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Seis tornozelados são presos durante operação da SEAP por descumprirem regras da prisão semiaberta

Uma operação de fiscalização da Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), deflagrada entre a noite da segunda-feira (27) e a madrugada desta terça-feira (28), nas zonas Sul e Oeste de Natal, resultou na prisão de cinco detentos do regime semiaberto monitorados com uso de tornozeleiras eletrônicas. Quatro descumpriram as regras do monitoramento e um, era foragido da Justiça, com mandado de prisão em aberto.

Policiais de Central de Monitoramento Eletrônico (CEME) intensificaram as inspeções externas dos monitorados com o equipamento de rastreamento. Ontem, sob supervisão da CEME e da Coordenadoria Executiva de Administração Penitenciária (COEAPE), um efetivo de 44 servidores em 11 viaturas, saturou os bairros Planalto, Felipe Camarão, Guarapes e Vila de Ponta Negra, averiguando a situação dos tornozelados.

No bairro do Planalto, três monitorados que estavam violando as medidas impostas pela decisão judicial foram recolhidos. Segundo sentença da 1ª Vara das Execuções Penais, eles deveriam estar recolhidos ao domicílio às 20 horas. Nas ruas, acabaram presos. A Polícia Penal seguiu os procedimentos formais de realização dos exames de corpo de delito, no Instituto Técnico Científico de Perícia (ITEP) e, depois, recolheu os envolvidos até a carceragem do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, onde eles ficarão à disposição da Justiça.

Em Felipe Camarão, além de um tornozelado detido por violar as regras do monitoramento, um outro acabou flagrado com mandado de prisão em aberto, sendo considerado foragido da Justiça. Nos demais bairros alvos da fiscalização não foram detectadas violações.

A SEAP mobilizou, além de policiais da CEME e da COEAPE, efetivo do Departamento de Operações Táticas (DOT), Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo de Escolta Penal (GEP), Grupo Penitenciário de Operações com Cães (GPOC), Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga e Cadeia Pública Dinorá Simas.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Seap.

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Editorial

Insistir em fake news é colaborar com os bandidos

Parte da mídia potiguar tem apostado no quanto pior melhor não importando os custos disto para a sociedade do Rio Grande do Norte que sofre há uma semana com ataques terroristas. Já são mais de 50 municípios com pelo menos uma ocorrência registrada.

As facções criminosas têm a seu favor o fator surpresa e é papel da mídia contribuir não atrapalhando o trabalho das polícias. Enquanto os policiais se desdobram para conter a onda criminosa, boa parte dos colegas disparam informações falsas, erros jornalísticos por atropelos na apuração e divulgam cartas apócrifas atribuídas ao comando do Sindicato do RN, a facção criminosa que atua para espalhar o terror no “sofrido elefante”.

Parte da imprensa age realmente de má fé. Outra parte está numa busca desenfreada para dar uma satisfação ao público de que não “passa pano” para a governadora Fátima Bezerra (PT) e nesse objetivo é que muitas vezes gente séria se mistura com os canalhas que querem tirar proveito da situação.

Esta página tem feito a parte dela evitando veicular documentos apócrifos, divulgando vídeos e informações checando após conversar com as fontes e tomando o devido cuidado para não colaborar com os criminosos.

Aqui não quero atacar o trabalho de nenhum colega em específico, mas dar um alerta sobre os procedimentos neste tipo de crise.

O caso que mais incomodou de ver foi o tratamento dado a informação sobre o artefato explosivo estourado na ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal. A forma como a história foi repassada ao público dava a entender que uma bomba explodiu a ponte. Depois de esclarecido que se tratava de um objetivo constituído de pólvora prensada que se limitou a fazer um grande estrondo, logo surgiu uma nova confusão: usaram imagens da ponte como prova do potencial lesivo da ameaça da noite da terça-feira, dia 21. Uma ligação para a STTU esclareceria de que se tratava de um problema antigo. Hoje foi necessário o comando do Itep informar que uma perícia descartou dano ao explosivo.

Mesmo com o esclarecimento muitos não apagaram as postagens. Outros fizeram retratações tímidas e mantiveram a postagem original como se não acreditassem no trabalho dos peritos.

