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Julgamento de PM acusado de matar estudante Luan Barreto será retomado. Tese de transtorno mental foi descartada

O julgamento do policial militar Márcio Gledson Dantas de Morais, que estava suspenso a pedido da defesa, deverá ser retomado em breve. O PM é acusado de assassinar o estudante Luan Carlos Barreto, aluno de Ciência e Tecnologia na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em uma ação completamente desastrosa na noite de 1º de julho, na Avenida Lauro Monte, em Mossoró.

O processo sobre o homicídio de Luan estava suspenso desde Junho, pois a defesa de Márcio Gledson pediu para que fosse analisada a sanidade mental do acusado. A esse procedimento é dado o nome de incidente de sanidade mental e foi aberto um processo paralelo para apuração.

Segundo a perícia realizada não havia nenhum evedência de transtorno mental na época do homicídio. Diante do laudo, foi decidido pela continuidade do processo.

A decisão destaca:

“No caso em análise, consoante as conclusões periciais emitidas no Laudo, Marcio Gledson Dantas de Morais, ora periciado, foi diagnosticado com transtorno depressivo e à época dos fatos não era acometido por doença mental, perturbação da saúde mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado.

O laudo pericial responde a todos os quesitos apresentados, não deixando dúvidas quanto ao estado da parte à época dos fatos, assim como não houve quaisquer questionamentos por parte da acusação ou da defesa, motivo pelo qual o laudo pericial merece ser homologado, dando-se continuidade à Ação Penal.

Assim, HOMOLOGO o laudo de exame de sanidade mental de MARCIO GLEDSON DANTAS DE MORAIS, possibilitando que surta seus jurídicos e legais efeitos.

Junte, nos autos principais, cópias da presente decisão, levantando-se a suspensão a fim de dar prosseguimento à Ação Penal.”

 Confira o laudo AQUI  e a decisão na íntegra AQUI

O Blog do Barreto contou em detalhes a história de Luan em reportagem especial. Para entender o caso em detalhes, leia a reportagem especial AQUI.

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Polícia Civil indicia policial militar pelo homicídio do estudante Luan

Luan era técnico em eletrotécnica formado pelo IFRN e estudava C&T na Ufersa (Foto: Cedida)

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu, nesta terça-feira (31), o inquérito policial referente ao homicídio do estudante Luan Barreto, aluno de Ciência e Tecnologia na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) de 23 anos que foi brutalmente assassinado na noite de 1º de julho, na Avenida Lauro Monte, em Mossoró. A investigação resultou no indiciamento de um policial militar.

O Blog do Barreto contou em detalhes a história de Luan em reportagem especial assinada pelo jornalista Cláudio Palheta Jr. Na oportunidade o Blog cravou que, diante das evidências apresentadas, o estudante teria sido vitimado pela Polícia Militar após ação despreparada e injustificável. Confira a reportagem especial AQUI

Para esclarecimento dos fatos e das circunstâncias envolvidas, a polícia civil considerou os vestígios coletados no local e imagens do momento da abordagem, analisados em conjunto com os exames periciais, levando à identificação da arma utilizada e de quem disparou, atingindo a vítima.

Segundo as investigações, a ação aconteceu quando policiais militares realizavam busca para capturar suspeitos de assaltos na região dos bairros Abolição e Santo Antônio. Na ocasião, a vítima estava em uma motocicleta, trafegando em alta velocidade, quando foi confundida com um dos suspeitos dos roubos. Na tentativa de fazê-lo parar, um dos policiais efetuou disparo contra a vítima, que foi atingida na região da cabeça. Apesar de ter sido socorrido para o hospital, Luan Carlos não resistiu ao ferimento.

Os três PM’s envolvidos na ocorrência foram afastados das atividades assim que o crime ganhou repercussão em todo Estado.  De acordo com informações do Portal Mossoró Hoje, o Inquérito Polícial Militar (IPM) é sigiloso, portanto dados concretos com informações sobre os nomes dos policiais e, em especial, do responsável pelo crime, só serão divulgados caso haja solicitação do Ministério Público

O Blog do Barreto fez contato com os advogados da família de Luan. Segundo as informações, os advogados já sabem quem são os três envolvidos no caso e o PM que está sendo indiciado e a família deverá se pronunciar em breve sobre a conclusão do inquérito.

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Polícia já tem provas para apontar autoria do assassinato de Luan Barreto

Luan era técnico em informática formado pelo IFRN e estudava C&T na Ufersa (Foto: Cedida)

Por Esdras Marchezan — Da Agência HiperLAB/UERN

A Polícia Civil já tem os elementos suficientes para apontar a responsabilidade da execução do estudante universitário, Luan Carlos Melo Barreto, de 23 anos. Luan morreu no dia 2 de julho, no Hospital Regional Tarcísio Maia, depois de ser alvejado com um tiro na cabeça, na noite anterior, na avenida Lauro Monte Filho, em Mossoró, quando pilotava sua moto, em direção ao trabalho da namorada. Três policiais militares que estavam em abordagem no lugar onde Luan foi alvejado foram afastados das funções e tiveram suas armas apreendidas.

O delegado Marcos Vinicius dos Santos — designado em caráter especial para investigar o caso — recebeu nesta quarta-feira o laudo técnico de comparação balística, do Instituto Técnico e Científico de Perícia (ITEP), e deve concluir o inquérito policial nos próximos dias.

“Estamos recebendo os laudos e finalizando os procedimentos para concluir a investigação”, disse o delegado, sem revelar mais detalhes sobre o desfecho do caso.

Ele confirmou que os resquícios de projéteis encontrados no corpo do estudante -na cabeça — e também no local do crime são peças importantes da investigação. O material confirma que a bala que matou Luan saiu de uma pistola ponto 40, arma comumente utilizada pelas polícias. Os laudos vão mostrar se a bala saiu de uma das armas apreendidas com os policiais militares que estavam no local do crime. “Com os laudos já temos elementos para concluir o inquérito”, comentou o delegado. No último dia 2 de agosto a morte de Luan completou um mês.

Luan Barreto era estudante do curso de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e havia completado 23 anos no dia 5 de junho passado. Apaixonado por motos, era só orgulho depois de ter conseguido comprar a sua motocicleta. Foi nela que ele estava, a caminho do trabalho da namorada, quando foi parado com um tiro na cabeça. Imagens de vídeo feitas na hora do crime se espalharam pela internet e mostram duas viaturas policiais ao lado do corpo dele. No hospital, Luan ainda foi submetido a uma cirurgia na cabeça, mas morreu às 4h20m do dia 2 de julho.