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Polícia prende no Paraguai homem apontado como um dos líderes dos ataques ao RN

A Polícia Federal prendeu no Paraguai Kleber Lucas Paz de Oliveira, 32, o Klebinho, considerado um dos cabeças da onda de ataques terroristas ocorridos entre 14 e 27 de março no Rio Grande do Norte.

Klebinho é um dos chefes do “Novo Cangaço” e líder do Sindicato do Crime, facção criminosa que esteve a frente dos ataques no Estado.

Ele foi preso na cidade paraguaia de Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã, distante 295 quilômetros de Campo Grande (MS). Ação da Polícia Federal foi em conjunto com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai.

Klebinho estava negociando armas e drogas para enviar para o Nordeste.

Além do envolvimento nos ataques terroristas no RN, ele é alvo de mandados de prisão por homicídio e associação criminosa por tráfico de drogas e armas.

Klebinho está na lista dos 10 criminosos mais procurados do Rio Grande do Norte.

Com informações do UOL.

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Anúncio de caos feito por juiz é respondido com quase 80 prisões de envolvidos em atos terroristas no RN

No dia 22 de março o juiz de execuções penais de Natal Henrique Baltazar alertou que se providências não fossem tomadas o dia 27 de março seria de terror por se tratar do aniversário da facção criminosa Sindicato do RN.

A declaração resultou em muito estardalhaço, sensacionalismo e atrasou a retomada de atividades presenciais nas universidades e nas escolas públicas.

O fato é que o dia 27, mais conhecido como ontem, foi o terceiro consecutivo sem registros de atos terroristas no Rio Grande do Norte.

Terror mesmo para a bandidagem com a “Operação Agere Pro Viribus”, que ao longo do dia prendeu 72 suspeitos de participações nos ataques. Some-se aos seis tornozelados descumprindo semiaberto e chagamos a 78 presos no dia que todos temiam ser de caos no Estado. O recorde de prisões em um único dia desde 14 de março.

Algumas pessoas tocaram terror nas redes sociais dizendo que os fogos de artifícios estourados seriam o prenúncio de uma noite de terror.

Não foi o caso.

Aos poucos o clima de medo vai arrefecendo sem precisar convocar Garantia da Lei e da Ordem (GLO), sem transferir o poder da segurança pública ao Exército nem negociar com facções criminosas.

Isso é um fato que precisa ser registrado.

 

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Violência no RN se desloca para interior, aponta IPEA

Agora RN

A violência no Rio Grande do Norte está se deslocando para os pequenos municípios das regiões Oeste e Leste, aponta dados do Atlas da Violência de 2019, publicado nesta segunda-feira, 5, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A pesquisa do “Atlas da Violência 2019” analisou dados de 2015 a 2017. No Nordeste, o Rio Grande do Norte lidera maior taxa de homicídios estimada, com 67,4 mortes por grupo de 100 mil habitantes. O estado é seguido por Ceará (64,0), Pernambuco (62,3), Sergipe (58,9), Bahia (55,3), Alagoas (53,9), Paraíba (33,9), Maranhão (31,9) e Piauí (20,9).

De acordo com o levantamento, as cidades mais violentas se concentram nas mesorregiões do Oeste e do Leste. João Dias lidera as mortes violentas, com taxa de 222,6, seguido por Extremoz (184,5), Ceará Mirim (173,7) e São José do Campestre (156,1).

Natal registrou taxa de 73,4 assassinatos, enquanto que a média das taxas estimadas dos municípios do estado era de 47,0.

O Rio Grande do Norte tem, também, a terceiro município mais violento do Brasil com mais de 100 mil habitantes. A cidade de São Gonçalo do Amarante, com taxa de 131,2 homicídios, ficou atrás de Maracanaú (145,7), no Ceará, e da cidade de Altamira (133,7), no Pará.

A pesquisa relata ainda que no Rio Grande do Norte há a predominância do Sindicato do Crime (SDC), grupo criado por dissidentes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em 2012, devido a “discordâncias administrativas”.

No entanto, os pesquisadores do IPEA apontam que o PCC ainda detém poder econômico no Rio Grande do Norte. “Esta facção criminosa, presente no estado desde 2006, apesar de ter o controle de poucos bairros da capital potiguar, detém o poder econômico e consequentemente o controle das rotas de distribuição nacional e internacional das drogas, em um dos estados que se insere entre os principais na rota do tráfico de drogas do Brasil para a Europa”, aponta o texto.

Os desafios no campo da segurança pública no Brasil são enormes, na avaliação do pesquisador Daniel Cerqueira, o coordenador do estudo. “Há luz no final do túnel para dias com mais paz no Brasil e a luz passa por políticas focalizadas em territórios vulneráveis”, acredita Cerqueira.

A solução, sugerida pelo estudo conjugaria três pilares fundamentais. Em primeiro lugar, o planejamento de ações intersetoriais, voltadas para a prevenção social e para o desenvolvimento infanto-juvenil, em famílias de situação de vulnerabilidade. Em segundo lugar, a qualificação do trabalho policial, com mais inteligência e investigação efetiva. Por fim, o reordenamento da política criminal e o saneamento do sistema de execução penal, de modo a garantir o controle dos cárceres pelo Estado.

