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CNJ pauta para amanhã julgamento sobre sobras orçamentárias do TJRN

Blog do BG

O Conselho Nacional de Justiça pautou para esta terça-feira (20), o julgamento de procedimento movido pelos juízes do Rio Grande do Norte contra o Tribunal de Justiça.

A expectativa é que o mérito da matéria que pode interferir a forma como o TJRN recebe seus duodécimos seja definido. Há liminar no caso desde o fim de maio.

A ação se deu na esteira da intenção do ex-presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio Santos, que anunciou que o Judiciário emprestaria R$ 100 milhões ao Executivo.

Os juízes reclamaram ao CNJ através de sua associação, a Amarn, e defenderam que o Estado não tem lei autorizativa para tal empréstimo e que os recursos repassados aos poderes devem manter a vinculação de destinação.

Parcialmente, o CNJ determinou em liminar que todos os recursos que não tenha vinculação ao orçamento do Tribunal de Justiça retornem para o Tesouro do Estado.

Caso não sejam devolvidos, devem ser deduzidos dos duodécimos.

Isso não significa, no entanto, permitir que o Executivo utilize os recursos. A decisão do CNJ não pode alcançar outro poder que não o Judiciário.

Caberia discussão sobre o que pode ser feito com o dinheiro que retorna ao Tesouro, fonte de onde saem os duodécimos de todos os poderes.

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CNJ adia julgamento de recurso por 10 vezes em três meses e definição sobre devolução de sobras orçamentárias do TJ se arrasta

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Conselheira do CNJ já determinou devolução de sobras orçamentárias ao Estado

Entre 7 de março e 19 de junho deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adiou por 10 vezes o recurso da decisão da conselheira relatora Daldice Santana que determinou que as sobras orçamentárias do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte fossem devolvidas ao Tesouro Estadual.

A decisão da Conselheira se deu no dia 29 de maio de 2017 (decisão na íntegra AQUI). O processo está pronto para julgamento desde 7 de junho de 2017.

A ação, denominada de Procedimento de Controle Administrativo, foi movida no CNJ em 2016 pela Associação dos Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN), que questionava os repasses ao Executivo sugeridos pelo então presidente do TJ, Cláudio Santos. Na decisão, a conselheira Daldice Santana determinou que “os recursos decorrentes de sobras orçamentárias do TJRN, livres de compromisso e não vinculados aos Fundos administrados pelo Tribunal, constituem-se recursos diferidos e pertencentes ao Tesouro do Estado e não ao Poder Executivo, devendo ser devolvidos ao Tesouro ou deduzidos dos duodécimos do exercício seguinte, desde que haja, nesse exercício, recursos a receber na mesma fonte”.

Esse processo é que vai definir ao final se haverá ou não a devolução das sobras acumuladas. Em 2016, o então presidente do TJ, Cláudio Santos, chegou a dizer que judiciário estadual tinha em caixa quase R$ 500 milhões em sobras acumuladas nos últimos anos, montante este que, de acordo com o fórum dos servidores estaduais, seria suficiente para colocar a folha salarial do Poder Executivo em dia, a qual está sendo paga em atraso há mais de 2 anos.

Segue abaixo as datas do adiamento

7 de março de 2018

20 de março de 2018

3 de abril de 2018

25 de abril de 2018

9 de maio de 2018

15 de maio de 2018

23 de maio de 2018

29 de maio de 2018

5 de junho de 2018

19 de junho de 2018