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Narcisismo na política: Allyson não pensa duas vezes antes de deixar aliados se rebaixarem em atos de bajulação

A vaidade sempre foi um elemento integrante da política e até mesmo um sentimento que move os políticos que gostam de serem reconhecidos por levarem obras e desenvolvimento pelos seus eleitores, ainda que nem façam por merecer.

Em tempos de redes sociais, os limites da vaidade foram ultrapassados. A “Tiktokização” da política em que é necessário gerar conteúdo de impacto, e muitas vezes ultrajantes, para chamar a atenção transcendeu a espetacularização da política tão estudada na segunda metade do Século XX.

Allyson Bezerra (UB), um prefeito travestido de produtor de conteúdo com certa vez cunhou o marketeiro Lucas Pimenta, não se destaca nas redes sociais pelas ideias e propostas, mas pela capacidade de gerar conteúdos virais.

No domingo passado, quem acordou cedo e entrou em alguma rede social se deparou com uma das cenas mais constrangedoras já vistas na história das campanhas políticas do Rio Grande do Norte.

O momento em que um líder empresarial se rebaixou a ponto de carregar o prefeito candidato a reeleição nos ombros em um vídeo que despertou uma enxurrada de comentários negativos contra o representante do baronato local.

Refiro-me a Michelson Frota, presidente do Sindlojas.

Ele foi criticado, mas o prefeito não.

Allyson não é um político vaidoso. É um narcisista dentro da política. Um vaidoso não aceitaria que um presidente de uma entidade empresarial se submetesse a tamanha vergonha.

Não se trata de humildade. Trata-se de vaidade mesmo. Vaidosos gostam de posar de humildes. Allyson topou a parada porque é narcisista e narcisistas não ligam para os outros.

Para ele é um troféu ver seus aliados agindo como sabujos sejam os pobres militantes ou os ricos com contratos milionários na gestão municipal.

Allyson não pensa duas vezes antes de permitir que seus aliados se submetam a situações constrangedoras de bajulação.

Outro dia, numa suposta esquete de humor, o prefeito apareceu num vídeo saindo de um banheiro químico e enxugando as mãos na camisa de um cosplay dele, que se apresenta como “prefeito das galáxias”.

Com uma popularidade além do que realmente entrega a sociedade, Allyson acredita que a gestão digna do que deixamos no vaso sanitário do banheiro é mesmo “top das galáxias”.

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Allyson vai além da simples espetacularização da política e embarca em viagem narcisista

Certa vez o marketeiro político Emerson Saraiva, especialista em mídias digitais, cravou em um vídeo que Allyson Bezerra (UB) não era um prefeito, mas um criador de conteúdo.

Ele estava certo.

Allyson elevou a espetacularização da política, um fenômeno que vem sendo estudado por cientistas políticos e analistas do discurso desde a segunda metade do século XX, a um extremo dentro dos limites de Mossoró.

É um sujeito de seu tempo, diga-se.

Ele é o primeiro político de sua geração a governar um dos principais municípios do Rio Grande do Norte, inaugurando uma nova fase no jeito de lidar com a informação.

O novo não necessariamente é bom e o toque de narcisismo e incentivo à bajulação que Allyson imprime na sua peculiar espetacularização da política rebaixa o debate público.

A estratégia tem sido eficiente porque tem conseguido inebriar o eleitor menos atento e que se deixa levar pelo carisma digital de um prefeito que no dia a dia imprime terror no serviço público.

Allyson faz uma gestão popular, mas uma popularidade desproporcional ao que ele entrega na saúde, infraestrutura, eficiência nos prazo de obras, destruição do Estádio Nogueirão, fechamento do Teatro Municipal e tantos outros problemas que saltam aos olhos.

Mas Allyson segue sua espetacularização narcisista a aponto de ter um “babão” oficial, que atua como um “cosplay” do próprio prefeito e se submete a situações vexatórias como uma suposta esquete de humor em que ele espera o burgomestre sair do banheiro e oferece a camisa para ele enxugar as mãos. Um troço que de espontâneo não tem nada.

O troço remonta os tempos medievais em que os reis tinham o “Bobo da Corte”. A diferença é que o “Bobo” milenar tinha autorização de ridicularizar o rei e o de Allyson tem o dever de elevar a bajulação à máxima potência.

Isso se converte em outras práticas que maculam a política como o servilismo de comissionados, vereadores, mídia e aliados políticos.

A espetacularização da política de Allyson tem fortes tons de narcisismo. Um dia a conta chega.