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Análise

Desaprovação de Fátima está alastrada em todos os municípios pesquisados no RN

A impopularidade da governadora Fátima Bezerra (PT) deixou de ser um fenômeno restrito a Natal e Parnamirim e se alastrou pelo interior do Rio Grande do Norte, onde a petista se mostrou fortíssima nas três ultimas eleições quando se elegeu senadora e depois para o executivo estadual em duas oportunidades.

A desaprovação nas cidades do interior tem variado entre 55 e 58%, já em Natal e Parnamirim, principais municípios da região metropolitana da capital, está na faixa de 70%.

A gestão dela apresenta bons números na segurança e mantido a folha salarial em dia, mas tem sido insuficiente em setores da educação, saúde e infraestrutura.

A governadora entrou numa espiral negativa desde os ataques criminosos realizados em março do ano passado e não conseguiu melhorar a imagem da gestão. Para piorar ainda mais a situação pipocaram imagens e denúncias sobre as péssimas condições das estradas estaduais, derrubando a avaliação do Governo.

Ela lançou um programa de recuperação de estradas e tem poucos menos de dois anos para se desincompatibilizar do Governo para disputar o Senado com melhora na avaliação. O abril de 2026 parece distante, mas para o tempo da política a margem bem curta.

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Matéria

Após alerta do Blog, Agripino fala em apoio a Styvenson para evitar que tema das eleições de 2026 atrapalhe Allyson em 2024

Depois que o Blog do Barreto alertou para o risco de o eleitor de Mossoró reeleger o prefeito Allyson Bezerra (União), o ex-senador José Agripino, presidente estadual do União Brasil, recuou do discurso empolgado de defesa da candidatura de seu pupilo ao Governo em 2026.

Em entrevista ao canal da 96 FM no Youtube, o ex-senador sinalizou a necessidade de unir a centro-direita no Rio Grande do Norte e disse que o senador Styvenson Valentim (Podemos) poderia ser o nome a ser apoiado por seu partido.

“Styvenson é um homem de bem, que tem coragem, virtudes e defeitos, mas é um homem de bem”, disse.

O recuo é uma estratégia para evitar que a oposição explore a possibilidade de um estelionato eleitoral a partir da análise do Blog do Barreto publicada no último sábado.

Leia análise AQUI.

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Análise

Demissão tira Jean do jogo eleitoral de 2026

A demissão do ex-senador Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras tem um resultado a longo prazo no jogo político do Rio Grande do Norte: tira um dos cotados para disputar o Governo do Estado em 2026.

Jean no comando da estatal e trazendo de volta investimentos ao RN tinha tudo para ao longo da atual quadra histórica se capitalizar politicamente para a disputa pelo executivo estadual.

Demitido, ele perde poder e deve voltar a iniciativa privada, se afastando do jogo eleitoral.

A preço de hoje Jean está fora das eleições de 2026.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 13 abr 2024 – Pesquisa: maioria não quer reeleger Lula

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Análise

Crise entre Allyson e Rogério reflete planos de ambos para 2026

A crise entre prefeito Allyson Bezerra (União) e o senador Rogério Marinho (PL) é a crônica de um rompimento anunciado. Os planos deles para 2026 são conflitantes porque ambos sonham destronar o PT do Governo do Estado e só há espaço para um cumprir essa missão pelo campo da direita.

Daí o desespero de Rogério em indicar um vice de sua confiança para deixar Allyson amarrado a ele como Carlos Eduardo Alves fez quatro anos atrás com Álvaro Dias em Natal.

Álvaro era um nome competitivo para o Governo do Estado, mas não deixou o Palácio Felipe Camarão porque daria a Prefeitura do Natal a prima da esposa de Carlos. Agora Rogério quer repetir a estratégia.

Allyson, que dá a reeleição como certa, não quer repetir o erro de Álvaro e vai colocar um preposto seu de vice para sair para disputar o Governo e seguir mandando na Prefeitura de Mossoró.

