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Após passar por 12 horas de cirurgia, Bolsonaro terá recuperação delicada e longa

Por Marcela Cunha, Guilherme Mazui, Delis Ortiz, Erick Rianelli, Mateus Rodrigues, g1, TV Globo e GloboNews — Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Brasília e sem previsão de alta, informaram nesta segunda-feira (14) os médicos que acompanham o político.

👨‍⚕️ Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas no domingo (13), em Brasília, para tratar uma “suboclusão intestinal” – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada que levou em 2018.

Segundo o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre “as mais complexas” feitas no ex-presidente. A longa duração do procedimento, inclusive, já era esperada.

“Não houve nenhuma complicação, realmente foi o que era esperado. Um procedimento muito complexo. Agora nos cuidados pós-operatórios, quando há um procedimento muito prolongado como esse, o organismo do paciente acaba tendo uma resposta inflamatória muito importante, fica muito inflamado”, diz Echenique.

“Isso pode levar a uma série de intercorrências. Aumenta o risco de algumas infecções, de precisar de medicamentos para controlar a pressão. Há um aumento do risco de trombose, problemas de coagulação do sangue. O pulmão, a gente acaba tendo um cuidado específico […] Todas as medidas preventivas serão tomadas, por isso que ele se encontra na UTI neste momento”, seguiu.

“Vai ser um pós-operatório muito delicado e prolongado. Alguns perguntaram: ‘ele vai ter alta nesta semana?’ Não há previsão”, disse.

“Essas próximas 48 horas são cruciais. Ele está recebendo antibióticos, fisioterapia, para ele restabelecer aos poucos a parte de atividade da musculatura. A conduta de alta da UTI para o apartamento depende de uma série de […] Agora é falar pouco, fazer a fisio, para receber alta da UTI no momento oportuno.”

Ainda segundo Echenique, na manhã desta segunda Bolsonaro já estava acordado, consciente e conversando com a equipe médica.

“Já fez até uma piadinha”, disse.

Parede abdominal ‘bastante prejudicada’, diz médico

O chefe da equipe cirúrgica, Cláudio Birolini, relatou que Bolsonaro já tinha apresentado nos dias anteriores uma elevação dos marcadores de inflamação (PCR) e um quadro de distensão abdominal.

Como as primeiras opções de tratamento não surtiram efeito, houve a recomendação de cirurgia.

👨‍⚕️ De acordo com o boletim médico, a cirurgia envolveu uma extensa lise de aderências (cirurgia para remover faixas de tecido que ficaram coladas por cicatrizes internas) e a reconstrução da parede abdominal. A intervenção ocorreu sem intercorrências e não houve necessidade de transfusão de sangue.

“Era um abdome hostil, múltiplas cirurgias prévias. Aderências causando um quadro de obstrução intestinal e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada, das cirurgias prévias. Isso já antecipava que seria um procedimento bastante complexo e trabalhoso”, disse Birolini.

“A liberação dessas aderências é feita de forma milimétrica, praticamente. Você liberar um intestino que tem três metros e meio, vai centímetro por centrímetro. O intestino dele estava bastante, vamos dizer assim, sofrido. O que nos leva a crer que já vinha com esse quadro de uma suboclusão subclínica há alguns meses”, detalhou Birolini.

👨‍⚕️Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação das aderências.

“Já antecipo que não tenham grandes expectativas de uma evolução rápida. A gente precisa deixar o intestino dele descansar, desinflamar, retomar sua atividade para só depois pensar em realimentação por via oral, e daí para frente retomada de outras atividades”, diz Birolini.

Segundo Birolini, a equipe médica não identificou que a alimentação do ex-presidente tenha desencadeado a obstrução.

“O fato de ele comer pastel com caldo de cana não afeta isso daí”, disse

Médico não descarta novas cirurgias

Chefe da equipe que operou Bolsonaro, o cirurgião-geral Cláudio Birolini disse que o grupo “espera” que não sejam necessárias novas cirurgias. Mas, em razão do quadro complexo do ex-presidente, não é possível dar esse tipo de certeza.

“Eu espero que não. Nós fizemos com a ideia de que fosse uma cirurgia definitiva, digamos assim. Naturalmente, novas aderências vão se formar. Isso é inevitável, um paciente que tem um ‘abdome hostil’, por mais que você solte tudo, essas aderências voltam a se formar”, disse.

“Embora a gente tenha tentado estabelecer a condição mais fisiológica possível para a cavidade abdominal, eu não posso falar ‘está resolvido o problema’.”

O cirurgião afirmou que o objetivo é que Bolsonaro volte a ter uma “vida normal” – porém, o ex-presidente precisará de cuidados nos próximos meses.

Birolini também informou que conversou a família para restringir as visitas ao ex-presidente.

“As visitas médicas são realizadas toda hora. As visitas para familiares estão liberadas. Conversei com equipe e dona Michelle para a gente restringir ao máximo”, disse.

Michelle agradece mensagens

Em uma rede social, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro celebrou o fim da cirurgia na noite de domingo.

“Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações. Meu coração transborda de gratidão a cada um de vocês que tem orado, enviado mensagens e intercedido pelo meu amor. Obrigada por estarem conosco nesse momento tão delicado. Seguimos firmes, com fé e esperança!”, escreveu.

Ele foi transferido para Brasília em uma UTI aérea na noite de sábado (12), após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte.

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Bolsonaro “esquece” de agradecer a Fátima

Como de praxe em sua trajetória, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não reconhece gestos positivos de seus adversários, que costuma tratar como inimigos.

Isso vale até mesmo com quem costuma ajudar a preservar a sua própria saúde.

Em post nas redes sociais, o ex-presidente simplesmente esqueceu de agradecer a governadora Fátima Bezerra (PT) que disponibilizou todo a estrutura do Governo do Estado para garantir o melhor atendimento possível quando ele sentiu dores abdominais em Tangará, inclusive com transferência para Natal no helicóptero do Estado.

Bolsonaro agradeceu aos médicos, aos hospitais onde foi atendido, a Deus, aos Brasileiros, a Polícia Militar e… “esqueceu” da governadora Fátima Bezerra.

Claro que Bolsonaro fez isso de propósito. Para ele a politicagem está acima de qualquer civilidade na política.

Isso só mostra o quanto é um sujeito desprovido de qualquer empatia e que coloca a picuinha acima até da própria saúde.

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Com suboclusão intestinal, Bolsonaro passa por tratamento de antibioticoterapia venosa e segue sem previsão de alta e transferência

A coletiva dos médicos que estão atendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizada no final da tarde desta sexta-feira revelou que ele foi diagnosticado com suboclusão intestinal.

Bolsonaro está em tratamento com antibioticoterapia venosa e sem dieta alimentar. Ele deve permanecer no Hospital Rio Grande em Natal, até receber alta.

Não há previsão de alta nem de transferência para Brasília ou São Paulo.

O ex-presidente revelou aos médicos que esta foi a dor mais forte que ele já sentiu desde que passou por uma série de cirurgias após a facada sofrida em 6 de setembro de 2018. “Aí foi a hora que foi tomada a decisão dele regressar a Natal”, afirmou o médico Luiz Roberto Fonseca, coordenador da equipe que atende Bolsonaro.

O médico Élio Barreto explicou que é um quadro que inspira cuidados, mas por enquanto a cirurgia está descartada. “Não apresenta sinais de maiores gravidades no momento. Ele apresenta intercorrência de uma suboclusão intestinal. As avalições periódicas é que vão indicar a evolução”, frisou.

Bolsonaro sentiu-se mal quando estava em agenda em Tangará, na Região Agreste, e foi deslocado para a cidade de Santa Cruz e em seguida de helicóptero para Natal.

O que é suboclusão intestinal?

A suboclusão intestinal consiste em uma obstrução parcial ou incompleta do intestino. A pessoa geralmente não consegue eliminar as fezes, mas pode conseguir eliminar os gases. De toda forma, é um problema que exige tratamento por que causa do grande desconforto e risco, levando ao quadro de abdome agudo (Fonte: Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva).

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Dores sofridas por Bolsonaro foram provocadas por alimentação oleosa e má hidratação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está clinicamente estável, mas apresenta dores abdominais. É o que o Blog do Barreto apurou com o secretário estadual de saúde Alexandre Motta e com o médico, coordenador do Samu de Natal, Luiz Roberto Fonseca.

Ele sente náuseas provocada por uma alimentação oleosa somada a hidratação inadequada, o que causou diminuição da peristalte.

O ex-presidente passou por exames no Hospital Rio Grande. Agora a tarde ele passará por uma tomografia. O estado dele é considerado estável.

Foi constatado que ele sente dores abdominais sem repercussão hemodinâmica. Não há alterações na pressão arterial e ele está consciente.

As dores sentidas por Bolsonaro são decorrentes das diversas cirurgias abdominais que ele passou após sofrer uma facada em 6 de setembro de 2018.

Bolsonaro passou mal quando estava na cidade de Tangará, no Agreste Potiguar. De lá foi atendido no Hospital de Santa Cruz e deslocado de Helicóptero para o Hospital Walfredo Gurgel.

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Bolsonaro sente dores abdominais e interrompe agenda no RN

Na manhã desta sexta-feira, 11, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal quando estava chegando na cidade de Tangará, no interior do Rio Grande do Norte.

Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais e não conseguia sequer ficar sentado. Ele foi deslocado para o Hospital de Santa Cruz, o maior da região Agreste do Estado, onde passou pelo processo de estabilização.

A governadora Fátima Bezerra (PT) enviou o helicóptero do Estado para fazer o deslocamento do ex-presidente para Natal.

Ele pousará no heliporto do Hospital Walfredo Gurgel e será deslocado para Hospital Rio Grande. Não está descartada a possibilidade dele receber algum atendimento no Walfredo.

Equipes das secretarias estaduais de saúde e segurança foram disponibilizadas para atender o ex-presidente.

Confira o vídeo do momento em que Bolsonaro foi levado ao helicóptero: