A impopularidade da governadora Fátima Bezerra (PT) deixou de ser um fenômeno restrito a Natal e Parnamirim e se alastrou pelo interior do Rio Grande do Norte, onde a petista se mostrou fortíssima nas três ultimas eleições quando se elegeu senadora e depois para o executivo estadual em duas oportunidades.
A desaprovação nas cidades do interior tem variado entre 55 e 58%, já em Natal e Parnamirim, principais municípios da região metropolitana da capital, está na faixa de 70%.
A gestão dela apresenta bons números na segurança e mantido a folha salarial em dia, mas tem sido insuficiente em setores da educação, saúde e infraestrutura.
A governadora entrou numa espiral negativa desde os ataques criminosos realizados em março do ano passado e não conseguiu melhorar a imagem da gestão. Para piorar ainda mais a situação pipocaram imagens e denúncias sobre as péssimas condições das estradas estaduais, derrubando a avaliação do Governo.
Ela lançou um programa de recuperação de estradas e tem poucos menos de dois anos para se desincompatibilizar do Governo para disputar o Senado com melhora na avaliação. O abril de 2026 parece distante, mas para o tempo da política a margem bem curta.