Pelo menos esses são os planos do burgomestre mossoroense. Planos que conflitam com os sonhos de Marinho.

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Matéria

Valdemar lança Rogério ao Governo do RN

Tribuna do Norte

O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, participa de eventos do PL no Rio Grande do Norte. Na manhã desta sexta-feira (1º), no hotel Holiday Inn, o dirigente partidário esteve ao lado de nomes da legenda no estado e falou sobre as pretensões do partido para as próximas eleições. O projeto do PL, segundo ele, é fazer quase um terço de todos os prefeitos do Rio Grande do Norte e vencer a disputa pelo Governo do Estado com Rogério Marinho como candidato.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News Natal, Valdemar da Costa Neto falou sobre a importância da plataforma Academia Brasileira de Política Conservadora, que visa difundir o conhecimento sobre esse direcionamento político junto à sociedade. O lançamento no Rio Grande do Norte, inclusive, foi porque a ideia da plataforma foi do senador potiguar.

“Quem organizou essa plataforma foi o Rogério Marinho. Estávamos discutindo que deveríamos lançar por Brasília, para chamar todos para lá. Mas ele quis lançar em sua terra, que é o Rio Grande do Norte. É uma plataforma importante para saber o que é direita. Vamos implementar essa plataforma e vamos entrar por partes. A população tem que entender o conservadorismo. Depois, vamos fornecer, para cada área, uma explicação específica do assunto”, explicou o dirigente partidário.

Sobre as projeções para as eleições municipais de 2024, Valdemar da Costa Neto foi ousado: “Devemos fazer aqui no Rio Grande do Norte próximo de 50 prefeitos”, disse Costa Neto. Segundo ele, haverá um fortalecimento da legenda no estado e um trabalho voltado também para que o PL faça o próximo governador.

“Temos o Rogério Marinho no comando e ele terá uma vantagem, porque terá uma dedicação maior dos deputados (do PL) e porque ele vai disputar o Governo do Estado, se for aprovado em convenção. Com isso, vai fazer com que o partido se estruture mais no Rio Grande do Norte. Com a vinda do Bolsonaro (para o PL), ele transformou o PL no maior partido do Brasil”, disse Valdemar da Costa Neto.

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Matéria

Rogério Marinho quer o RN no caos para surgir como “salvador da pátria”

O movimento contra a manutenção da alíquota modal de 20% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tem um líder: o senador Rogério Marinho (PL).

O objetivo é claro: mergulhar o Rio Grande do Norte no caos pelos próximos anos com salários atrasados, greves e piora nos serviços públicos.

Aí ele surge como solução para os problemas dizendo que o problema é a Caern, a Potigás, a UERN e que vai vender tudo para pôr ordem na casa sacrificando ainda mais os servidores estaduais.

É assim que ele quer se eleger governador e colocar no senador o empresário Flávio Azevedo, dono da Tribuna do Norte.

É um projeto bolsonarista de poder.

O foco é de curto prazo. Em longo prazo o Rio Grande do Norte ficará prejudicado quando as novas regras da reforma tributária entrarem em vigor. Estados governados por bolsonaristas como São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná já estão aumentando o ICMS para não perderem recursos.

Rogério e seus liderados na Assembleia Legislativa sabem disso e não estão nem aí.

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Reportagem

Rogério se movimenta para ter peso nas eleições de Natal, Mossoró e influir na oposição a Fátima na Assembleia

O senador Rogério Marinho (PL) sabe que tem um déficit de carisma e que em 2026 não terá a seu lado a máquina federal azeitada com orçamento secreto e o tratoraço da Codevasf, mas lhe sobra capacidade de articulação política e a fidelização do eleitorado bolsonarista.

Sem contar os fundos eleitoral e partidário do PL, além da grana dos empresários que lhe são eternamente gratos pelo empenho nas reformas da previdência e trabalhista.

