Categorias
Matéria

Justiça bloqueia bens de ex-deputado

Motta sofre derrota no judiciário (Foto: José Aldenir/Agora RN)

O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal, decretou a indisponibilidade de bens, limitada ao valor de R$ 372 mil, do ex-deputado estadual Ricardo Motta, da ex-servidora comissionada da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Bruna Torres Pereira, e de seu pai, Oswaldo Ananias Pereira Júnior.

A decisão resulta de denúncia oferecida pelo Ministério Público através de investigações que resultaram na “Operação Dama de Espadas”.

A informação foi dada em primeira mão pelo Blog Carlos Santos.

O caso envolve a suposta condição de “funcionária fantasma” atribuída a Bruna Pereira. A decisão é em caráter liminar.

Segundo o Ministério Público Estadual, Bruna Torres manteve vínculo com a ALRN, na função de Assessor Técnico da Presidência 2, com lotação na Presidência daquela Casa legislativa durante a gestão do então deputado Ricardo Motta, no período compreendido entre janeiro do ano de 2014 e novembro do ano de 2015, tendo recebido regularmente a remuneração do cargo.

O Inquérito Civil do MP concluiu que durante o período dar expediente, a acusada frequentava diariamente as aulas do curso de Farmácia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nos turnos matutino e vespertino.

Em depoimento, a ex-procuradora da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês, revelou que a indicação de Bruna Pereira  foi em atendimento do pai dela, Oswaldo Ananias, à época gerente da Agência do Santander, localizado no interior da sede da Assembleia Legislativa. Conforme o relato esta seria uma contrapartida ao auxílio prestado em esquema de corrupção que visava o desvio de recursos públicos, mediante facilitação na resolução de procedimentos bancários, os quais possibilitaram saques dos cheques salário sem a presença do beneficiário registrado no título.

A investigação aponta que Bruna Pereira recebera regularmente a remuneração mensal de R$ 10.481,18, sem o exercício das atividades inerentes às atribuições correspondentes do seu cargo, o que resulta no valor atualizado de R$ 372.020,57, montante ao qual o órgão ministerial requereu a decretação liminar da indisponibilidade dos bens dos demandados.

 

Com informações da Assessoria do TJRN.

Categorias
Matéria

Justiça aceita denuncia do MP contra ex-presidentes da Assembleia por desvio de mais de R$ 1 milhão

Motta e Faria são denunciados pelo MPRN (Foto: Web/autor não identificado)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa potiguar, um advogado e outras três pessoas pelo crime de peculato. O esquema fraudulento que eles esquematizaram desviou pelo menos R$ 1.144.529,45 entre os meses fevereiro de 2006 e março de 2016 da Casa Legislativa. Duas outras pessoas também foram denunciadas por falso testemunho. A denúncia já foi recebida pela Justiça e todas as oito pessoas denunciadas são rés em processo.

Na denúncia, o MPRN aponta que o advogado Erick Wilson Pereira, com a determinante concorrência dos ex-presidentes da Assembleia Robinson Mesquita de Faria e Ricardo José Meirelles Motta, de forma reiterada, desviou, o montante atualizado de R$ 1.144.529,45. O dinheiro desviado era usado em proveito próprio do advogado e também repassado a um tio dele, Wilson Antônio Pereira, que também é denunciado pelo MPRN.

O crime de peculato foi consumado por meio da inserção fraudulenta dos acusados Damião Vital de Almeida, empregado doméstico de Erick Pereira, e Aloísia Maria Mitterer, mulher do tio do advogado, na folha de pagamento da Assembleia. Pelo que foi apurado pelo MPRN, Damião Vital recebeu recursos da Assembleia Legislativa do mês fevereiro de 2006 até outubro de 2009. Em seguida, como forma de perpetuar os desvios, ele foi substituído na folha de pagamento por Aloísia Mitterer, que recebeu salários, de forma ininterrupta, no período de novembro de 2009 até março de 2016. Os dois receberam salários como servidores da Casa Legislativa sem nunca terem trabalhado lá. Aloísia Mitterer, tia de Erick Pereira, mora e trabalha na cidade do Rio de Janeiro.

