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Presidente do PT afirma que Bolsonaristas vão deixar cargos federais no RN ainda em fevereiro

Agora RN

Cargos dos 26 órgãos federais no Rio Grande do Norte seguem ocupados por nomes indicados pelo governo Jair Bolsonaro, mesmo com o presidente Lula (PT) caminhando para dois meses de governo. A situação, de acordo com o presidente estadual do PT, Júnior Souto, é “indesejada”, mas tende a ser resolvida ainda no mês de fevereiro, provavelmente após o Carnaval.

Guardada a sete chaves, uma planilha com os nomes indicados pelo PT e partidos que dão sustentação ao Governo Federal já foi enviada para a coordenação nacional do Partido dos Trabalhadores. No entanto, foi pedido um tempo maior para que as indicações sejam efetivadas, uma vez que o preenchimento desses cargos passa por inúmeras negociações.

“Cargos, nomes, sugestões indicadas por aliados, tudo está em uma planilha que já foi mandada lá para a mesa nacional fechar. Há uma coordenação nacional no processo de composição do Governo. Não convém dizer quais são esses nomes, porque tem nomes de conflito e isso cria uma expectativa, então a gente acha melhor não dizer no momento”, declarou Júnior Souto ao AGORA RN nesta quarta-feira (15).

COMISSÃO

Todos os nomes indicados nessa lista passam por uma comissão local formada pelos deputados federais Fernando Mineiro e Natália Bonavides, ambos do PT, além de Júnior Souto e da governadora Fátima Bezerra.

“Haverá uma celeridade agora quanto a isso, estamos numa expectativa de que tudo vá acontecer agora com rapidez. Eu acredito que a gente vai ter, dentro desse mês (fevereiro), as definições, até o pós-Carnaval vai ter muitas definições quanto a isso”, assegura o presidente do PT-RN.

São pelo menos 26 órgãos federais com cargos a serem preenchidos pelo PT e seus aliados no RN. Entre os órgãos de maior visibilidade estão Codern, CBTU, DNIT, Incra e DNOCS.

Vários desses órgãos seguem povoados por nomes indicados pelos aliados de Bolsonaro. Um exemplo é a Companhia Docas do RN (Codern), cujo presidente é o brigadeiro Carlos Eduardo da Costa Almeida.

“A preocupação central é a composição, e as negociações não estão fechadas. Essa é uma situação não desejada, mas ela onera menos do que a gente se precipitar e fazer definições que depois comprometam alguns aspectos da governabilidade”, conclui.