De forma humilhante, por ter sido feita diante de desafetos, o presidente Lula (PT) demitiu Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras.
Do ponto de vista técnico não há motivos para demitir Jean. Em 2023 a Petrobras teve o segundo maior lucro da sua história sem precisar vender nenhum ativo e entregando resultados à sociedade com a redução dos preços dos combustíveis.
Some-se a isso a visão de longo prazo de Jean que estava focado na transição energética sem deixar de pensar ampliar a produção de petróleo.
A demissão de Jean se deu por inabilidade política dele. Os quatro anos como senador não foram suficientes para lhe dar traquejo político e o petista terminou sendo minado por setores do PT capitaneados pelo ministro da casa civil Rui Costa e elementos do centrão como o ministro de minas e energia Alexandre Silveira, citados pelo próprio ex-senador e agora ex-presidente da estatal como testemunhas regozijantes da demissão.
A saída de Jean é péssima para o Rio Grande do Norte porque havia um empenho dele de colocar o Estado na linha de frente da transição energética e estava trabalhando para reverter privatizações que resultaram em preços mais caros dos combustíveis no sofrido elefante.
Além disso, a exploração do pré-sal na Margem Equatorial tinha tudo para começar pelo RN. Sem Jean entramos numa maré de incertezas.
Jean não teve habilidade política para sobreviver no cargo, apesar dos bons resultados, e quem perde com essa decisão é o Rio Grande do Norte.