Por Amaro Sales de Araújo*
O COVID-19, de fato, chegou sem qualquer anúncio prévio e quando os especialistas pouco conheciam acerca da doença. E fomos tentando “trocar o pneu com o carro andando”. Em relação ao uso de máscaras foi, mais ou menos, assim. De início, uma recomendação somente para os que apresentam sintomas e profissionais da saúde. Em seguida, visto que a máscara pode ser uma barreira inibidora à disseminação do coronavírus, a recomendação foi estendida para todas as pessoas. Como menciona um dos documentos da OMS: “o uso de máscaras é uma das medidas de prevenção que limitam a propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus (2019-nCoV). No entanto, o uso de uma máscara isoladamente não é suficiente para fornecer o nível adequado de proteção. Outras medidas igualmente relevantes devem ser adotadas. Ao utilizar máscaras, esta medida deve ser combinada com a higiene de mãos e outras medidas de prevenção para impedir a transmissão pessoa-pessoa do novo coronavírus.”
Sob a ótica do Sistema Indústria, também há um convencimento geral da importância do uso das máscaras e da necessidade de divulgação intensiva acerca de sua utilização em todos os ambientes de trabalho e coletivos. Aliás, como noticia a Confederação Nacional da Indústria (CNI): “para garantir o atendimento a essa crescente demanda por equipamentos de proteção individual, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI) e indústrias de diversos setores estão canalizando seus processos na produção desses itens”. Aliás, não somente máscaras, mas a CNI tem ido além. Neste sentido, o próprio Presidente Robson Braga de Andrade, esclareceu que “todas as instituições do Sistema Indústria têm participado ativamente na luta contra a covid-19. Em parceria com 10 grandes empresas industriais, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está viabilizando o conserto e a manutenção de centenas de respiradores hospitalares. O SENAI e o Serviço Social da Indústria (SESI) destinaram R$ 30 milhões, no Edital de Inovação da Indústria, a projetos voltados ao desenvolvimento de soluções contra o coronavírus. Os Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia pesquisam meios para minimizar a pandemia”.
No Rio Grande do Norte, em particular, além de uma campanha de divulgação do uso das máscaras, o SENAI já produziu e entregou diversas unidades à instituições sociais. Entre produzidas e em processo de fabricação, o SENAI deve alcançar 70 mil máscaras. O SESI, por sua vez, como ação concreta de prevenção, articulou a aplicação de vacinas contra influenza, adquiriu 9500 testes e 50 mil máscaras para atuação direta nas indústrias, considerando o foco da instituição em saúde e segurança do trabalho.
Mas, nós, principalmente, precisamos nos unir em torno do uso generalizado das máscaras como uma das barreiras de proteção. Não apenas utilizando, mas divulgando e doando para quem não tem condições de adquirir. O enfrentamento à pandemia exige gestos concretos.”
*É industrial, presidente do Sistema FIERN e secretário-geral da CNI.