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Confiança do empresariado potiguar é a maior em cinco anos

A confiança do empresário industrial potiguar aumentou significativamente em novembro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 59,7 pontos este mês, o que representa aumento de 5,6 pontos na comparação com outubro. Com esse crescimento, o ICEI alcançou o patamar mais elevado desde fevereiro de 2013 – período anterior à crise econômica -, quando o indicador chegou a 60,3 pontos. Além disso, o ICEI chega ao quarto mês consecutivo de resultados positivos, acumulando alta de 10,3 pontos no período. A análise dos componentes do ICEI mostra que o índice melhorou por conta tanto das condições correntes de negócios, menos negativas, como das perspectivas para os próximos seis meses, mais otimistas. A pesquisa mostra ainda que os empresários de todos os portes e segmentos industriais do Rio Grande do Norte estão confiantes.

Quanto ao ICEI nacional, a tendência também foi de aumento da confiança. De acordo com a CNI, o ICEI subiu 9,5 pontos, passando de 53,7 para 63,2 pontos, mostrando que os empresários estão mais confiantes do que no mês anterior. Com isso, o indicador atingiu o maior valor desde setembro de 2010, quando registrou 63,3 pontos. A confiança dos industriais cresceu significativamente na passagem de outubro para novembro, entre todos os portes de empresa, segmentos industriais e regiões do país. A distinção em relação ao ICEI potiguar está em que o indicador nacional mostra que os empresários estão confiantes tanto no que diz respeito às condições atuais, quanto em relação aos próximos seis meses. A confiança potiguar, por sua vez, continua restrita às expectativas.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO ICEI FIERN

Para maiores informações sobre o ICEI nacional, favor acessar o link:

http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/icei-indice-de-confianca-do-empresarioindustrial/

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Heróis da resistência

Por Amaro Sales de Araújo*

Apesar do Estado, a indústria nacional industrializou o Brasil. Sobreviveu, cresceu, e ajudou a transformar o país numa potência econômica no cenário internacional. Impossível se pensar no Brasil atual, sem reconhecer, em todas as áreas este legado.

Os industriais nacionais resistiram a inúmeros planos econômicos desastrosos; a inflações estratosféricas; ao cerco das licenças ambientais; medidas regulatórias e fiscalizações draconianas; ao chamado “Custo Brasil”; à burocracia (chegamos ao ponto de ter um “Ministério da Desburocratização”!), e ajudaram a inscrever o país como oitava economia do mundo. Infelizmente, muitos ficaram pelo caminho.

No entanto, apesar do generalizado ambiente hostil aos negócios, o setor empresarial nacional tem avançado. Os números mostram a pujança e importância deste segmento para a economia. A indústria, como um todo, representa 18,5% do PIB (1,2 trilhão de Reais); responde por 51,3% da receita de exportação (111,7 bilhões de dólares); por 68% da pesquisa e desenvolvimento do setor privado e por 32% dos tributos federais (exceto receitas previdenciárias).

Para cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,32 na economia como um todo. Nos demais setores, o valor gerado é menor: R$ 1,67 na agricultura e R$ 1,51 nos comércio e serviços. A indústria contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira; emprega 9,4 milhões de trabalhadores; e é de 20% sua participação formal no país.

Nesse contexto, chama atenção a força, coragem e criatividade do microempreendedor. O país conta hoje com 11.835.084 empresas ativas. Desse total, 99% são Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e MEIs. As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (19 milhões).

Este ano, apesar da crise, o número de empresas optantes pelo Simples chegou a 11,4 milhões, sendo 6,6 milhões de MEI e 4,8 milhões de ME e EPP. Segundo dados do Sebrae este ano, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) criaram 330 mil postos no período de 2017.

Somente o desconhecimento desses números pode levar alguém a diminuir a importância desse segmento para o país e menosprezar a epopéia em que se transformou ser empresário no Brasil.

Costuma-se dizer, com razão, que “O Brasil não é para amadores”. Os empresários que o digam! Esses anônimos “heróis da resistência” tem resistido como podem e jamais se negaram a dar sua contribuição para desenvolver o país.

Não defendemos privilégios para este ou aquele setor específico, mas regras claras e ambiente de negócio favorável. Defendemos, sim, a Democracia liberal e a livre iniciativa, aliás, cláusulas previstas na nossa Constituição, e imprescindíveis ao Capitalismo sustentável e com responsabilidade social.

