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Governo demite servidor que atirou na casa do vizinho

O Governo do RN lançou nota anunciando que o coordenador de Análises Criminais da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Ivênio Hermes, foi exonerado.

Ele se envolveu em uma briga de vizinho em que disparou dez tiros com arma de fogo.

Leia a nota:

O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social confirmou, nesta terça-feira (9), a exoneração do coordenador de Análises Criminais da Sesed-RN, Ivênio Hermes, após ocorrência policial na noite dessa segunda-feira. Todas as medidas foram adotadas, a partir do atendimento à ocorrência, assegurando a transparência e amplo direito legal às partes envolvidas.

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Erro de Ivênio Hermes é a prova de que os bolsonaristas estão errados sobre armar a população

O coordenador de Análises Criminais da Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte, Ivênio Hermes, foi preso ontem após efetuar disparos contra a casa de um vizinho.

Segundo consta na mídia natalense, ele se irritou porque crianças estavam apertando a campainha da casa dele e o profissional da área de segurança tentou resolver da pior forma possível: usando arma de fogo para intimidar.

O gesto desequilibrado de alguém tido na esfera pública do Estado como exemplo de moderação choca, revolta e mostra o quanto é nocivo armar a população.

O bolsonarismo logo levantou uma discussão rasa de que Ivênio, que é contra as teses bolsonaristas sobre armamento, é um hipócrita.

No meio disso, é preciso lembrar que Ivênio é um ex-policial federal e um dos profissionais da área de segurança pública mais visados do RN. Logo é natural se supor que ela tenha preparo e capacidade para usar arma de fogo, além da necessidade por ser um alvo em potencial de possíveis retaliações.

Se ainda assim ele puder ser acusado de hipocrisia dá uma discussão interminável envolvendo muitas subjetividades.

Quero me atentar a fato objetivo. Ivênio com todo preparo e consciência que, em tese, tem sobre o manejo de uma arma de fogo fez a loucura de atirar contra um vizinho por causa de uma brincadeira de criança, imagine o que fará um cidadão de bem com o poder de uma arma?

Com ou sem hipocrisia, a quase tragédia protagonizada por Ivênio Hermes não reforça as teses bolsonaristas sobre o armamento da população, mas mostram mais uma vez do quanto estas são equivocadas.

Por fim, não há mais a mínima condição para Ivênio se manter no Governo. Espero que ele seja exonerado antes de ser libertado.

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Indicado para equipe de transição passa por linchamento moral no júri das redes sociais

Ivenio Hermes é julgado e condenados no tribunal das redes sociais

Não conheço Ivenio Hermes. Se o entrevistei não me recordo. Mas conheço e reconheço o trabalho importantíssimo que o Observatório da Violência (OBVIO) faz no Rio Grande do Norte sob sua coordenação.

Primeiro por não deixar mais que os governantes de plantão manipulem os números sobre a violência. Segundo por fazer um estudo independente e com base científica.

Já apontei (ver AQUI) a falha estratégica da governadora eleita Fátima Bezerra (PT) por indicar apenas Ivênio na área da segurança na equipe de transição.

Não por ser ele, mas pelo “APENAS”.

O que me deixou chocado nas últimas 48 horas foi o injusto linchamento moral por quem passou Ivenio. Sua vida pessoal foi exposta de forma brutal. Sua sexualidade passou a ser alvo de um julgamento preconceituoso nojento. Até ter um gato como animal de estimação virou um fator determinante para desqualificar o rapaz.

O vasto currículo lattes e pesquisas na área acadêmica dele se tornaram irrelevantes. Conhecimento adquirido em vários cursos na Secretaria Nacional de Segurança não servem de nada para os ministros do tribunal das redes sociais. Quem se deu ao trabalho de fazer a relatoria com base em prints se limitou ao cabeçalho e a graduação em arquitetura é a prova cabal de que o coordenador do maior estudo sobre segurança pública do Rio Grande do Norte é incapaz de assumir um posto na equipe de transição. É como se estatísticas não fossem de fundamental importância para o planejamento de ações.

É como se a interdisciplinaridade não existisse. É como se ele não tivesse focado a pós-graduação na área de segurança.

Pior foi ver gente com instrução agindo com má fé para desqualificar o rapaz sem conhecer nada a respeito de seu trabalho.

Basta gostar de gatos para ser incapaz de debater segurança pública.

Logico que isso faz toda a diferença.

Deixo AQUI o currículo de Ivenio Hermes. Favor ler do início ao fim antes de julgar a vida e o estudo de um profissional.

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Fátima se distancia das polícias antes da posse. Isso pode custar caro

A governadora eleita Fátima Bezerra (PT) ignorou a cúpula da segurança do Rio Grande do Norte ao formar a equipe de transição. Após as cobranças por um especialista em segurança a petista insistiu no erro tático ao optar pelo professor Ivênio Hermes.

Não que Ivênio não tivesse condições de estar na equipe de transição. Por ser coordenador do Observatório da Violência (OBVIO) ele tem um vasto conhecimento sobre as estatísticas e pode ajudar muito no planejamento de ações.

O erro político não é colocar Ivênio. Na verdade, é um acerto tê-lo na equipe. Ele certamente seria um ótimo nome para a equipe de Fátima, mas não para a linha de frente pelo menos em um primeiro momento.

A falha estratégica está em ignorar completamente as polícias militar e civil, além do Corpo de Bombeiros.

A governadora eleita está criando um fosso na relação política com os setores da segurança ao sinalizar que não confia na corporação além de se mostrar refém das animosidades da política nacional que coloca o segmento da segurança pública alinhado com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Ter especialistas em segurança que põem a mão na massa e arriscam a própria vida na equipe de transição é primordial tanto tecnicamente como politicamente.

Quem conhece policiais sabe que eles são cientes que o bom trabalho feito por eles favorece quem está sentado na cadeira mais poderosa do Rio Grande do Norte. O desalinhamento político de Fátima com os setores da segurança pública é assustadoramente preocupante e ascende um sinal de alerta em quem deseja o melhor para um dos Estados mais violentos do país.

Alguém precisa abrir os olhos para que Fátima entenda que a relação com quem faz a segurança pública não meramente institucional nem técnica, é política também.

Não é possível que não exista um ser humano numa das polícias do RN que não mereça a confiança da governadora eleita.

Fátima corre sério risco de assumir os rumos do Rio Grande do Norte com a antipatia dos responsáveis pela segurança do nosso Estado.

Isso é péssimo para todos nós.