Quem achou que espalhando esse tipo de desinformação estava atuando para desgastar a governadora contribuiu para semear o pânico na população e fortalecer a causa dos criminosos.

Ficaremos apenas nesse exemplo para reforçar: espalhar

fake news é fortalecer os bandidos.

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Editorial da Folha de S. Paulo aborda crise no RN e critica proposta de GLO

A Folha de S. Paulo publicado nesta quarta-feira tratou da crise de segurança no Rio Grande do Norte que classificou como “reação bárbara dos facínoras” ao se referir as alegações do Ministério Público de que a onda terrorista no Estado é motivada por insatisfações dentro dos presídios.

O texto ainda aborda a proposta do senador Styvenson Valentim (PODE) de instaurar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para conter os ataques. “O pedido, no entanto, encontrou a objeção de Flávio Dino. Com razão, o ministro da Justiça ponderou que o emprego de fardados deve ser visto como espécie de remédio extremo para situações de colapso das demais tropas de segurança, o que está longe de ser o caso”, afirmou. “As Forças Armadas, vale lembrar, não têm vocação para cuidar da segurança pública. Utilizá-las amiúde no papel de polícia representa um duplo risco: o de abusos contra civis e o de cooptação de militares pelas facções criminosas”, complementou.

O editorial avaliou como acertada a decisão do ministro da justiça Flávio Dino de recorrer a Força Nacional de Segurança.

Confira o editorial AQUI.

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Oito ataques são registrados na terça-feira. Já são 300 atos terroristas em uma semana no Rio Grande do Norte

Ao longo da terça-feira foram registrados oito ataques terroristas no Rio Grande do Norte, totalizando 300 em uma semana de atos promovidos pela facção criminosa “Sindicato do RN”.

O ato que mais causou pânico foi a explosão de um artefato na ponte de Igapó, na Zona Norte de Natal. Segundo a Polícia Milita foi um “um recipiente com pólvora prensada, similar à fogos de artifício, que produziu um alto efeito sonoro com presença de fumaça”. Nenhum dano foi causado.

Em Canguaretama veículos foram queimados em uma garagem particular. A Câmara Municipal de Areia Branca foi alvejada por tiros. Em Parnamirim um ônibus que faz transporte alternativo foi incendiado, o mesmo acontecendo com uma van de transporte escolar, no bairro de Felipe Camarão. Ainda houve um caminhão que transportava refrigerantes incendiado em Macaíba, na Grande Natal.

Já são mais de 50 cidades alvos de atentados.

Reação

Até o momento são 168 suspeitos presos, sendo 18 na “Operação Normandia” e 15 na “Operação Sentinela”.

Já foram apreendidos:

42 armas de fogo;

5 simulacros de arma de fogo;

139 artefatos explosivos;

31 galões de combustíveis;

14 motos;

2 carros;

Dinheiro;

Drogas;

Munições;

Produtos de furto.

Com informações do G1RN.

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Apelo as fake news pela extrema-direita é falta de propostas e sinal de que Fátima virou o jogo na crise da segurança

A crise da segurança iniciada há uma semana no Rio Grande do Norte começou com o Governo do Estado titubeando e demonstrando fragilidade quando o secretário de segurança Coronel Araújo reconheceu que o serviço de inteligência sabia dos ataques.

Esta página segue a linha de que faltou competência para agir preventivamente embora haja quem discorde por entender que os mais de 100 ataques na madrugada do dia 14 poderiam ter tido um volume ainda maior.

Enfim.

A oposição, como era de se esperar, surfou na onda atacando a governadora Fátima Bezerra (PT). No entanto, na medida em que ela foi tomando as medidas necessárias, como acionar o Ministério da Justiça, criação do gabinete de crise, firmando parcerias com prefeitos e poderes e a onda foi diminuindo a oposição de extrema-direita ficou sem ter o que dizer.

Em vez de fazer uma crítica honesta sobre a não aplicação de mais de R$ 100 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) entre 2019 e 2022, preferiu insistir em pedidos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que se mostraram desnecessários.