O setor industrial é um grande termômetro da nossa economia. Se ele vai mal, a economia sofre, se ele vai muito bem, a economia avança. Não existe mágica para o país retomar o rumo do crescimento. As “invenções da roda” tentadas tantas vezes na economia todos sabemos como acabaram.

Todos os países têm política industrial. Têm uma estratégia para fortalecer seu setor industrial. É só observar como os governos dos Estados Unidos e da China cuidam dos seus respectivos setores industriais. O Brasil também deve tê-la, sempre que possível de forma horizontal, e, claro, podem existir mecanismos, que podem constantemente ser avaliados e ajustados.

Nesse momento de transição governamental, é necessário bom senso, humildade e diálogo para juntos construirmos o Brasil que todos queremos. Independente de quem seja o presidente ou os ministros, temos que produzir, gerar emprego e renda para manter a máquina pública funcionando.

Juntos e voltados para os mesmos objetivos, podemos fazer um país melhor para todos; desunidos e sem rumo não chegaremos a lugar nenhum.

* É presidente da FIERN (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte) e do COMPEM/CNI (Conselho da Micro e Pequena Empresa)

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Mais de 20 mil potiguares ainda não sacaram abono salarial do ano-base 2016

O valor do Abono Salarial ano-base 2016 ainda disponível para os trabalhadores do Rio Grande do Norte chega a R$ 16,5 milhões. Ao todo, 21,6 mil pessoas com direito ao benefício ainda não retiraram o dinheiro no estado. O prazo máximo para o saque nas agências bancárias é 28 de dezembro e não haverá nova prorrogação. Depois desta data, o recurso retornará ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Em toda a região Nordeste, 317 mil trabalhadores ainda têm R$ 243 milhões a receber. O valor disponível em todo o Brasil chega a R$ 1,36 bilhão (veja tabela abaixo). São 1,85 milhão de trabalhadores que ainda não sacaram o benefício, o que corresponde a 7,56% do total das pessoas com direito ao abono de 2016.

Pode receber o abono salarial ano-base 2016 quem estava inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2016 com remuneração mensal média de até dois salários mínimos (R$ 1.908) e teve seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

A quantia destinada a cada trabalhador depende do tempo que ele trabalhou formalmente em 2016. Quem esteve empregado o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é de 1/12, e assim sucessivamente.

Trabalhadores da iniciativa privada devem procurar a Caixa Econômica Federal. A consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet (https://servicossociais.caixa.gov.br/internet.do?segmento=CIDADAO01) ou pelo telefone 0800-726 02 07. Para servidores públicos, a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet (https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/setor-publico/governo-federal/gestao/gestao-de-recursos/pagamento-de-ordens-bancarias,-salarios-e-beneficios/pasep/aplicativo-bb-pasep#/) ou pelo telefone 0800-729 00 01.

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Agropecuária puxa geração de empregos no RN

O Rio Grande do Norte encerrou o mês de setembro com saldo positivo de 1.726 empregos formais, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (22). O número representa uma alta de 0,41%, em relação a agosto. Foram 11.815 admissões e 10.089 desligamentos no período.

O setor que mais contribuiu para este resultado foi o da Agropecuária, com a criação de 723 novos postos de trabalho. Em seguida aparecem os segmentos da Indústria de Transformação, com 445 vagas, e de Serviços, com 384 novos empregos.

Desempenho nacional

O emprego formal no país apresentou crescimento durante o mês de setembro, de acordo com o Caged. O saldo positivo de 137.336 novas vagas representou um acréscimo de 0,36%, em relação a agosto.

Foram 1.234.591 admissões e 1.097.255 desligamentos no último mês em todo o país. O estoque de empregos no período alcançou 38.507.474 vínculos. Houve alta de postos de trabalho em 26 das 27 unidades federativas.

O Caged aponta que o saldo de janeiro a setembro teve um acréscimo de 719.089 vagas, o que representa alta de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 459.217 postos – variação positiva de 1,2%.

O crescimento foi registrado em sete dos oito setores econômicos. Foram 60.961 novos postos apenas em Serviços, o setor de melhor desempenho em setembro.

O segundo melhor saldo ocorreu no setor da Indústria de Transformação, que fechou o mês com saldo positivo de 37.449 vagas. Comércio veio em seguida, com a criação de 26.685 postos.

Também tiveram saldos positivos Construção Civil (12.481 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública – Siup (1.091 postos), Administração Pública (954 postos) e Extrativa Mineral (403 postos).  Apenas o setor da Agropecuária apresentou queda (-2.688 postos).

