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MPRN denuncia vereador e ex-secretários envolvidos na Operação Fura-Fila

Diogo Rodrigues da Silva é apontado como “cabeça” do esquema (Foto: reprodução)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou um vereador e ex-secretários municipais de Saúde e Assistência Social por fraudes no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Ao todo, oito pessoas já são rés em quatro processos distintos que resultaram da operação Fura-fila, deflagrada pelo MPRN no dia 20 de abril passado. As participações de um deputado estadual e de outras pessoas no suposto esquema ainda estão sob investigação.

O vereador Diogo Rodrigues da Silva, da cidade de Parnamirim, é apontado como suposto cabeça do esquema. Ainda antes de se eleger em 2020, ele teria montado o esquema de inserção de dados falsos no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS), sistema informatizado utilizado pela Sesap e por alguns municípios do Estado para regular a oferta, autorização, agendamento e controle de procedimentos ofertados pelo SUS, burlando a fila do SUS. A suspeita é que ele teria como braço-direito no esquema a própria companheira, Monikely Nunes Santos, funcionária de um cartório em Parnamirim.

Diogo Rodrigues e Monikely Nunes foram denunciados pelo MPRN por corrupção passiva, peculato, inserção de informações falsas em banco da dados da administração pública e lavagem de dinheiro. O vereador também responde pelo crime de fraude em licitação.

Somadas apenas as quatro denúncias já oferecidas pelo MPRN e recebidas pela Justiça potiguar, Diogo Rodrigues responde 300 vezes por corrupção passiva, 300 vezes por peculato, 476 vezes por inserção de informações falsas em banco da dados da administração pública, 83 vezes por lavagem de dinheiro e uma vez por fraude em licitação.

Além de Diogo Rodrigues e Monikely Nunes, o MPRN já são réus em processos após a denúncia do MPRN: Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho; Gleycy da Silva Pessoa, secretária de Saúde de Brejinho;  Anna Cely de Carvalho Bezerra, secretária de Assistência Social de Brejinho; Alberto de Carvalho Araújo Neto, secretário de Saúde de Arês; Maria Célia Rodrigues da Silva, mãe do vereador Diogo Rodrigues; e Bruno Eduardo Rocha de Medeiros, que foi sócio da Medeiros e Rocha LTDA, empresa responsável pelo SIGUS.

O MPRN ainda apura o suposto envolvimento do deputado estadual Manoel Cunha Neto, conhecido por Souza. Ele é investigado pela prática de peculato eletrônico, falsidade ideológica e corrupção passiva. Outras pessoas também estão sendo investigadas pelo MPRN.

O caso

As investigações do MPRN foram iniciadas em 2019, após denúncias de servidores da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Na apuração, o MPRN descobriu que desde 2017 a organização criminosa inseria dados falsos e alterava informações legítimas. Essas invasões na ferramenta de regulação interferem na sequência de elegibilidade de procedimentos médicos gerenciados pelo Sistema. Desta forma, o grupo furava a chamada “fila do SUS”, propiciando vantagens indevidas aos fraudadores.

Com o apoio da Polícia Militar, a operação Fura-fila cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e ainda outros 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Mossoró, Caicó, Monte Alegre, Areia Branca, Brejinho, Frutuoso Gomes, Rafael Godeiro e Passa e Fica. Também houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Ao todo, 27 promotores de Justiça, 42 servidores do MPRN e 90 policiais militares participaram da ação.

Com o oferecimento e recebimento das denúncias iniciais, o MPRN disponibiliza a peça que resultou na deflagração da operação Fura-fila. Obedecendo à determinação judicial, dados de pacientes foram suprimidos.

Fonte: MPRN

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Souza se defende de operação do MP

Deputado se defende (Foto: ALRN)

O deputado estadual Souza Neto (PSB) se manifestou por meio de vídeo a respeito da Operação Fura-fila que apura um esquema de fraudes na marcação de consultas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Souza chegou  ser alvo de um pedido de prisão negado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, mas foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

Ele é citado nas investigações por ter sido procurado pelo vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues (PSD) com o pedido para que as investigações fossem abafadas.

Confira o vídeo com a fala de Souza:

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Vereador era o “cabeça” do esquema desvendado pela Operação Fura-fila

Diogo articulava esquema (Foto: reprodução)

O vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues (PSD) era, de acordo com o Ministério Público, o “cabeça” do esquema que fraudava a marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS).

Antes mesmo de conquistar o mandato como segundo vereador mais votado de Parnamirim, ele articulava a inclusão de informações falsas no Sistema Integrado de Gerenciamento de Usuários do SUS (SIGUS), que regula a marcação de consultas e exames.