Além dessas seis pessoas, também foram denunciadas pelo MPRN Adelson Freitas dos Reis e Francisco Pereira dos Santos Júnior. Eles respondem pelo crime de falso testemunho, uma vez que há provas que depuseram apresentando versões falsas durante as investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

Na denúncia, o MPRN relembra a operação Dama de Espadas, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte em 2015 com o fim de desarticular uma organização criminosa instalada no seio da Assembleia Legislativa potiguar.

Segundo narrado na operação Dama de Espadas, o esquema engendrado pela organização criminosa chefiada inicialmente pelo ex-presidente Robinson Faria e sucedida pelo também ex-presidente Ricardo Motta era integrada por vários outros servidores da Assembleia Legislativa, que inseriam fraudulentamente pessoas na folha de pagamento do Legislativo Estadual, com a finalidade de desviar recursos públicos em benefício do próprio presidente da ALRN, de alguns deputados estaduais e de servidores graduados da Casa Legislativa.

Na denúncia, o MPRN destaca que as inúmeras ilicitudes ocorreram ininterruptamente por quase uma década e que não há provas capazes de indicar a participação de outros deputados que ocuparam o cargo de presidente do Legislativo, de forma que apenas os ex-deputados e ex-presidentes da Assembleia Robinson Faria e Ricardo Motta devem responder pelos crimes de peculato neste caso específico.

Ao apresentar a denúncia, o MPRN requereu a fixação de R$ 1.144.529,45 como valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, a ser revertido em favor do Estado do Rio Grande do Norte.

O MPRN também pede que os réus sejam condenados a pagar indenização no mesmo valor por danos morais coletivos pois os prejuízos decorrentes dos peculatos afetaram a credibilidade do Poder Legislativo Potiguar e diminuíram a confiança da população em seus representantes legitimamente eleitos.

Texto: Assessoria do MPRN.

 

Categorias
Nota

Defesa de Motta afirma desconhecer teor de denúncia

Por meio de nota a defesa do deputado estadual Ricardo Motta (PSB) afirmou desconhecer o teor da denúncia contra o parlamentar (ver AQUI) e por isso não poderia comentar.

Por desconhecer o conteúdo das denúncias, considerando que a própria notícia traz a informação de que as ações estão em segredo de justiça, igualmente não sabendo em que contexto houve citação de nomes, a defesa se limita a afirmar que não irá se pronunciar sobre o mérito neste momento.

Thiago Cortez

Advogado

Categorias
Comentário do dia

O futuro de Ricardo Motta sem foro privilegiado

Categorias
Matéria

Defesa classifica acusações contra Motta como fantasiosas

Confira abaixo a nota enviada pela defesa do deputado estadual Ricardo Motta (PSB) ao Blog do BG.

Por desconhecer os fatos, igualmente não sabendo em que contexto houve citação de nomes, a defesa se limita a afirmar que a acusação é fantasiosa, conforme será comprovado, pois todo o assunto é baseado no delírio mentiroso de um delator, cuja falta de percepção da verdade está atestada em laudos psiquiátricos constante nos autos.

 

Thiago Cortez

Advogado

Categorias
Matéria

Motta teria negociado propina com empresários de Mossoró

O delator da Operação Candeeiro Gutson Reinaldo revelou que foi procurado por dois homens de Mossoró para tratar da liberação de um empreendimento no limite entre os municípios de Grossos e Tibau.

A informação está no Blog do BG.

A reunião deles com o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) aconteceu em um escritório de advocacia com a presença de um consultor ambiental identificado como Obedis.

A propina acertada foi de R$ 80 mil parcelada em duas vezes.

No entanto, o prazo de 90 dias para licença do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) estourou e o caso quase foi denunciado ao Ministério Público em 2013.

Sabia mais sobre o assunto clicando AQUI.