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Vice-presidente da FIERN debate exploração mineral

A Compensação Financeira pela Exploração de Minerais (CFEM) foi tema de palestra promovida pelo Sindicato da Indústria Cerâmica para Construção do Estado do Rio Grande do Norte (SINDICER-RN), na manhã desta quinta-feira (20), na Casa da Indústria, com a finalidade de esclarecer sobre a Lei 13.540, de 18 de dezembro de 2017, que faz a conversão da Medida Provisória nº 789/2017, e altera aspectos da exigência conhecida como CFEM.

Na abertura do evento, o presidente do SINDICER-RN, e vice-presidente da FIERN, Pedro Terceiro de Melo, falou sobre as dificuldades que a indústria cerâmica enfrenta com a estagnação do mercado no momento em que vive o país, e que o sindicato resolveu promover a palestra para debater a Lei com os empresários. “Queremos esclarecer o ceramistas sobre esta legislação e sobre como deve ser feito o cálculo da CFEM. Nosso foco é intermediar a relação entre a indústria e os órgãos reguladores”, afirmou.

Anteriormente, as Leis 7.990/89 e 8.001/90 estabeleciam em regra gerais, que a CFEM seria devida na venda do produto mineral, e seria calculada pela aplicação de uma alíquota sobre o faturamento líquido, compreendido como “o total das receitas de vendas, excluídos os tributos incidentes sobre a comercialização do produto mineral, as despesas de transporte e as de seguros” (aspas da redação anterior do art. 2º da Lei 8.001/90).

Com as alterações promovidas pela Lei 13.540/2017 (atual), a CFEM passou a ser exigido sobre a receita bruta deduzida dos tributos incidentes no caso de venda do bem mineral, o valor da primeira aquisição no caso de lavra garimpeira, entre outros, tema das palestras feitas pelo Superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM-RN) e pelo Técnico do DNPM-RN, José Romildo Ferreira dos Santos Júnior.

As dúvidas dos empresários convergem para quem deve recolher a CFEM, e como calcular. De acordo com Romildo Ferreira, que ficou de enviar a Lei para os presentes, quem paga é o explorador. “Quem recolhe a CFEM é o explorador, só paga quem vende a argila, o detentor oficial da lavra”, disse o técnico. Quanto ao valor de pauta, não ficou muito claro, porque de acordo com Romildo, alguns pontos ainda estão sendo definidos.

Participaram da reunião o presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Metais Básicos e Minerais não Metálicos do RN, Mário Tavares; o engenheiro Coordenador da Câmara de Geologia e Minas do CREA-RN, Júlio Cesar de Pontes; o vice-presidente do SINDICER-RN, Vargas Soliz Pessoa e demais diretores; além de vários empresários ceramistas e profissionais do setor.

Ao final da palestra o presidente do SINDICER, Pedro Terceiro de Melo, sugeriu que o setor o os órgãos reguladores se unissem, e que fosse criada uma comissão para ir ao Diretor Geral do DNPM, em Brasília, buscar soluções sobre os pontos de complicação que o setor enfrentará com a nova Lei.

VENDA – De acordo com a Lei, no caso da venda do bem mineral (argila), a base de cálculo passa a ser a receita bruta de venda, sendo deduzidos os tributos incidentes sobre sua comercialização. Assim, não estão previstas as deduções de transporte e seguro para a apuração da CFEM devida nesta hipótese de incidência.

CONSUMO – Para a hipótese de consumo, a base de cálculo deverá representar a receita bruta calculada sobre a comercialização do bem mineral beneficiado, sendo estabelecido por meio de referências no mercado local, regional, nacional ou internacional, ou, ainda, por meio de determinação de um valor de referência pela Agência Nacional de Mineração.

COMERCIALIZAÇÃO – A lei traz a previsão de transações comerciais entre empresas do mesmo titular, coligadas ou do mesmo grupo econômico, ampliando a hipótese de incidência até a destinação econômica final dada ao produto mineral. Caso a empresa detentora do direito minerário remeta o bem mineral para consumo em outro estabelecimento, a base de cálculo será apurada como definida no consumo. Se a empresa comercializar o bem mineral para posterior “revenda”, levando-se em conta estabelecimentos enquadrados na situação acima descrita, a base de cálculo será calculada com base no preço praticado na venda final.

