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Homenagem ao MST não pode, mas pode título de cidadania para Bolsonaro e governador de São Paulo

Não faz dois meses que os deputados estaduais de direita impediram a deputada estadual Isolda Dantas (PT) de realizar uma sessão solene em homenagem aos 40 anos de fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), um dos mais importantes do país.

O ódio ao movimento social impediu que a homenagem fosse realizada mesmo com o MST sendo o maior produtor de arroz orgânico do país e sendo fundamental para a agricultura familiar que ajuda a abastecer a mesa dos brasileiros.

Esses mesmos deputados, sem qualquer resistência parlamentar ou polêmica na mídia potiguar, conseguiram aprovar com facilidade os títulos de cidadania potiguar para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Bolsonaro é famoso pelas frases preconceituosas em relação aos nordestinos e durante os quatro anos em que foi presidente pouco fez pelo Estado. O gesto mais conhecido dele no Rio Grande do Norte foi tirar a máscara de uma criança em Pau dos Ferros em plena pandemia de covid-19.

A aprovação do título vem em um momento em que Bolsonaro está afundado em denúncias de corrupção. Ele sempre pregou contra os direitos das minorias sociais e está cada vez mais evidente que liderou tentativas de golpe de Estado que resultaram na intentona bolsonarista de 8 de janeiro de 2023.

Tarcísio foi ministro da infraestrutura em um período em que a estradas no Rio Grande do Norte só fizeram piorar, isso inclui as BRs. Atualmente governa São Paulo fazendo a Polícia Militar de lá se tornar uma das mais violentas do país.

Os títulos, como a negativa da homenagem ao MST, são pura politicagem de uma direita tacanha.

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Governadores bolsonaristas de São Paulo e do Rio de Janeiro vão aumentar o ICMS

Os governadores bolsonaristas de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) vão aumentar a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Além deles, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo também farão reajustes no tributo. Em Minas, o governador é Romeu Zema, do partido Novo, legenda conhecida por ser contra aumento de tributos.

O tucano Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, já tinha anunciado que aumentaria o ICMS na semana passada. O Paraná, de Ratinho Junior (PSD), que já tinha aumentado em março, vai propor um novo reajuste.

Os secretários de fazenda dos seis estados assinaram carta conjunta em que afirmam que vão elevar para 19,5% para se adequar a reforma tributária e evitar perdas de recursos.

“Nesse sentido, a arrecadação dos Estados com o ICMS nos próximos cinco anos condicionará, em significativa medida, as suas receitas tributárias nos 50 anos subsequentes, configurando-se um forte incentivo para que aumentem a sua arrecadação entre 2024 e 2028, por exemplo, mediante a realização de programas de recuperação de créditos tributários ou aumentos de alíquotas modais de ICMS”, afirma o documento divulgado pela CNN.

Enquanto isso, no Rio Grande do Norte a governadora Fátima Bezerra (PT) sofre forte resistência para manter a alíquota modal de 20%. Ela tem até 31 de dezembro para aprovar um projeto que torna a medida permanente.

A estimativa é de uma perda de arrecadação de R$ 700 milhões em 2024 sem contar os prejuízos para as próximas décadas em virtude das novas regras da reforma tributária.