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Dirigente da FUP derruba tese de Rogério Marinho sobre PPI para pagamento de dívidas da Petrobras: “pegou 200 bilhões e distribuiu de dividendos para os acionistas”

O Diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindipetro/RN Pedro Lúcio Góis. Grande do Norte em entrevista à Rádio Rural de Mossoró rebateu o discurso do senador Rogério Marinho (PL) de que a implantação do Preço de Paridade de Importação (PPI) teria sido um mecanismo criado para pagar dívidas deixadas na Petrobras nos governos petistas (lei AQUI).

Pedro disse que a afirmação é pura falácia e desafiou a qualquer um trazer manchetes que mostram que os lucros provocados pelo PPI serviram para pagar dívidas. “É uma divagação absurda a que Rogério Marinho faz. Ele fala que o PPI veio em decorrência de uma crise que a Petrobras viveu de endividamento. Por que que o PPI durou sete anos?”, questionou. “Não foi para resolver problema nenhum. Pelo contrário. Gerou lucros absurdos para a Petrobras e sabe o que a Petrobras fez? Você já viu alguma matéria dizendo que a Petrobras pegou esse lucro e pagou R$ 200 bilhões em dívidas? A matéria que a gente viu foi a Petrobras pegou 200 bilhões e distribuiu de dividendos para os acionistas”, lembrou.

Para Pedro, o senador está se pautando pela ideologia neoliberal. “Rogério está mentindo por uma posição ideológica dele”, frisou. “Rogério acha melhor a Petrobras empregando engenheiros norte-americanos do que potiguares. Por isso que ele defende o PPI e a privatização da Petrobras porque ele acha que nós não somos capazes”, complementou.

Recentemente o presidente da Petrobras Jean Paul Prates anunciou o fim do PPI. Com isso, o preço dos combustíveis no Brasil não está mais atrelado dólar estadunidense.

Confira o trecho da entrevista:

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Diretor da FUP explica que alta da gasolina passa por venda da BR Distribuidora

O Diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Pedro Lúcio Góis explicou que a alta dos preços dos combustíveis passa pela privatização da BR Distribuidora em 2019.

“Você sabia que a BR Distribuidora não é mais da Petrobrás, apesar de ainda usar a marca BR? O controle da distribuidora foi privatizado para a Vibra em 2019 por pouco mais de R$ 8 bilhões. O faturamento de 2021 foi de mais de R$ 130 bilhões, com a gasolina mais cara do país”, postou no Twitter.

Segundo levantamento do Portal R7 os postos BR vendem a gasolina aditivada a R$ 8,999 e a comum por R$ 8,599.

A BR Distribuidora tem a liderança no mercado brasileiro, o sétimo do mundo em consumo de combustíveis.

Saiba mais AQUI.

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Em cinco anos de política de preços implantada por Temer e mantida por Bolsonaro, gasolina subiu 107%, diesel 92% e gás de cozinha 287%

Implementada em outubro de 2016 pelo então presidente Michel Temer, e mantida pelo governo de Jair Bolsonaro, a política de preço de paridade de importação (PPI) faz cinco anos ac

umulando alta dos combustíveis muito acima da inflação, em todas e quaisquer comparações, desde a sua implantação.

No dia do aniversário do PPI, neste 25 de outubro, a empresa fez mais um anúncio de aumento nos preços da gasolina e do diesel. Com isso, somente neste ano, já são, nas refinarias, 12 aumentos na gasolina, 13 no diesel e oito no GLP. A disparada no preço dos combustíveis é um dos fatores que mais pesam na inflação, que já passou de 10,2% nos últimos 12 meses.

Nos últimos cinco anos – de outubro de 2016 a outubro de 2021 – as altas, nas refinarias, foram de 107,7% para a gasolina, de 92,1%, para o diesel, e de impressionantes 287,9% para o gás de cozinha. Neste mesmo período, a inflação foi de 25,4%, medida pelo IPCA/IBGE. Enquanto isso, o salário-mínimo não teve ganho real. Ao contrário, variou 25%, abaixo da inflação.

O mesmo comportamento é verificado nos preços nos postos de revenda: Na gasolina, a alta acumulada em cinco anos é de 74,1%; no diesel, de 68,2%; e no gás de cozinha, de 84,2%.

Isso significa que em outubro de 2016, com valores corrigidos pela inflação (IPCA/IBGE), o botijão de 13kg de gás de cozinha custava, em média, R$ 69,21 no Brasil. O litro da gasolina era vendido a R$ 4,58 e o do diesel, a R$ 3,76. Na semana passada, a média de revenda do botijão foi para R$ 101,96 (subiu 47% em cinco anos), o litro da gasolina alcançou R$ 6,36 (alta de 39%) e o do diesel R$ 4,98 (alta de 32%).

Os dados foram elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base nas estatísticas oficiais da Petrobrás (refinarias) e da Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (postos).

 “Embora com frequência menor, os reajustes estão mais intensos com Bolsonaro do que com Temer, por conta das variações mais acentuadas do preço do barril e do câmbio”, explica o economista do Dieese/FUP Cloviomar Cararine.

Num recorte de janeiro de 2019 a outubro de 2021, ou seja, período Bolsonaro, observa-se a mesma trajetória de aumentos reais nos preços dos combustíveis: Nas refinarias, as altas foram de 106,6% na gasolina, de 81,4% no diesel, e de 100,5% no gás de cozinha. Nos postos de revenda, a situação se repete: alta de 46,4% na gasolina; de 46,3%, no diesel; e de 47,3%, no gás de cozinha. Nesse período, a inflação foi de 16,5% e o salário-mínimo variou apenas 10,2%, perdendo ainda mais seu poder de compra.

“Embora autossuficiente na produção de petróleo, o Brasil está refém do equivocado PPI, que calcula os preços dos combustíveis com base no mercado internacional do petróleo, na variação do dólar e dos custos de importação”, destaca o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.

Também nos dez primeiros meses deste ano, os aumentos nos combustíveis superam de longe a inflação, de 6,9%. Nas refinarias, as altas foram de 67,2% na gasolina; de 64,7%, no diesel; e de 48%, no gás de cozinha. Nos postos, os aumentos são de, respectivamente, 41,5%, 39,1% e de 35,8%.

“Esses reajustes que a gestão da Petrobrás, com o aval de Bolsonaro, vem aplicando no gás de cozinha, no diesel e na gasolina podem ser evitados. Basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e os custos de importação e considerar também os custos nacionais de produção. Afinal, a empresa utiliza majoritariamente petróleo nacional que ela mesma produz”, ressalta Bacelar.

Para ele, o PPI tem função de garantir lucro recorde da Petrobrás e perdas para a população, sobretudo para os mais pobres”, afirma o dirigente da FUP, referindo-se ao lucro líquido recorde da empresa, de R$ 42,85 bilhões, no segundo trimestre deste ano, e a antecipação de R$ 31,6 bilhões em dividendos para seus acionistas.