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Diretor da FIERN destaca importância das pessoas na inovação

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) realizou neste dia 12, o Seminário Desvendar 4.0, que abordou o novo modelo industrial que está sendo implantado em todo mundo. “A máquina está aí para facilitar a vida humana. Tudo depende de como utilizamos. Porque inovação não se faz sem pessoas”, disse o Diretor de Inovação do Sistema FIERN, Djalma Barbosa Júnior, em sua participação na mesa redonda que aconteceu no evento, realizado simultaneamente em todos os departamentos regionais do SENAI nas Federações de Indústrias do país. Confira Galeria de fotos do evento no final.

A palestra magna foi realizada em vídeo conferência, transmitida também para as unidades do interior do Rio Grande do Norte. “O futuro nunca se engana, ele sempre chega” disse o SEO da Porto Digital, Sílvio Meira, especialista em indústria 4.0 e internet das coisas.

Para Anderson Paiva, Diretor do Parque Tecnológico do Instituto Metrópole Digital (IMD), a indústria 4.0 é o caminho. “Este é o novo modelo para se desenvolver inovação”, afirmou.

Na próxima sexta-feira o comitê de inovação da FIERN se reunirá com Anderson Paiva no IMD para tratar desse modelo para o RN.

O representante da Indústria Guararapes Textil, Clodoaldo de Freitas, disse que a empresa já está próxima de alcançar 4.0. “Saímos de 1.0 e agora estamos em torno de 3.0, com mudanças em processos, investimento em novas tecnologias e capacitação do capital humano”.

Em sua palestra ‘Entendendo a Indústria 4.0’, o Especialista em Educação e Tecnologias do SENAI, Wertson Resende, falou da jornada do RN rumo ao novo modelo.

A representante do SEBRAE, Lorena Roosevelt, tratou da micro e pequena empresa nesse contexto. “Inovar quando se trata de micro e pequena empresa tem que se falar de inovação aberta, para cada caso uma adaptação. Saber o que precisamos para esse futuro que vem do futuro”, disse.

A abertura do evento foi feita pelo Diretor Regional do SENAI, Emerson Batista, que saudou a todos em nome do presidente do Sistema FIERN Amaro Sales de Araújo. “Temos que priorizar pessoas, produtividade, competitividade, novos modelos e tecnologias, que levarão nossa indústria para o futuro com desenvolvimento”, afirmou.

O evento contou com a presença dos presidentes de sindicatos, Alberto Serejo (Sindemest) e Marcelo Rosado (Sinecim), da Superintendente do IEL, Maria Angélica, e da Gerente de TI da FIERN, Adriane Oliveira, além de empresários, profissionais de Tecnologia da Informação e graduandos da área.

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O mito do ganha-ganha

João Baptista Vilhena*

Em gestão, muitos mitos vão se criando impune ou – às vezes – inocentemente. Há os que acreditam de verdade que a propaganda é a alma do negócio. Os que chegam a jurar que o cliente tem sempre razão. Além dos que defendem, com unhas e dentes, que é melhor vender alguma coisa que o cliente não quer ou não precisa comprar do que sair da entrevista sem um “pedidinho”. E por aí vai. Nos seminários e palestras que faço, sempre procuro discutir os deletérios efeitos que a crença em alguns desses mitos acabam por produzir nas organizações. Hoje quero conversar com você sobre um dos mais freqüentes mitos da negociação: o do método ganha-ganha.

Se formos a qualquer dicionário, verificaremos que a palavra método pode ser traduzida como forma ou processo de se fazer alguma coisa. Inspirados pelo mito, alguns negociadores chegam à conclusão que é possível percorrer cada passo do processo de negociação “ganhando” alguma coisa. Vejamos se essa idéia faz sentido. Se toda a negociação tem origem numa divergência quanto aos meios e numa convergência quanto aos fins, o único método possível para chegar a um acordo favorável para ambas as partes é o cede-cede. Tomemos por base uma negociação comercial. O lado “a” quer vender um produto, mas só pode entrega-lo em 90 dias. O lado “b” quer comprar o produto – eis aí a tal convergência quanto os fins – mas tem que recebê-lo em, no máximo, 45 dias – logo, há aqui uma divergência quanto aos meios. Supondo que os prazos reivindicados pelas partes sejam verdadeiros, a única forma de estabelecer o acordo é obtendo de cada lado uma concessão e, por exemplo, fechando o negócio para entrega daqui a 70 dias (ambos tiveram que ceder, não é verdade?).

