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Testemunha-chave de escândalo de corrupção no RN teme ser assassinada

Gutson tem ser alvo de queima de arquivo (Foto José Aldenir/Agora RN)

Ontem o delator Gutson Reinaldo prestou depoimento ao juiz Ivanaldo Bezerra da 6ª Vara Criminal de Natal. Ele aproveitou a oportunidade para dizer que teme ser assassinado em uma queima de arquivo.

“Eu iniciei esse processo, que envolve poderosos agentes públicos. Portanto, é normal que me sinta inseguro. Não posso ver um carro parado na frente da minha casa. Minha vida virou um tormento. Não tenho nenhum tipo de contato com minha família. Moro sozinho e só tenho a proteção de Deus”.

Pivô da Operação Candeeiro que apurou desvios de R$ 35 milhões no Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) entre 2011 e 2015, Gutson relatou que quando dirigiu o órgão era obrigado a arrecadar R$ 20 mil por meio de servidores fantasmas e repassar para a mãe, Rita das Mercês Reinaldo (Dama de Espadas), que por sua vez entregava o dinheiro nas mãos do deputado estadual Ricardo Motta (PSB), que presidia a Assembleia Legislativa.

Gutson foi orientado a se integrar ao programa de proteção de testemunhas.

Pelo menos duas perguntas ficam em aberto:

  • Alguém ameaçou Gutson de morte?
  • As investigações atingem apenas a Ricardo Motta? Quem mais estaria no meio?

Gutson, que já ficou por 13 meses na prisão e hoje cumpre pena em regime semiaberto com tornozeleira eletrônica, já relatou que recebeu propostas de Ricardo Motta para manter-se em silêncio. Em março o programa Fantástico revelou que emissários do governador Robinson Faria teriam procurado a mãe de Gutson para oferecer ajuda financeira em troca do silêncio dos dois.

Outra pergunta em aberto é: quem poderia matar Gutson?

Com informações do Agora RN

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Delatora afirma que deputado tentou comprar silêncio de testemunha

A delatora da Operação Dama de Espadas Rita das Mercês Reinaldo contou que o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) tentou comprar o silêncio do filho dela Gutson Reinaldo, testemunha chave na Operação Candeeiro que apura um esquema de corrupção no IDEMA.

Gutson é filho de Rita das Mercês.

O valor ofertado por Motta seria de R$ 50 mil, mas Gutson preferiu firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

PAULO DE TARSO

Rita das Mercês contou que o advogado Paulo de Tarso também tinha envolvimento com o esquema. “Ele tinha conhecimento do que acontecia e era beneficiário”, garante.

Segundo ela, houve reuniões coordenadas pelo advogado no momento em que servidores eram chamados para prestar depoimentos ao Ministério Público. “Havia pressão, pessoas procuravam o presidente, o vice-governador na época, chamamos Paulo de Tarso”, acrescenta.

Com informações da Tribuna do Norte

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Ex-procuradora depõe sobre esquema para burlar folha de pagamento da Assembleia

David Freire e Marcelo Hollanda

Agora RN

Em depoimento prestado na 6ª Vara Criminal de Natal, a ex-procuradora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), Rita das Mercês Reinaldo, detalhou como funcionava o suposto esquema para burlar a folha de pagamento do Poder Legislativo estadual.

Delatora do esquema criminoso descoberto durante a operação Dama de Espadas, ela contou ao juiz Ivanaldo Bezerra de que maneira eram feitos os desvios em operações financeiras.

Rita foi o principal alvo do trabalho desencadeado pelo Ministério Público Estadual, em agosto de 2015, e que revelou o uso de funcionários “fantasmas” no âmbito da ALRN.

Outro depoimento aguardado para esta segunda-feira, 10, é o de Gutson Johnson Reinaldo Giovany, filho de Rita das Mercês e denunciado na Operação Candeeiro, que descobriu irregularidades na autarquia estadual da qual ele ocupava o cargo de diretor.

Nos depoimentos iniciados na semana passada, já foram ouvidos Gustavo Vilarroel (filho), Mariana Morgana (neta), Maria Nilza (tia), Tangriany Reinaldo (nora), e Maria Lucien Reinaldo de Oliveira. Todos parentes de Rita das Mercês.

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Delação de Rita das Mercês envolve 52 políticos e desembargadores

Delação de "Ritinha" passa elite do RN
Delação de “Ritinha” passa elite do RN

A Tribuna do Norte revelou hoje que a colaboração premiada de Rita das Mercês Reinaldo coloca em situação delicada nada mais nada menos que 10 desembargadores sendo dois deles aposentados, oito conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (três já aposentados) e 34 políticos do Rio Grande do Norte.

É a maior devassa já realizada sobre a elite política e da magistratura potiguar. A lista envolve quatro ex-governadores, um ex-senador, o governador Robison Faria (PSD), deputados estaduais, ex-deputados estaduais, cinco deputados federais e um ex-deputado federal.

Um grande estrago.

Segundo a delação premiada, as ações criminosas teriam ocorrido entre 2006 e 2015 envolvendo um esquema de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa.

A delação premiada foi homologada em 4 de outubro de 2017 pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

O acordo tem 19 páginas segundo a Tribuna do Norte.

O acordou estabeleceu que os seis colaboradores (Rita e familiares) não serão presos quando houver um julgamento, entre outras vantagens. Rita das Mercês terá a substituição de uma possível pena por quatro anos de prestação de serviços comunitários, durante sete horas por semana. Gustavo Villarroel (filho) e Tangriany de Negreiros Reinaldo (nora) também terão que prestar serviços comunitários por dois anos. A Mariana Morgana (neta), Maria Lucien Reinaldo (irmã) e Maria Nilza (tia) foi prometido o perdão judicial. Os colaboradores terão o passaporte devolvido.

Provas A primeira fase das audiências de instrução das testemunhas de acusação da “Dama de Espadas” começam em 28 de junho. As oitivas deveriam ter iniciado em 30 de maio, mas foram adiadas a pedido da defesa dos envolvidos, alegando que não tiveram acesso aos depoimentos de Rita. Na ocasião, a advogada da procuradora-aposentada da ALRN confirmou à Tribuna do Norte que Rita e os familiares irão confirmar tudo o que disseram em juízo

Termos No termo de colaboração, Rita das Mercês se comprometeu a identificar autores, coautores, participantes das diversas organizações criminosas que tenham relação com a “Operação Dama de Espadas”. Ela também se comprometeu a revelar a hierarquia, divisão e tarefas, e recuperar total ou parcialmente o produto de proveito das infrações. Rita prometeu entregar documentos ou qualquer prova material que comprovassem os ilícitos. No Acordo de Colaboração, Rita firma o compromisso de devolver aos cofres públicos dois apartamentos em Pirangi do Norte, avaliados, juntos, em R$ 660 mil; 50% de um lote e uma casa em Areia, na Paraíba (o lote é avaliado em R$ 70 mil). Mariana Morgana terá que pagar uma multa de R$ 30 mil parcelado em dez vezes. Também será levantado o sequestro de uma casa em Nísia Floresta.

Com informações da Tribuna do Norte