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Com risco de ser destituída, reitora deixa crise de lado e vai a Israel

O Conselho de Administração da Universidade Federal Rural do Semiárido (Consad/Ufersa) aprovou na útilma quarta-feira, 28, o afastamento da reitora Ludimilla Oliveira para ir a Israel no período de 17 a 28 de julho.

Ela vai cumprir agenda na Bem-Gurion Universtiy of The Negev, Arava Institute Eviramental Reaserch e Welzmann Institute respectivamente nas cidades de Tel Aviv, Sedo Boker e Beesheva.

A reitora se afasta do cargo em meio a maior crise política da história da Ufersa em que ela enfrenta um processo de destituição do cargo após ter denúncia de plágio na tese de doutorado acatada por uma comissão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Na última terça-feira, 26, foi formada uma comissão que terá um prazo de 30 dias para apresentar um parecer sobre o pedido de destituição dela do cargo formulado pela Adufersa e DCE.

Como o prazo final para o parecer é 26 de julho e a viagem se encerra no dia 28, a reitora estará fora do país quando o seu futuro for decidido.

Esta é a segunda viagem dela a Israel este ano. Ela esteve no país em janeiro.

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Denúncia gera movimento de bastidores para derrubar reitora da UFERSA

No ano de 2022, a reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) Ludimilla Oliveira realizou duas viagens internacionais sem a devida autorização do Conselho Universitário (CONSUNI) em desacordo com o artigo 55 da portaria Nº 204, de 6 de fevereiro de 2020 que delegou aos conselhos universitários a autorização dos reitores para viagens internacionais.

Diz o trecho da portaria:

Art. 55. Fica subdelegada competência aos conselhos superiores das universidades federais ou equivalente das instituições integrantes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para autorizar o afastamento do País de seus respectivos dirigentes máximos.

Segundo o Blog do Barreto apurou, a reitora que tem uma crise de legitimidade por ter sido a terceira colocada nas eleições de 2020, mas ainda assim foi nomeada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), tem dificuldades no relacionamento com o Consuni e optou por uma manobra em que a viagem foi autorizada pelo vice-reitor Roberto Vieira Pordeus (ver AQUI e AQUI).

Assim ela foi ao Paraguai entre os dias 19 de setembro e 22 de setembro de 2022 para encontro na embaixada de Taiwan, capital Assunção. Já em 7 de janeiro deste ano, ela participou de missão internacional a convite do Professor Noemi Tel-Zur da University of the Negev The French Associates Institute for Agriculture and Biotechnology of Dryland. A alegação é de que ela discutiu parcerias através de convênios com a Universidade Bem-Gurion, a Universidade Hebraica de Jerusalém.

Ludimilla ficou em Israel até o dia 15.

No final da semana passada o Consuni solicitou por escrito esclarecimentos sobre a viagem oficial sem a devida autorização dos conselheiros. O pedido também prevê uma auditoria acerca das diárias pagas nas viagens.

O caso pode render desde um processo por improbidade administrativa até um pedido de afastamento que pode chegar ao Ministério da Educação em Brasília. A medida extrema está sendo discutida nos bastidores da oposição.

O Blog do Barreto entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da UFERSA que informou que a reitora dará a resposta no momento oportuno ao Consuni.