Não quero aqui negar que muitas vezes as partes pedem muito mais do que consideram o mínimo aceitável. Aqui a tática é fingir que se está fazendo concessões para obter contrapartidas do outro. Algumas vezes, batemos pé em uma determinada solicitação quando o que verdadeiramente queremos é algo bastante diferente. Nesse caso, a estratégia é levar a outra parte a conceder coisas que ela imagina não ser o nosso principal objetivo. Mas isso é praticar o ganha-perde, não é verdade? Existem inúmeras táticas que, embora levem ao ganha-perde, são amplamente utilizadas visando forçar o outro lado a fazer concessões acima do que seria possível considerar razoável.

São elas: Cobertor – consiste em revelar tudo aquilo que queremos para depois verificar do que abriremos mão (a analogia é: vamos deixar os pés ou a cabeça descoberta?); Colchete – isolar aquilo que a outra parte mais deseja visando colocá-la na defensiva; Surpresa – súbita mudança do objeto da negociação, deixando a outra parte desconcertada e despreparada para negociar; Intimidação – ameaçar a outra parte – sugerindo encerrar a negociação imediatamente; Silêncio – não emitir qualquer opinião ou crítica quanto ao que está sendo proposto, visando desorientar a outra parte; Drible – insistir que queremos uma determinada coisa quando o que nos interessa é outra; Autoridade limitada – criar uma instância superior que precisa ser consultada antes de darmos uma resposta final sobre uma proposta; e Mocinho/bandido – negociadores que trabalham em dupla. Um faz o papel do bonzinho e o outro é o mal

Poderíamos aqui mencionar uma lista muito mais ampla, que envolveria truques, artimanhas e falcatruas. Ao conversarmos sobre isso com os participantes dos nossos eventos, um número muito grande afirma utilizar-se desses recursos para obter o acordo. Sua opinião é que estão agindo da forma que propõem os livros e manuais e, consequentemente, não se percebem infringindo qualquer limite ético ou moral. Sinceramente, eu não penso assim. É por isso que sempre enfatizo que “é melhor perder um bom negócio do que fazer um mal negócio”. Acredito sinceramente que o principal elemento da negociação é o comportamental. Por isso valorizo tanto o autoconhecimento. Mas há coisas que você, como gestor, pode incentivar a equipe a fazer para visando a melhora da performance de negociador como incentivar as pessoas a se debruçar sobre o processo para identificar pontos fortes da sua oferta e pontos fortes da oferta da outra parte, para que as obrigatórias concessões que farão possam ser recompensadas com vantagens – financeiras, emocionais, estratégicas – oferecidas pelo outro lado.

Também é necessário definir empatia como uma das melhores estratégias para conseguir “pensar como o outro pensa” e esclarecer que a ideia de ganhar em uma negociação não implica que a outra parte tenha que perder. Estabelecer limites de autoridade para os negociadores, permitindo que eles exercitem sua capacidade de convencimento e troca é um próximo passo, bem como reforçar comportamentos que levam a construção de confiança entre as partes e desestimule aqueles que levam os outros a desconfiar de nós. Para completar, vale a pena dizer que minha crença é que o ganha-ganha existe sim, mas não no processo. Ele é atingido quando ao final da negociação cada parte avalia as concessões que fez e as compara com os resultados que obteve e chega a conclusão que, realmente, valeu a pena todo o esforço.

*João Baptista de Paula Vilhena Soares é coordenador do MBA de GEstão Comercial do ISAE/FGV

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Agronegócio puxa por mais um mês geração de empregos no RN

O Rio Grande do Norte teve saldo positivo na criação de empregos em julho. O estado registrou a abertura de 570 novas vagas, uma alta de 0,14% em relação ao estoque do mês anterior, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nessa quarta-feira (22). O resultado é a diferença entre 11.937 admissões e 11.367 desligamentos.

O desempenho do mercado de trabalho potiguar foi influenciado principalmente (mais uma vez. Ver AQUI) pela Agropecuária, que abriu 966 vagas, uma alta de 6,54%. As áreas Extrativa Mineral, Administração Pública e Serviços também tiveram saldos positivos no mês.

Setores de Atividade Econômica

Saldo de Julho de 2018

Variação Absoluta

Variação Relativa (%)

Extrativa Mineral

73

0,98

Indústria de Transformação

-289

-0,51

Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP

-25

-0,40

Construção Civil

-151

-0,51

Comércio

-21

-0,02

Serviços

5

0,00

Administração Pública

12

0,19

Agropecuária

966

6,54

Total

570

0,14

Desempenho nacional

O emprego formal no Brasil teve expansão no mês de julho, com a abertura de 47.319 novos postos de trabalho, uma variação de +0,12% em relação ao estoque de empregos do mês anterior. A alta no emprego formal em julho foi resultado de 1.219.187 admissões e 1.171.868 desligamentos.