Como bem pontuou o professor Daniel Menezes, no Blog O Potiguar, se a governadora cede as pressões por GLO demonstraria a mesma fraqueza de seus antecessores. “Ao contrário de gestões anteriores, Fátima não abriu mão do cargo e vem controlando a crise sem se afastar dele. Pode perceber, caro leitor, que depois que a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi recusada e os atentados terroristas foram praticamente a zero, a oposição silenciou. Há outro efeito a ser levado em conta. Sedimentou se a ideia de que os presos organizaram esses atos de violência porque o governo recusou regalias. Essa constatação coloca o governo como duro contra os apenados e que não tece acordo. É por aí que o grupo de situação estabelece um discurso para agir e manter a legitimidade”, escreveu.

Diante dos fatos e da falta de propostas e colaboração, a extrema-direita potiguar apostou em mais caos. Primeiro espalharam todo tipo de informações falsas sobre os ataques terroristas. Segundo apostaram na radicalização com a convocação de um protesto fracassado na frente da Assembleia Legislativa antecedendo um pedido de impeachment de Fátima Bezerra sem qualquer sustentação jurídica.

A aposta nas fake news esconde a falta de proposta dos extremistas de direita e é um sintoma de que a governadora está tomando as medidas corretas.

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Flávio Dino desmente que RN tenha devolvido recursos e avisa que R$ 100 milhões anunciados hoje “é dinheiro novo”

O ministro da justiça Flávio Dinho disse que os Estados tiveram dificuldades para usar os recursos federais do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) por causa do excesso de burocracia.

Além de desmentir o boato de que o Governo do Rio Grande do Norte tinha devolvido parte dos R$ 109,7 milhões que recebeu entre 2019 e 2022, Dino disse que mudou o formato da aplicação dos recursos antes mesmo da crise no Rio Grande do Norte. “São recursos do Fundo Nacional de Segurança que foram repassados aos Estados e não foram executados. Por isso que eu mudei a portaria porque do jeito que se encontrava era quase impossível usar esse dinheiro”, avaliou. “Havia a exigência de um plano de aplicação que tramitava às vezes por dois anos”, lembrou.

O Rio Grande do Norte foi o Estado que menos usou os recursos do FNSP, apenas 2,2% do total. Dos R$ 3,3 bilhões distribuídos, apenas 26% foi aplicado nos Estados.

Dino também acrescentou em outro trecho da entrevista coletiva que os R$ 100 milhões que anunciou hoje “é dinheiro novo” para conter a onda de ataques terroristas promovida pelas facções criminosas. “Em resumo: além dos recursos que a governadora tem e que estão liberado em razão da assunção da obra nós temos de dinheiro novo mais R$ 100 milhões”, acrescentou.

A governadora Fátima Bezerra (PT) disse que em nenhum momento devolveu recursos do FNSP. “Nessa gestão não houve devolução de recursos”, frisou.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 20 mar 2023 – A vinda de Flávio Dino ao RN e a redução dos ataques

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Medo nas ruas: bandidos levam a sério o terror e não estão para brincadeira

Por Emanoel Barreto*

As atitudes bárbaras e atrevidas dos criminosos que estão aterrorizando o estado nos passam uma mensagem; com esses atos eles dizem que têm potencial e capacidade para agir a qualquer tempo e hora, em qualquer lugar ou instante – e que suas ações serão sempre imprevisíveis e certeiras. Sintetizando, eles enfatizam que sua assertividade inclemente e hostil não terá limites na busca de intimidar e espalhar terror e chamas.

A partir dos presídios, dizem os noticiários, seus líderes costumeiramente conseguem enviar mensagens de convocação e orientação, como uma espécie de comando tático. Na verdade, o que os bandidos estão dizendo é o seguinte: eles são criminosos, não moleques, ou seja: eles se levam a sério, fazem bem-feito o seu serviço.

Esse o ponto de vista dos agressores: eles se gabam de sua expertise enquanto a autoridade age como se fosse moleque, pois não teria trabalhado direito. E tal situação se dá pelo fato de que, historicamente, a Segurança não consegue impedir que mensagens cheguem ou saiam das celas. Isso facilita às tenebrosas organizações criminais possibilidades de atitudes tão ostensivas.

Os bandidos reivindicam para si um inimaginável, espantoso senso de compromisso profissional; mais que isso: exigem deferência pelo medo que infundem. É como se dissessem que o crime é uma entidade séria, que respeita sua própria hierarquia e disciplina. E, enquanto as autoridades são dribladas, crescem a desordem e o medo.