O caso chamou atenção de servidores da saúde estadual que denunciaram o caso ao Ministério Público que descobriu que ele burlava os dados com a ajuda da esposa Monikely Nunes Santos, que é funcionária de um cartório em Parnamirim.

O casal foi preso preventivamente hoje pela manhã sob a acusação de estelionato, exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O esquema, segundo o MP, tinha como parceiro Bruno Eduardo Rocha de Medeiros, que foi sócio da Medeiros e Rocha LTDA, empresa responsável pelo sistema SIGUS. Bruno alterava os dados de forma que dificultava identificar os médicos que solicitavam os exames.

Ele foi preso temporariamente para ficar impedido de alterar os dados do sistema.

Diogo tinha uma articulação com secretários municipais de saúde e ação social do interior do Estado.

O MP teve acessos a milhares de mensagens trocadas por Diogo e secretários.

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Foro de Moscow 20.04.2021 │O deputado Souza e o esquema de fura-fila no SUS

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Quatro secretários municipais são afastados por causa da Operação Fura-Fila

Operação também resultou em afastamento de secretários (Foto: cedida)

A Justiça Estadual afastou por seis meses quatro secretários envolvidos no esquema que furava a fila de consultas e exames no Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte.

São eles:

Gleycy da Silva Pessoa (secretária de Saúde de Brejinho);

Maria Madalena Paulo Torres (secretária de Saúde de Frutuoso Gomes);

Alberto de Carvalho Araújo Neto (secretário de Saúde de Arês);

Anna Cely de Carvalho Bezerra (secretária de Assistência Social de Brejinho)

Além de ficarem afastados dos respectivos cargos por seis meses o quarteto está proibido de exercer qualquer função comissionada. Esta última situação também se aplica a Eliege da Silva Oliveira, ex-secretária de Saúde de Ielmo Marinho.

A Operação Fura-Fila prendeu na manhã desta terça-feira, 20, o vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues (PSD) e realizou mandado de busca e apreensão na casa do deputado estadual Souza Neto (PSB).

 

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Com pedido de prisão negado, deputado é um dos investigados da Operação Fura-Fila

Souza é investigado pela Operação Fura-Fila (Foto: ALRN)

O deputado estadual Souza Neto (PSB) é um dos investigados pelo Ministério Público na Operação Fura-Fila deflagrada na manhã desta terça-feira, 20.

Ele chegou  ter um pedido de prisão solicitado pelo Ministério Público do RN, mas negado pelo Tribunal de Justiça. A casa dele foi alvo de um mandado de busca e apreensão hoje cedo.

O MPRN apura se deputado estadual estaria envolvido no suposto esquema de fraudes no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

Conforme divulgado pelo MP, Souza é investigado pela prática de peculato eletrônico, falsidade ideológica e corrupção passiva.

O Tribunal de Justiça do RN afastou o foro por prerrogativa de função do deputado porque os crimes investigados em nada têm a ver com as atribuições parlamentares de Souza, conforme previsto na Constituição do Estado do Rio Grande do Norte e no Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado.

De acordo com as investigações do MPRN, o deputado é suspeito de manter contato direto com o vereador de Parnamirim Diogo Rodrigues, preso na ação, para que fossem inseridos nomes de interessados no Sistema do SUS.

Com informações do MPRN e Blog do BG.

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Vereador é preso em operação do MP que desmontou suposto esquema de fura-fila no SUS

Vereador de Parnamirim é preso em operação do MPRN (Foto: cedida)

A operação Fura-fila, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) nesta terça-feira (20), resultou na prisão do vereador Diogo Rodrigues da Silva (PSD), de Parnamirim. Ele é suspeito de encabeçar um suposto esquema de fraudes no sistema de marcação de consultas e exames do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

Com o apoio da Polícia Militar, a operação Fura-fila cumpre dois mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e ainda outros 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Mossoró, Caicó, Monte Alegre, Areia Branca, Brejinho, Frutuoso Gomes, Rafael Godeiro e Passa e Fica. Também há o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Ao todo, 27 promotores de Justiça, 42 servidores do MPRN e 90 policiais militares participaram da ação.

O MPRN apurou que o esquema seria encabeçado por Diogo Rodrigues da Silva, eleito vereador por Parnamirim em 2020. Ainda antes de se eleger, valendo-se de sua posição dentro da estrutura administrativa municipal, Diogo Rodrigues teria montado o esquema de inserção de dados falsos no SIGUS, burlando a fila do SUS. A suspeita é que ele teria como braço-direito no esquema a própria companheira, Monikely Nunes Santos, que é funcionária de um cartório em Parnamirim. Ela também foi presa.

Fonte: MPRN