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MP faz recomendações sobre lei eleitoral para prefeitos e vereadores de dez municípios

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) emitiu recomendações destinadas aos prefeitos e vereadores de 10 municípios potiguares das regiões Agreste e Seridó para que cumpram rigorosamente os termos estabelecidos na Lei n. 9.504/97, conhecida como Lei das Eleições. A orientação visa especialmente a abstenção de práticas vedadas durante o período eleitoral, destacando diversas condutas proibidas que devem ser observadas de forma integral.

As recomendações foram emitidas pelas promotorias eleitorais que cobrem os Municípios de Florânia, São Vicente, Tenente Laurentino Cruz, Santa Maria, São Pedro, São Paulo do Potengi, Riachuelo, Campo Grande, Janduís e Triunfo Potiguar. As diretrizes a serem cumpridas seguem o que está previsto na norma eleitoral. É proibida, por exemplo, qualquer tipo de distribuição gratuita de bens e serviços de cunho social, custeados ou subsidiados pelo Poder Público, em favor de candidatos, partidos políticos ou coligações. Essa vedação abrange desde a entrega de materiais de construção e escolares até serviços médicos e odontológicos.

Também estão vedadas a cessão ou uso, em favor de candidatos, partidos políticos ou coligações, de bens pertencentes à administração direta ou indireta e a promoção pessoal em publicidade institucional. A distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela administração pública só é possível para casos de calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

Ficam restritos o uso de materiais ou serviços públicos custeados pelas gestões municipal ou Casas Legislativas; a revisão geral da remuneração dos servidores públicos durante o primeiro semestre do ano eleitoral (limitada à recomposição da perda de seu poder aquisitivo) e limitadas as despesas com publicidades (não pode exceder a média mensal dos valores empenhados nos três anos anteriores ao pleito, multiplicada por seis).

O descumprimento ao que foi recomendado pode acarretar diversas penalidades. Entre elas estão multas que variam de cinco a 100 mil UFIR, suspensão imediata da conduta vedada, cassação de registro ou diploma de candidatos beneficiados e até mesmo sanções de caráter constitucional, administrativo ou disciplinar.

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Polícia prende sete suspeitos de envolvimento na morte de pré-candidato a prefeito de Janduís

Polícia ainda busca respostas para crime cometido contra Netinho (Foto-cedida)

A Polícia Civil do RN deflagrou hoje (21) a Operação Mandacaru, que visa apontar os culpados pela morte do político e empresário Raimundo Gonçalves de Lima Neto, conhecido popularmente como Netinho, na zona rural de Janduís.

Netinho era pré-candidato à Prefeitura de Janduís pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), liderava todas as pesquisas de intenção de voto com ampla maioria e  contava com o apoio do então prefeito Antônio José Bezerra (PSOL). Ele foi assassinado a tiros no dia 11 de abril de 2020 a tiros, quando chegava a sua fazenda. Relembre o caso AQUI

A operação deflagrada hoje prendeu sete suspeitos de envolvimento no crime, foram apreendidas duas armas e muitas munições. Delegados da Polícia Civil do RN concederam entrevista coletiva que foi transmitida pelas redes sociais da Civil e destacaram a notoriedade que o caso tomou em todo o Estado e importância do trabalho realizado pela polícia na apuração do assassinato.

O Delegado Geral da Polícia Civil no RN, Ben-Hur Medeiros foi enfático ao afirmar que diante das provas e evidências recolhidas pelos investigadores o crime será solucionado em breve.

O delegado Odilon Teodósio destacou que as investigações tiveram como ponto de partida a prisão de um grupo que estava praticando assaltos na região cinco dias após o assassinato de Netinho. O grupo, formado por três homens, foi confrontado pela Civil sobre a morte do político e a investigação apurou que eles faziam parte de um bando maior, especializado em assaltos a banco, tráfico de drogas e pistolagem. Para o delegado Odilon os três foram os responsáveis “materiais” do crime, ou seja, aqueles que executaram Netinho, agora estaria faltando descobrir quem seriam os mentores da ação.

“Foi um crime a mando, valor não temos ainda, mas foi um crime pago. Esse pessoal não mataria Netinho de graça, pois ele não era inimigo deles (…) Não está descartado de ter sido um crime contratado por questões políticas partidárias. Ele era um candidato muito forte ao cargo, mas não podemos confirmar ainda quem foi o autor do crime”, explicou Odilon que reafirmou, durante a coletiva de imprensa, que o crime foi premeditado.

 Clique AQUI e Confira a coletiva da Polícia Civil na íntegra