Aparentemente, o aparelho policial do Rio Grande do Norte falhou em seu setor de inteligência, pois revelou-se incapaz de antecipar a ação coordenada e aterradora que se espalha. Ou seja: o crime organizado cumpriu o seu propósito, a polícia não.

Incrível: bandidos exigindo deferências à sua expertise criminal, sua ética enviesada, seus valores de confronto. A polícia, isso está claro, vem respondendo e está nas ruas. Mas valeria a pena ter frustrado esses atentados. Isso, se os serviços de inteligência tivessem ficado mais atentos.

*É jornalista com passagens pela Tribuna do Norte, Diário de Natal e TV Ponta Negra. É professor aposentado do curso de jornalismo da UFRN e atualmente edita o https://coisasdejornal.blogspot.com/.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

 

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Governo reúne prefeitos para tratar de ações conjuntas

O Governo do RN reuniu no final da manhã desta sexta-feira, 17, prefeitos de todas as regiões do Estado representados pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) para tratar de ações conjuntas e reforço policial no combate aos atos criminosos que vêm ocorrendo.

“Estamos muito atentos e é meu dever zelar pelo Estado. Reafirmo que tudo o que for necessário para garantir a paz e proteger a população, vamos fazer. Enfrentamos um problema que não é do Rio Grande do Norte, mas um problema nacional, porque as ordens para a violência partem de vários Estados. Então precisamos contar com a união de todos, já temos total apoio do Governo Federal e precisamos que os municípios atuem em conjunto para vencermos a crise”, afirmou a governadora Fátima Bezerra, ao lado do vice-governador, Walter Alves.

“Fiquem certos: não hesitaremos em tomar todas as medidas necessárias para defender a população e o patrimônio público e privado”, reforçou a Governadora aos prefeitos, secretários municipais, integrantes do sistema de segurança pública estadual, federal e municipal.

Os prefeitos concordaram em somar esforços. Álvaro Dias, prefeito de Natal, disse que toda a guarda municipal com reforço de pessoal da secretaria de mobilidade urbana vai se aliar à Polícia Militar na proteção aos transportes urbanos e à coleta de lixo, que, segundo ele, foi retomada no município.

Ficou acordado com os prefeitos que a Força Nacional de Segurança também irá atuar no interior do estado. A Governadora informou que os Estados vizinhos do Ceará e Paraíba estão enviando policiais, veículos e helicópteros para as áreas de fronteira. O secretário de segurança da Paraíba chegou no início desta tarde a Natal para tratar com a Secretaria de Segurança do RN detalhes das operações. Mais 30 viaturas com policiais da Força Nacional chegarão a Natal e se somarão às operações

A delegada geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, também ressaltou a crise como de Estado, não apenas do âmbito do RN, mas da federação. E pediu para a população contribuir com informações e denúncias pelos telefones 181 e 190. “Precisamos da união da sociedade contra o crime. O cidadão pode contribuir para mantermos o estado de direito e a segurança pública”.

Participaram da reunião os prefeitos: José de Figueiredo Varela (São José do Mipibu), Pedro Henrique Silva (Pedra Grande), Álvaro Dias (Natal), Reno Marinho (São Rafael), Marina Dias (Jandaíra), Luciano Santos (Lagoa Nova), Rivelino Câmara (Patu), Emídio Jr. (Macaíba), Ivanildo Albuquerque Filho (Timbaúba dos Batistas), Jussara Sales (Extremoz), Gilson Dantas (Carnaúba dos Dantas), Eraldo Paiva (São Gonçalo do Amarante).

Participaram os parlamentares: Natália Bonavides (deputada federal), Fernando Mineiro (deputado federal), Divaneide Basílio (deputada estadual). Também estiveram presentes Cel. Francisco Araújo (SESED), Carlos Eduardo Xavier (SET), Cel. Luiz Monteiro (CBM-RN), Ana Cláudia Saraiva (Polícia Civil), Allembert Ferreira Nunes, Sheila Freitas e Carlos Paiva (Secretaria de Segurança de Natal), Daliana Bandeira (STTU), Péricles Venâncio dos Santos (PRF) e José Torres (CMT Parnamirim).