O foco é conquistar o Governo do Estado e deixar no Senado o empresário Flávio Azevedo, seu suplente.

Por isso, Rogério já trabalha politicamente.

O primeiro passo foi tomar o PL das mãos do moderado João Maia, que agora está no comando do PP.

O segundo é radicalizar o partido no rumo do bolsonarismo para fidelizar um terço do eleitorado, o que lhe garante a passagem para o segundo turno. Mas para vencer as eleições é preciso mais e Rogério sabe que é necessário apoio político e estrutura. Para isso, Natal e Mossoró são fundamentais.

Na capital, a disputa está em aberto, apesar do favoritismo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD). Alves já foi prefeito quatro vezes, é malvisto pela elite política e lidera por recall, podendo ser descontruído na campanha. Há margem para a direita vencer na capital e Rogério trabalha bem para unir contendo o bolsonarismo e lançando um nome mais moderado.

Esta semana ele reuniu os nomes da direita moderada e da extrema-direita. Ficou acertada uma candidatura única na capital.

Ponto para Rogério.

Em Mossoró, a meta é mais complicada. Não há um nome viável do PL. Então o objetivo é montar uma nominata forte para a Câmara Municipal e se cacifar para reivindicar a indicação do vice do prefeito Allyson Bezerra (União).

O entrave é que Allyson tem planos para 2026, e se for disputar o Governo vai querer colocar um preposto no cargo para não correr o risco de ser traído no futuro.

Em outra ponta Rogério precisa enfraquecer a governadora Fátima Bezerra (PT) e a Assembleia Legislativa é fundamental. Hoje o PL só tem dois deputados: Coronel Azevedo e Terezinha Maia. O primeiro é um bolsonarista fanático e a segunda é uma parlamentar ligada ao grupo da senadora Zenaide Maia (PSD), uma aliada da governadora que está em crise com a petista.

Marinho precisa de mais gente e trabalha para ampliar seu poderio. Ele já acertou a ida do deputado Luiz Eduardo, que vai sair do Solidariedade. Ele também está indo para cima do PSDB, do presidente da casa Ezequiel Ferreira. Ele quer tirar de lá quatro parlamentares: José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome.

O entreve é uma resolução nacional do PSDB que proíbe a assinatura de cartas de anuência para liberar as saídas de vereadores e deputados estaduais. Aí será necessária uma briga judicial para sair do partido.

Rogério está se mexendo pensando em 2026.

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Análise

Allyson adota estratégia da década retrasada para confronto com a Caern de olho em narrativa para reeleição

Na década retrasada, Mossoró vivia como hoje problemas de abastecimento d’água, e a então prefeita Fafá Rosado (na época no PFL que virou DEM e atualmente é o União Brasil) se preparava para a reeleição buscava um tema se blindar dos adversários.

Fafá gozava de boa popularidade e estava longe de estar a frente das articulações políticas de seu grupo. Quem tocava isso era o irmão e chefe de gabinete Gustavo Rosado.

A Prefeitura de Mossoró, que já tinha renovado o contrato de concessão com a CAERN em 2005, ameaçava romper o acordo por causa da crise abastecimento. O assunto tomou conta das manchetes da mídia parceira e colocava a Fafá como defensora do povo.

A então governadora Wilma de Faria (na época no PSB) vinha de uma tentativa de construção de convivência institucional com Fafá. Tinha firmado com ela uma parceria que resultou no prolongamento da Avenida Rio Branco, com destaque para a construção da Praça da Convivência, uma das heranças da gestão de Fafá.

Mas a candidata de Wilma era a então deputada estadual Larissa Rosado (na época no PSB). Então bater na Caern era bater no governo Wilma e por tabela em Larissa.

Por mais insano que fosse, ameaçar romper o contrato, que está vigente até 2025, era pura estratégia política. Fafá tinha uma reeleição pela frente e a sua principal líder política, a então senadora Rosalba Ciarlini (DEM) se preparava para disputar o Governo em 2010 fazendo oposição ao esquema político de Wilma.