Houve crescimento do emprego formal em seis dos oito setores econômicos. A maior expansão foi dos setores de Agropecuária (17.455 postos), Serviços (14.548 postos) e Construção Civil (10.063 postos).

A Indústria de Transformação (4.993 postos), os Serviços Industriais de Utilidade Pública (Siup) (1.335 postos) e a área Extrativa Mineral (702 postos) também tiveram saldos positivos. Os recuos foram nos setores de Administração Pública (-1.528 postos) e Comércio (-249 postos).

Desempenho regional

O saldo de empregos de julho foi positivo em quatro das cinco regiões do país, com destaque para o Sudeste, com abertura de 24.023 postos (+0,12%). Os demais crescimentos foram verificados no Centro-Oeste, com 9.911 postos (+0,31%); Nordeste, com 7.163 vagas (+0,12%); e Norte, com 6.635 postos (+0,39%). A única redução ocorreu na Região Sul, com fechamento de 413 vagas (-0,01%).

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Agronegócio puxa geração de empregos no RN em junho

 

melao-10

O mês de junho fechou com saldo positivo no emprego formal no Rio Grande do Norte. Foram abertas +805 vagas, resultado de 11.750 admissões e 10.945 desligamentos. A diferença representou uma variação de +0,19% no número de empregos em relação a maio. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho na última sexta-feira (20).

O setor que mais contribuiu para este resultado foi a Agropecuária, que abriu 873 vagas no estado.

Rio Grande do Norte – Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica
Setores de Atividade Econômica Saldo de Junho de 2018
Variação Absoluta Variação Relativa (%)
Extrativa Mineral 7 0,09
Indústria de Transformação 2 0,00
Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP -3 -0,05
Construção Civil -157 -0,52
Comércio -112 -0,10
Serviços 185 0,10
Administração Pública 10 0,16
Agropecuária 873 6,28
Total 805 0,19

Desempenho Nacional

No Brasil, o emprego formal se manteve estável em junho. Foram registradas no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos, que resultaram em um saldo de -661 vagas. Isso representa uma variação de 0,00% em relação ao número total de vínculos empregatícios do Brasil registrados até maio. Com isso, o estoque de empregos do país ficou em 38.212.388.

As atividades que mais criaram vagas foram as ligadas à Agropecuária, que teve saldo de +40.917 empregos, resultantes de 113.179 admissões e 72.262 desligamentos, uma expansão de 2,58%. O segundo melhor desempenho da economia no mês de junho foi o do setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo de +1.151 postos, resultado de 6.849 admissões e 5.698 desligamentos.

O setor de Serviços ficou estável em junho, com saldo de +589 empregos formais, consequência de 480.517 admissões e 479.928 desligamentos. As demais áreas da economia tiveram desempenho negativo no mês. Foi o caso do Comércio que ficou com saldo negativo em -20.971 vagas, devido às 279.271 admissões e 300.242 desligamentos. Em seguida, veio a Indústria de Transformação, que admitiu 176.249 trabalhadores e desligou 196.719, apresentando um saldo de -20.470 vagas, uma queda de -0,28% em relação ao mês anterior.

Desempenho regional

Quatro das cinco regiões brasileiras tiveram crescimento no emprego formal em junho. No Centro-Oeste foram criadas +8.366 vagas; no Sudeste, +3.612; no Nordeste, +3.581; e no Norte, 930. Apenas na região Sul o saldo foi negativo, com o fechamento de -17.150 postos. Dezesseis unidades federativas registraram variação positiva no emprego e onze, negativa.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério do Trabalho

 

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Itagrês/ Porcelanatti promete voltar a funcionar em Mossoró. É possível acreditar?

04-07-2018-Reunião-com-diretoria-da-Itagrês-16

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró informou que os diretores da Itagrês/ Porcelanatti estiveram reunidos com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) para informar que em dezembro a empresa volta a funcionar na cidade.

O investimento seria de R$ 13 milhões para gerar 500 empregos a partir de janeiro de 2019. Tudo muito bem.

Agora a pergunta que fica é: dá para acreditar?

Em abril o comando da empresa já tinha se comprometido em reabrir os trabalhos da Porcelanatti após pagar tudo que deve a 252 ex-funcionários. Está em curso um trabalho de recuperação judicial.

Cá desse espaço faço um esforço para acreditar que em janeiro teremos 500 mossoroenses com bons empregos e ajudando a movimentar a economia, mas desconfiar sempre é preciso.

Foto: Secomo/PMM