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Presidente do Sindicato dos Médicos denuncia terceirização “absurda” da saúde na gestão de Allyson

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), Geraldo Ferreira, disse que a “remuneração médica em Mossoró é caótica”, ao se referir aos médicos dos pronto-atendimentos, ambulatórios e Estratégia Saúde da Família (ESF), e que há “um nível de terceirização absurdo”.

Geraldo Ferreira deu a declaração ontem (7), em vídeo no Instagram (@sinmed.rn), após reunião sobre o tema com a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, no Centro Administrativo Prefeito Alcides Belo, em Mossoró.

“Salários extremamente baixos, desestimulando a entrada na carreira, para que a Prefeitura (de Mossoró) possa, impunemente, terceirizar esses serviços médicos. As empresas fazem contratos milionários, e os médicos infelizmente não são atraídos para o serviço público em virtude dos baixos salários”, denunciou Geraldo Ferreira.

De acordo com dados extraídos do Portal da Transparência da Prefeitura de Mossoró, apenas em 2023, com uma única empresa, a Serviços de Assistência Médica e Ambulatorial (SAMA), a gestão Allyson Bezerra gastou quase R$ 30 milhões com a terceirização de profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem).

Na reunião de ontem, Geraldo Ferreira disse que discutiu com a secretária Morgana Dantas que será montada uma comissão, com membros do Sindicato dos Médicos e secretarias do Município, para estabelecer carreira, de forma que dê dignidade ao trabalho médico e uma remuneração justa.

Exploração

Segundo o presidente do Sinmed/RN, “salários aviltantes, que desestimulam concurso público e favorecem terceirizações milionárias por empresas que lucram com a exploração dos trabalhadores médicos, é o usual na prefeitura de Mossoró.”

Geraldo Ferreira faz um recorte da situação: “Para se ter uma ideia dos absurdos, o salário de um médico de ambulatório, 20 horas semanais, recebe bruto o valor de R$ 2.200. Um médico de família recebe R$ 8.000, enquanto um estagiário do programa mais médicos recebe de bolsa e benefícios R$ 14 mil e um médico terceirizado pode ter um custo de R$ 20 mil, isso pago pela prefeitura, mas que não conseguimos saber quanto chega ao médico.”

Ele disse ainda que “os médicos reclamam que a situação persiste porque o município tem interesse nas terceirizações, que exploram os médicos e enriquecem empresários.”

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Médicos do HRTM entram em greve, mas escala é mantida

Blog Carol Ribeiro

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (7), com o Sinmed RN, os médicos da clínica médica do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró, que trabalham pela empresa de Serviços de Assistência Médica e Ambulatorial (SAMA), definiram os últimos ajustes para a greve que tem início nesta sexta-feira (8).

A decisão de entrar em greve por tempo indeterminado, foi aprovada por unanimidade na última terça-feira (5), como forma de chamar atenção para o cumprimento do acordo para pagamento dos salários atrasados.

O acordo firmado entre a Justiça Federal do Trabalho, Secretaria de Saúde do Estado (Sesap) e a SAMA previa o pagamento dos salários atrasados dos médicos da seguinte forma: até o final de novembro, pagamento do mês de julho; e em dezembro, pagamento do mês de agosto. Mas apenas o mês de junho foi pago.

A greve teve início a partir das 7h desta sexta-feira com restrições no atendimento, apesar dos médicos estarem presentes no hospital. No final do dia, a categoria se reúne novamente com o Sindicato para avaliar e definir os próximos passos do movimento.

Nota do Blog: um dia depois dos anestesiologistas voltarem os médicos clínicos param. Ainda assim o jornalista Saulo Vale revelou que as escalas estão mantidas. Veja AQUI.

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Justiça Federal celebra acordo para Governo do Estado pague repasses atrasados aos serviços médicos

Na manhã desta quarta-feira (08), após audiência na Juíza Federal, conduzida pela Juíza Gisele Leite, foi celebrado acordo para que o Estado resolva os recorrentes atrasos de pagamentos nos repasses de contratos de prestação de serviços médicos.

Na oportunidade, o acordo foi no sentido de que seja efetuado o pagamento dos atrasados existentes junto a COOPMED e SAMA, compreendido até o mês de junho/2023, em 7 (sete) parcelas (outubro/23 a abril/24), ficando ainda o compromisso do pagamento do mês corrente ser efetuado no prazo legal.

A mediação aconteceu a partir da Reclamação Pré-Processual proposta pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Norte-CREMERN.

O número da Reclamação Pré-Processual que tramita perante a Justiça Federal é o nº 0807908-16.2023.4.05.8400.