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Líderes do Sindicato do Crime acumulavam fortuna de R$ 20 milhões

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Uma organização criminosa com patrimônio identificado que chega a R$ 20 milhões. A informação foi revelada durante entrevista coletiva que detalhou a Operação Medellín, desencadeada nesta terça-feira (6), e que resultou na prisão preventiva de 14 pessoas, com atuação de liderança no Sindicato do Crime, além do cumprimento de mandados de condução coercitiva e busca  e apreensão.
A investigação foi um trabalho conjunto do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Púbblico do Rio Grande do Norte (MPRN) e da 80ª Promotoria de Justiça em conjunto com a Polícia Civil e apoio da da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.
A operação se dedicou a fazer um levantamento do patrimônio dos investigados, notadamente com movimentações financeiras altas sem comprovação de renda e, na maior parte das vezes, com evolução patrimonial injustificada.
Assim, o MPRN e a inteligência do Estado obtiveram dados a partir da quebra de sigilo bancário e fiscal, além do telefônico. “Um dos presos chegou a comprar um imóvel com R$ 1 milhão em espécie”, revelou o promotor de Justiça Flávio Pontes.
Durante o cumprimento dos mandados, 12 pessoas foram conduzidas coercitivamente e também foram realizadas buscas e apreensões em 26 locais, que resultaram no sequestro de diversos bens, entre os quais: 17 imóveis situados em condomínios de luxo na Grande Natal; 20 veículos considerados de luxo; aparelhos celulares e equipamentos eletrônicos como computadores.
gasolina
Ainda foram encontrados 300 litros de combustível estocado (possivelmente para desencadear novos ataques no Estado), uma balança de precisão, armas, munições, dinheiro em espécie e até uma máquina de contar dinheiro.
O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, afirmou que “tratava-se de um esquema organizado, bem estruturado. As drogas estão por trás da grande maioria dos crimes no Estado e um dos envolvidos nesse esquema tinha ligação com os maiores bandidos do país”. “Vamos dar prosseguimento às investigações”, comentou.
Para o governador Robinson Faria, “essas prisões e apreensões são fruto de um trabalho articulado de inteligência do Ministério Público e da Polícia Civil”. “Aos poucos, nosso estado está vencendo a criminalidade. Começamos a desbaratar essa organização criminosa e vamos até o fim. Hoje é um dia de vitória da política pública de segurança”, destacou o chefe do Executivo estadual.
Também participaram da entrevista coletiva, os promotores de Justiça integrantes do Gaeco, Flávio Pontes e Rodrigo Câmara; delegado-geral da Polícia Civil, Clayton Pinho; secretário-adjunto da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Caio Bezerra; e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dancleiton Pereira Leite. Ao todo, a operação envolveu 24 equipes policiais, 22 delegados, quatro promotores de Justiça, quatro servidores do MPRN e três chaveiros.
Três núcleos criminosos
No decorrer da investigação foram identificados três principais núcleos da organização criminosa voltada à atividade de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
Os chefes de cada núcleo adquiriram vultuoso patrimônio decorrente do tráfico de drogas, transferindo a administração desses bens a terceiras pessoas que àqueles se associaram criminalmente, dissimulando a propriedade dos bens adquiridos com o tráfico. A investigação igualmente comprovou a participação de advogados na associação criminosa e do agente de polícia civil Iriano Serafim Feitosa, já falecido.
Entenda os núcleos:
gilson
(1) Núcleo de Gilson Miranda Silva, grande traficante distribuidor de droga para este Estado, foragido da justiça desde que se furtou ao cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido nos autos do processo n.º 0101355-12.2015.8.20.0126, referente à Operação Anjos Caídos (DENARC/Comarca de Santa Cruz).
Gilson Miranda possui ligação direta com grandes traficantes do país, a exemplo de José Silvan de Melo, conhecido por “abençoado”, o qual foi preso em abril de 2015, no Estado do Mato Grosso, com R$ 3,2 milhões. Gilson é o principal suspeito de ter mando matar Bruno Rocha de Paiva, cujo corpo foi encontrado carbonizado na cidade de Arez (Inquérito Policial n.º 020/2014-DPA).
Esse IP foi apontado pelo APC Tibério Vinícius Mendes de França como suposto objeto de negociação financeira envolvendo o APC Iriano Serafim Feitosa e a advogada Ana Paula Nelson com vistas a que não houvesse continuidade da investigação desse homicídio.
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(2) Núcleo de João Maria Santos de Oliveira (“João Mago”), um dos líderes e fundadores da facção Sindicato do Crime, preso recentemente posto que além de foragido do sistema prisional desse Estado por ter sido liberado da Penitenciária Estadual de Parnamirim com um alvará falso, coordenava os atos de vandalismos praticados em retaliação à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim.
islania
(3) Núcleo de Islânia de Abreu Lima, traficante e então companheira de Diego Silva Alves do Nascimento, conhecido como “Diego Branco”, que chegou a ser um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Norte e atualmente encontra-se recluso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Islânia também foi presa após ter sido constatado o seu envolvimento com os atos de vandalismos praticados no Rio Grande do Norte em retaliação à instalação de bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Parnamirim.