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Editorial

Hoje é democracia ou barbárie

O povo vai as urnas escolher o presidente do Brasil e os governadores de 12 estados que ainda estão com segundo turno.

É a eleição mais importante de nossas vidas pelo simples fato de estarmos entre a democracia e a barbárie.

Não é sobre quem roubou ou deixou de roubar mais. Para cada mensalão temos o Tratoraço da Codevasf. Para cada Petrolão temos o orçamento secreto com pitadas de propina de um real por vacina e o esquema dos pastores no Ministério da Educação.

Temos dois projetos de país frente a frente.

Um é inclusivo, construiu universidades, fez mais de 100 escolas técnicas, tirou 40 milhões da pobreza, virou referência mundial no combate a miséria, o respeito as instituições, levou o país ao pleno emprego pela primeira vez, investiu em ciência e tecnologia, reduziu o desmatamento da Amazonia e fez o Brasil ser respeitado no planeta.

Do outro temos a volta da fome, o desrespeito as minorias, o desmantelamento da educação, a retirada de direitos trabalhistas, o negacionismo da ciência, o deboche com as mortes por covid, a predação ambiental, a desmoralização do Brasil no exterior, o desprezo pelos pobres, o preconceito, a incivilidade na política, a fábrica de crises institucionais e o desmantelo com as contas público com um abuso da máquina pública jamais visto em eleições presidenciais no Brasil.

De um lado temos quem foi preso num processo com um juiz comprovadamente parcial e sem provas (você sabe qual obra Lula ajudou a sair do papel em troca de propina?), aceitou as regras e lutou dentro da institucionalidade para voltar a ser livre e disputar as eleições. Do outro temos quem desmantela a estrutura institucional e democrática do país seguindo o roteiro do livro “Como as Democracias Morrem” para, caso eleito hoje, tentar fechar o regime.

Lula quando presidente escolhia o procurador geral da república com base em uma lista tríplice elaborada pelos subprocuradores e sempre nomeando o primeiro colocado. Bolsonaro ignora esta regra não escrita da democracia e nomeou um promotor que atua como seu advogado. Lula deu autonomia a Polícia Federal nas investigações e suportou os escândalos enquanto Bolsonaro muda o delegado que contrariar seus interesses.

De um lado tem quem criou a lei de acesso a informação e o portal da transparência. Do outro temos quem coloca sigilo de 100 anos em tudo que possa lhe causar constrangimento. Nem o cartão da vacina escapou.

De um lado tem quem defende um estado laico e o respeito a todas as religiões. Do outro temos quem abusa da fé do povo para tirar proveito político com o aparelhamento das igrejas evangélicas.

A escolha de hoje é muito fácil e esta página não vai se omitir quando o que está em jogo é a democracia. Não existe imparcialidade quando existe o risco de o país entrar numa aventura autocrata.

É Lula ou ditadura!