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Prefeitura de Assu promove seminário sobre combate ao racismo

A Prefeitura de Assú, por meio da Secretaria de Assistência Social, realizou hoje o seminário “Igualdade e Respeito: evento de luta contra a discriminação racial”. O evento teve como objetivo reforçar a promoção da igualdade e o combate ao racismo na cidade.

O seminário contou com a presença de membros da Secretaria de Assistência Social, entidades, líderes sociais e a comunidade em geral, demonstrando o compromisso compartilhado na luta contra a discriminação racial.

A prefeitura de Assú está empenhada em implementar políticas públicas que promovam a igualdade racial em todas as esferas. Além disso, investe em garantir acesso igualitário a oportunidades de crescimento e desenvolvimento para todos os cidadãos.

O evento é uma oportunidade de ampliar o debate sobre o tema e garantir direitos fundamentais de todo o cidadão.

“A luta contra a discriminação racial é uma responsabilidade compartilhada, e este evento representa o compromisso da nossa gestão em promover a igualdade e combater o racismo em nossa cidade”, destacou o prefeito Gustavo Soares.

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Mulher que denunciou vizinhas em condomínio da Zona Sul de Natal por racismo e lesão corporal está em casa de parentes

Por Mirela Lopes, da Agência Saiba Mais

Assustada desde que foi agredida por duas vizinhas na última quarta (7), Flávia Carvalho, uma gerente de vendas de 36 anos, deixou o apartamento num condomínio no bairro de Candelária, na Zona Sul de Natal, onde morava com as duas filhas, e está na casa de parentes.

Flávia, que registrou dois boletins de ocorrência (BO), sendo um por injúria racial e outro por lesão corporal, vai processar as vizinhas. Além dos BO’s, ela também fez exame de corpo de delito, para que fossem averiguadas as agressões sofridas.

Antes mesmo de sair de casa, a vítima já havia registrado uma das vizinhas, fazendo ameaças em sua porta. Foi ao sair pra o trabalho que ela foi abordada pela mãe e agredida pela filha.

Ontem [na quarta], armaram uma emboscada na minha saída de casa pro trabalho. Fui surpreendida, enquanto esperava o elevador. Suedja subiu pelas escadas, acionada pela mãe Regina, que neste momento me xingava e me distraia até a chegada da filha. Suedja me atacou pelas costas, de surpresa, me derrubou. Ao chão, Regina me puxava pelos cabelos e me segurava pelos ombros, enquanto Suedja proferia golpes no meu rosto e me dizia que ‘uma negra nojenta como eu não merecia morar ali, que não era bem vinda, que ia aprender a respeitar’. Eu, em choque, só pensava em manter a porta do elevador aberta pra conseguir sair dali”, relatou Flávia, que também utilizou as redes sociais para denunciar o caso.

Parte das agressões foram registradas pela câmera do circuito interno de segurança do elevador.

Flávia conta que mora no mesmo condomínio há cinco anos e que sempre manteve bom relacionamento com moradores, vizinhos e membros da administração. Mas, desde que registrou uma reclamação por barulho no livro de ocorrências do condomínio, passou a ser perseguida pelas mulheres: Regina dos Santos Araújo, que mora no mesmo andar de Flávia e é mãe da outra agressora, e Suedja Marcia dos Santos Araújo, que mora na mesma torre da mãe e de Flávia, porém, em um andar diferente.

Na manhã desta sexta (9), Flávia prestou depoimento à Polícia Civil. A previsão da penalidade para os crimes de injúria racial e de lesão corporal é de três anos de detenção. O caso foi registrado na 10ª Delegacia de Polícia Civil, na Zona Sul da capital.

Veja o vídeo:

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Governadora atende demanda de Isolda anuncia criação de delegacia de combate ao racismo

A governadora Fátima Bezerra anunciou nesta segunda-feira, 20, a criação de um Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade na Polícia Civil. O departamento cria uma série de delegacias especializadas. Dentre elas, está a de combate ao racismo, solicitada pela deputada Isolda Dantas (PT).

O departamento tem o objetivo de integrar delegacias específicas para casos de violência contra grupos vulneráveis, como negros, mulheres, LGBTS e pessoas com deficiência. Além disso, também foi criado um núcleo de atendimento psicossocial para as vítimas. “Nós estamos dando um passo hoje muito importante. A criação desse departamento de proteção aos grupos em situação em vulnerabilidade social significa dizer não a barbárie e sim a civilização. É disso que se trata”, declarou Fátima nesta segunda-feira.

Além de reunir delegacias já existentes, como a especializada no atendimento à mulher e a criança e adolescente, cria as delegacias para proteção da pessoa com deficiência, de combate ao racismo e o pronto atendimento a grupos em situação de vulnerabilidade.

A delegacia de combate ao racismo foi uma solicitação feita pela deputada estadual Isolda Dantas (PT) em maio deste ano. Isolda chegou a se reunir com a equipe da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesed) para discutir a possibilidade da criação da delegacia, que recebeu e considerou a demanda.

Na última quinta-feira, 16, a deputada voltou a solicitar a criação da delegacia. Esse pedido aconteceu após um quilombola ser amarrado e espancado por um comerciante no município de Portalegre. “A criação desse departamento junto com a criação da delegacia de combate ao racismo é muito simbólica. Não podemos ficar indiferentes ao que aconteceu em Portalegre, não podemos ficar indiferentes em ver um ser humano torturado”, afirmou a deputada Isolda.

Para Isolda, a criação da delegacia é urgente devido ao número de denúncias de racismo recebidas pelo mandato. “Nos dois anos de mandato que nós temos, esse número de denúncias por racismo aumentou. Muitas pessoas não procuram a Polícia Civil porque temem não serem atendidas corretamente. E, quem denuncia, geralmente não é atendido corretamente”, disse Isolda.

“Isso mostra a necessidade de uma delegacia especializada no combate ao racismo. É preciso que o Estado olhe para o racismo como de fato ele é: um crime. E investigue os crimes de racismo corretamente”, concluiu a deputada.

Para a governadora Fátima, a criação desta política é resultado de uma gestão comprometida com as pautas sociais aliada a um corpo técnico qualificado. “O Rio Grande do Norte nesse momento se soma a um seleto grupo de apenas cinco Estados que instituem pautas civilizatórias como estamos fazendo nesse exato momento”, disse.