até onde foi possível, mas falhou ao demorar três anos para propor uma reforma profunda no Estado.
Agora o governador é acusado pelo Tesouro Nacional, em matéria da Tribuna do Norte, de maquiar as contas públicas informando que a folha consome 52% (número que já desrespeita os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal) quando segundo o órgão federal esse percentual chega a 86%.
A conta não bate!
Robinson precisa de R$ 1,2 bilhão para quitar cinco folhas em dois meses. É impossível fazer isso arrecadando em média pouco mais de R$ 500 milhões com uma folha de R$ 450 milhões mensais.
O rombo das contas estaduais se confunde com o próprio stado.
Essa será a herança que a governadora eleita Fátima Bezerra (PT) receberá a partir de 1º de janeiro. A petista não terá direito de reclamar mesmo usando como trunfo a proeza de se eleger sem firmar compromissos contundentes.
Fátima sabia o que tinha pela frente quando decidiu se candidatar ao Governo.
O RN é um Estado de rombo.