Categorias
Matéria

Delator revela que deputado do RN cobrou R$ 350 mil para liberar obra em empreendimento

O Blog do BG trouxe um trecho inédito da delação premiada de Gutson Reinaldo referente a Operação Candeeiro.

O documento traz a denúncia de que o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) teria cobrado R$ 350 mil em propina para permitir que o IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente), à época dirigido por Gutson, liberasse um empreendimento em Parnamirim.

Foi realizada uma reunião envolvendo Ricardo Motta, o cunhado dele e então diretor do IDEMA Jamir Fernandes e o empresário suíço Werner Jost, diretor da Camanor e da Phoenix Empreendimentos Imobiliários.

O encontro foi em um escritório de advocacia em Natal.

Jost alegou que não tinha condições de pagar um valor tão alto porque já tinha gasto demais no empreendimento. A negociação terminou com o acerto de uma propina de R$ 250 mil mais a contratação de uma empresa de serviço de canalização de água a ser indicada por Ricardo Motta.

Para saber mais sobre essa história acesse o Blog do BG AQUI.

Categorias
Comentário do dia

Ricardo Motta e Robinson estão complicados com o MP e prestes a ficar sem foro privilegiado

Categorias
Artigo

Testemunha-chave de escândalo de corrupção no RN teme ser assassinada

Gutson tem ser alvo de queima de arquivo (Foto José Aldenir/Agora RN)

Ontem o delator Gutson Reinaldo prestou depoimento ao juiz Ivanaldo Bezerra da 6ª Vara Criminal de Natal. Ele aproveitou a oportunidade para dizer que teme ser assassinado em uma queima de arquivo.

“Eu iniciei esse processo, que envolve poderosos agentes públicos. Portanto, é normal que me sinta inseguro. Não posso ver um carro parado na frente da minha casa. Minha vida virou um tormento. Não tenho nenhum tipo de contato com minha família. Moro sozinho e só tenho a proteção de Deus”.

Pivô da Operação Candeeiro que apurou desvios de R$ 35 milhões no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) entre 2011 e 2015, Gutson relatou que quando dirigiu o órgão era obrigado a arrecadar R$ 20 mil por meio de servidores fantasmas e repassar para a mãe, Rita das Mercês Reinaldo (Dama de Espadas), que por sua vez entregava o dinheiro nas mãos do deputado estadual Ricardo Motta (PSB), que presidia a Assembleia Legislativa.

Gutson foi orientado a se integrar ao programa de proteção de testemunhas.

Pelo menos duas perguntas ficam em aberto:

  • Alguém ameaçou Gutson de morte?
  • As investigações atingem apenas a Ricardo Motta? Quem mais estaria no meio?

Gutson, que já ficou por 13 meses na prisão e hoje cumpre pena em regime semiaberto com tornozeleira eletrônica, já relatou que recebeu propostas de Ricardo Motta para manter-se em silêncio. Em março o programa Fantástico revelou que emissários do governador Robinson Faria teriam procurado a mãe de Gutson para oferecer ajuda financeira em troca do silêncio dos dois.

Outra pergunta em aberto é: quem poderia matar Gutson?

Com informações do Agora RN

Categorias
Matéria

Delatora afirma que deputado tentou comprar silêncio de testemunha

A delatora da Operação Dama de Espadas Rita das Mercês Reinaldo contou que o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) tentou comprar o silêncio do filho dela Gutson Reinaldo, testemunha chave na Operação Candeeiro que apura um esquema de corrupção no IDEMA.

Gutson é filho de Rita das Mercês.

O valor ofertado por Motta seria de R$ 50 mil, mas Gutson preferiu firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

PAULO DE TARSO

Rita das Mercês contou que o advogado Paulo de Tarso também tinha envolvimento com o esquema. “Ele tinha conhecimento do que acontecia e era beneficiário”, garante.

Segundo ela, houve reuniões coordenadas pelo advogado no momento em que servidores eram chamados para prestar depoimentos ao Ministério Público. “Havia pressão, pessoas procuravam o presidente, o vice-governador na época, chamamos Paulo de Tarso”, acrescenta.

Com informações da Tribuna do Norte