Agora o prefeito Allyson Bezerra (União), conhecido pelo estilo modernoso das redes sociais, adota uma tática da década retrasada. Após fazer uma crispação com o Governo do Estado tratando de uma dívida que não se sustentou nos fatos e resultou na revelação de uma dívida milionária do município com a Caern, o prefeito se viu nas cordas no debate público.

Na semana passada, ele recebeu o presidente da Caern Roberto Sérgio Linhares. Na pauta um pedido de liberação de um terreno para a construção de dois reservatórios elevados para receber águas da adutora Apodi Mossoró. O pedido foi negado. O prefeito chegou a sugerir a troca da cessão pelo perdão da dívida, o que se configuraria numa venda. Trata-se de uma obra de R$ 100 milhões que visa acabar a dependência de Mossoró do serviços de poços para o abastecimento d’água.

Temendo a repercussão negativa, o prefeito recorreu ao vereador Francisco Carlos (Avante). Nos tempos de Fafá, Francisco Carlos era conhecido como “super secretário” devido a quantidade de poder que acumulou. O parlamentar resgatou a estratégia da década retrasada e logo propôs antecipar a discussão sobre a concessão da Caern em Mossoró.

A tática é a mesma. Se nos anos 2000 não colou juridicamente, não vai colar nos anos 2020 por causa da Lei Complementar Estadual 682/2021, que estabelece que o serviço de concessão é negociado pela microrregiões e Mossoró está inclusa na Microrregião Central Oeste. Não cabe ao prefeito decidir sozinho pela antecipação.

A tática pode ser velha, mas a legislação é nova.

A ideia é confrontar o Governo do Estado com a tática da década retrasada de olho na eleição do ano que vem quando o prefeito pode enfrentar a deputada estadual Isolda Dantas do PT da governadora Fátima Bezerra e do presidente Lula da Silva.

Allyson sonha se reeleger com facilidade em 2024 como trampolim para disputar o Governo do Estado em 2026. Se Fafá fez por ela e Rosalba, Allyson faz por ele em dose dupla.

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Artigo

Fala de Jean sobre candidatura ao Governo é “música para os ouvidos de Fátima”

Na política é preciso ir além do declaratório e a fala do presidente da Petrobras Jean Paul Prates (PT) na entrevista ao Roda Viva sobre o “plano zero” de disputar o Governo do Rio Grande do Norte tem muito mais coisas nas entrelinhas.

Primeiro que Jean é presidente da maior empresa do Brasil e a eleição é só daqui há três anos. Neste momento ele está retomando os investimentos da estatal no Rio Grande do Norte e precisa afastar qualquer viés eleitoral dos movimentos empresariais.

Dizer que tem planos de disputar o Governo agora seria desastroso. Jean foi hábil neste aspecto e mais hábil ainda quando disse que nenhum movimento político depende dele, mas do partido.

O presidente da Petrobras mostrou que entende como o PT funciona. É um partido de verdade, com decisões coletivas, apesar de ter em nível nacional um líder inconteste, o presidente Lula da Silva, e no Rio Grande do Norte ter uma líder também inconteste, a governadora Fátima Bezerra.

Fátima já andou cogitando ficar no mandato até o final, abrindo mão de disputar o Senado para conduzir a própria sucessão, isso é a senha para uma candidatura petista ao Governo do Estado. Jean sabe que isso acontecendo ele é o primeiro da fila e daí ele entrega qualquer decisão ao partido, leia-se Fátima e Lula.

A fala dele foi música para os ouvidos da governadora que já mostrou que não vai renunciar ao controle da sucessão em 2026.

Por outro lado, Jean lembrou do passado de lutas no movimento estudantil ao lado de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, fundadores do PDT. O presidente da Petrobras colocou aliados seus no comando estadual do partido no Rio Grande do Norte.

Não deixa de ser um aviso de que ele tem plano B.